Centenas de pessoas manifestaram-se hoje contra a redução de carreiras de transportes públicos ao serviço em S.Pedro da Cova. A população não aceita ver reduzida a qualidade dos serviços prestados, ao mesmo tempo que sobem os preços dos passes e bilhetes. A DORP do PCP, solidária com a luta das populações, esteve presente durante todo o protesto.
Face às notícias que confirmam a decisão de entregar a gestão da ANA a privados, a DORP do PCP torna pública a seguinte posição
Sobre a decisão de privatização da ANA e suas consequências desastrosas para a região e para o país
1.O Conselho de Ministros anunciou hoje a privatização da ANA, concretizando mais uma etapa do processo de liquidação da soberania nacional às ordens do grande capital nacional e estrangeiro, a quem vai ser entregue, por 50 anos, a gestão dos aeroportos nacionais (Porto, de Lisboa e Faro, bem como Aeroportos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), a que se junta ainda a Portway.
Ao longo dos últimos cinco anos este processo tem sido diversas vezes abordado numa perspectiva regional, quer nas autarquias do grande Porto, quer na Assembleia Metropolitana do Porto. Os partidos do Bloco Central de interesses (PS, PSD e CDS) têm procurado passar a ideia de que há uma privatização boa (privatizar os aeroportos em separado, a empresas diferentes) e uma privatização má (privatizar os aeroportos em conjunto). O BE, deixando-se enredar nos discursos “regionaleiros”, chegou mesmo a defender uma gestão autónoma do aeroporto, possibilidade logo aplaudida pela Sonae e pela Soares da Costa que se disponibilizaram para ser parte dessa solução.
Apenas o PCP, em coerência como a sua posição de princípio de defesa da gestão pública e de acordo com os interesses da região e do país, combateu e combate a privatização da ANA e reclamou a manutenção da propriedade e gestão pública e integral do sistema aeroportuário nacional.
Apenas o PCP manteve uma posição de rejeição do processo de privatização e de defesa da gestão pública e integral do sistema aeroportuário nacional.
Os desenvolvimentos verificados ao longo deste período vêm confirmar o que desde início a DORP do PCP denunciou:
·Estes partidos (tal como os presidentes de Câmara e da Junta Metropolitana) nunca estiveram nem estão contra a privatização da ANA, assumiram e assumem posições públicas que visam apenas desviar as atenções do seu comprometimento com a privatização e esconder as suas consequências nefastas para a região e para o país.
·A Junta Metropolitana do Porto enganou a região ao anunciar a existência de “cláusulas de salvaguarda” para o Aeroporto do Porto pois sabia desde início que não haveria clausula alguma que anulasse as consequências negativas desta privatização desastrosa;
2.Com a privatização da ANA o país aliena um sector estratégico ao desenvolvimento nacional e altamente lucrativo, põe em risco a viabilidade de todo o sector aéreo nacional e contribui para a concentração monopolista do sector à escala europeia, num processo que, sendo favorável às grandes potências da União Europeia degrada ainda mais a soberania do país.
A ANA dá lucros de muitos milhões e o encaixe conjuntural com a privatização terá como contrapartida uma redução de receitas e um aumento de despesas no futuro – como aconteceu com a privatização de outras empresas estratégicas como a EDP ou a GALP, colocando o país a pagar rendas ao exterior por uma rede de infra-estruturas nacional, a troco de uma operação para pagar juros à banca.
3.O Aeroporto do Porto é um activo estratégico da região e do país, que apresenta níveis crescentes de evolução e que se encontra entre os melhores da sua dimensão em termos mundiais, graças ao investimento nos últimos anos de mais de 400 milhões de euros do erário público. A sua entrega ao grande capital, seja de que forma for, representará sempre pôr em causa os interesses da região e do país, subordinando a sua gestão a interesses estranhos aos do povo.
A vida demonstrou, como continuará a demonstrar que a gestão pública e global era a melhor solução.
As posições defendidas por outros, sempre num cenário de privatização da ANA, apenas ajudaram a que esta se concretizasse. São, portanto, cúmplices desta medida e das suas consequências.
4.É preciso pôr fim ao desastre! Este governo e esta política não podem continuar a destruir o país e a hipotecar o nosso futuro. A DORP do PCP apela à intensificação e multiplicação da luta dos trabalhadores e das populações contra todas e cada uma das medidas que atacam os seus direitos e os seus interesses, exigindo que seja dada a palavra ao povo, pondo fim a este governo e à sua política de desastre, rejeitando o pacto de agressão e rompendo com a política de direita
Porto 27 de Dezembro de 2012
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
Face às notícias que confirmam a decisão de entregar a gestão da ANA a privados, a DORP do PCP torna pública a seguinte posição 1. O Conselho de Ministros anunciou hoje a privatização da ANA, concretizando mais uma etapa do processo de liquidação da soberania nacional às ordens do grande capital nacional e estrangeiro, a quem vai ser entregue, por 50 anos, a gestão dos aeroportos nacionais (Porto, de Lisboa e Faro, bem como Aeroportos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), a que se junta ainda a Portway. Ao longo dos últimos cinco anos este processo tem sido diversas vezes abordado numa perspectiva regional, quer nas autarquias do grande Porto, quer na Assembleia Metropolitana do Porto. Os partidos do Bloco Central de interesses (PS, PSD e CDS) têm procurado passar a ideia de que há uma privatização boa (privatizar os aeroportos em separado, a empresas diferentes) e uma privatização má (privatizar os aeroportos em conjunto). O BE, deixando-se enredar nos discursos “regionaleiros”, chegou mesmo a defender uma gestão autónoma do aeroporto, possibilidade logo aplaudida pela Sonae e pela Soares da Costa que se disponibilizaram para ser parte dessa solução.
A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP encara com apreensão o futuro da empresa Metro do Porto e do desenvolvimento deste projecto essencial à Área Metropolitana do Porto e a todos os que nela habitam ou trabalham.
Os diversos contactos realizados ao longo dos últimos meses com os trabalhadores e suas estruturas representativas, as sucessivas decisões do governo e notícias recentes sobre este assunto adensam as nossas preocupações, razão pela qual solicitamos uma reunião com a administração da Metro do Porto com o objectivo de abordar a situação actual da empresa e perspectivas para o futuro.
Porto, 13 de Dezembro de 2012
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP encara com apreensão o futuro da empresa Metro do Porto e do desenvolvimento deste projecto essencial à Área Metropolitana do Porto e a todos os que nela habitam ou trabalham. Os diversos contactos realizados ao longo dos últimos meses com os trabalhadores e suas estruturas representativas, as sucessivas decisões do governo e notícias recentes sobre este assunto adensam as nossas preocupações, razão pela qual solicitamos uma reunião com a administração da Metro do Porto com o objectivo de abordar a situação actual da empresa e perspectivas para o futuro. Porto, 13 de Dezembro de 2012 O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
A sete de Dezembro de 2002 foi inaugurada a primeira linha do Metro do Porto, entre a Trindade e Senhor de Matosinhos. Passam amanhã 10 anos desta data, tendo hoje este projecto seis linhas que abrangem sete concelhos.
Estes 10 anos de funcionamento do Metro do Porto permitiram revolucionar a mobilidade na área metropolitana do Porto, aproximar populações, reduzir tempos de duração dos movimentos pendulares e melhorar a qualidade de vida.
Mas este é um período que fica também marcado pela incompetência e discriminação dos sucessivos governos do PS e do PSD/CDS, como comprova:
·a alteração para uma gestão centralizada deste projecto metropolitano por parte do anterior Governo PS, com a cumplicidade de Rui Rio e dos restantes presidentes de Câmara da Região;
·o sucessivo adiamento da concretização de novas ligações há muito prometidas, sendo o exemplo mais gritante o atraso na ligação ao concelho da Trofa, que há mais de uma década foi privado de uma linha de caminho de ferro;
·o deliberado processo de subfinanciamento que os sucessivos governos promoveram, para depois entregarem a concessão da empresa a privados, promovendo um brutal endividamento junto da banca privada, ficando a dívida à responsabilidade do Estado;
·a recusa em resolver os problemas de financiamento das novas linhas e o não aproveitamento de fundos comunitários, mesmo perante as propostas apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PCP;
·as muitas “novelas” em torno da nomeação dos conselhos de administração, onde as lutas pelos lugares são a prioridade de PS, PSD e CDS, em prejuízo do interesse da região e das populações.
Amanhã, a propósito dos 10 anos do Metro do Porto, está anunciada a vinda do Secretário de Estado dos Transportes ao Porto. Se o Governo tivesse em conta os interesses da região e do país, este governante deveria aproveitar a oportunidade para anunciar o cumprimento dos compromissos de desenvolvimento do projecto há muito prometidos e garantir que as empresas Metro do Porto e STCP não vão ser privatizadas. Tal possibilidade, contraditória com a orientação política do Governo, deve ser uma reivindicação da Junta Metropolitana, dos autarcas e das forças vivas da região.
A DORP do PCP reafirma a sua posição de defesa do desenvolvimento deste projecto, rejeitando os objectivos de privatização declarados pelo governo, pugnando por um serviço público de transportes ao serviço do povo, que promova a qualidade de vida, salvaguarde as necessidades de desenvolvimento da região e os postos de trabalho dos seus trabalhadores.
06.12.2012
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
A sete de Dezembro de 2002 foi inaugurada a primeira linha do Metro do Porto, entre a Trindade e Senhor de Matosinhos. Passam amanhã 10 anos desta data, tendo hoje este projecto seis linhas que abrangem sete concelhos. Estes 10 anos de funcionamento do Metro do Porto permitiram revolucionar a mobilidade na área metropolitana do Porto, aproximar populações, reduzir tempos de duração dos movimentos pendulares e melhorar a qualidade de vida.