Os números do Quadro são suficientemente elucidativos. O desemprego, medido pelos inscritos nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no que respeita aos jovens com menos de 25 anos, teve uma variação, entre Fevereiro de 2011 e Fevereiro de 2012, que ultrapassa largamente a média registada no crescimento do desemprego total (ver 2ª coluna do Quadro) e que já foi tema de análise da Folha Informativa 8/12. Ou seja, é a juventude do nosso país que está a pagar fortemente os planos de recessão que o actual governo se tem esmerado na implantação, com todos os perigos de se estar a hipotecar o futuro de Portugal. Mas que interessa isso, quando está em causa o respeito absoluto aos mercados especuladores?
ver folha nº10
Os números do Quadro são suficientemente elucidativos. O desemprego, medido pelos inscritos nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no que respeita aos jovens com menos de 25 anos, teve uma variação, entre Fevereiro de 2011 e Fevereiro de 2012, que ultrapassa largamente a média registada no crescimento do desemprego total (ver 2ª coluna do Quadro) e que já foi tema de análise da Folha Informativa 8/12. Ou seja, é a juventude do nosso país que está a pagar fortemente os planos de recessão que o actual governo se tem esmerado na implantação, com todos os perigos de se estar a hipotecar o futuro de Portugal. Mas que interessa isso, quando está em causa o respeito absoluto aos mercados especuladores? ver folha nº10
Todos os dados o confirmam: desemprego galopante e destruição do emprego
Agora são os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), recentemente divulgados e referentes ao mês de Fevereiro, a confirmarem o já sabido tormento do desemprego: num ano, o desemprego no país subiu 16,6% e 14,3% no distrito do Porto, sendo a variação mensal de, respectivamente, 1,6% e 1,2% (ver Quadro).
Durante o mês de Fevereiro, no distrito, inscreveram-se mais 1 693 trabalhadores nos centros de emprego do IEFP, o que corresponde, em média, a 77 novos desempregados por dia. Isto dá ideia do flagelo que atinge os trabalhadores portugueses e, em particular, os do distrito do Porto. Deve salientar-se o que ocorreu nos concelhos Gondomar, Lousada, Maia, Marco de Canaveses, Matosinhos, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, onde o crescimento homólogo do desemprego foi acima da média do distrito. Apenas em Santo Tirso se deu uma descida, no período em questão.
Todos os dados o confirmam: desemprego galopante e destruição do emprego Agora são os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), recentemente divulgados e referentes ao mês de Fevereiro, a confirmarem o já sabido tormento do desemprego: num ano, o desemprego no país subiu 16,6% e 14,3% no distrito do Porto, sendo a variação mensal de, respectivamente, 1,6% e 1,2% (ver Quadro). Durante o mês de Fevereiro, no distrito, inscreveram-se mais 1 693 trabalhadores nos centros de emprego do IEFP, o que corresponde, em média, a 77 novos desempregados por dia. Isto dá ideia do flagelo que atinge os trabalhadores portugueses e, em particular, os do distrito do Porto. Deve salientar-se o que ocorreu nos concelhos Gondomar, Lousada, Maia, Marco de Canaveses, Matosinhos, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, onde o crescimento homólogo do desemprego foi acima da média do distrito. Apenas em Santo Tirso se deu uma descida, no período em questão. ver estudo
Agravando as já dificílimas condições de vida dos portugueses, a subida dos preços não pára. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), no mês de Fevereiro, os preços em Portugal sofreram uma variação, face ao mesmo mês de 2011, de 3,6%, sendo que a variação mensal se situou em 0,1%. A variação média dos últimos doze meses fixou-se em 3,7%.
Mas para se verificar de que forma a inflação ataca os mais desprotegidos, analisamos no quadro as variações de preços por classes. E verificamos que são as que se podem considerar como incluindo bens de primeira necessidade que se encontram no topo da lista. No quadro incluem-se, das 12 classes em que se subdivide o Índice de Preços no Consumidor do INE, as que tiveram um maior acréscimo homólogo em Fevereiro.
Inflação em Fevereiro atinge os 3,6 % Agravando as já dificílimas condições de vida dos portugueses, a subida dos preços não pára. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), no mês de Fevereiro, os preços em Portugal sofreram uma variação, face ao mesmo mês de 2011, de 3,6%, sendo que a variação mensal se situou em 0,1%. A variação média dos últimos doze meses fixou-se em 3,7%. Mas para se verificar de que forma a inflação ataca os mais desprotegidos, analisamos no quadro as variações de preços por classes. E verificamos que são as que se podem considerar como incluindo bens de primeira necessidade que se encontram no topo da lista. No quadro incluem-se, das 12 classes em que se subdivide o Índice de Preços no Consumidor do INE, as que tiveram um maior acréscimo homólogo em Fevereiro. ver estudo
Entre os seis países mais afectados pela crise na União Europeia, Portugal é o único onde o esforço exigido pelas medidas de austeridade pesou mais sobre os mais pobres do que sobre os mais ricos.
A conclusão é de um estudo, publicado pela Comissão Europeia, que analisa os efeitos, em termos de distribuição de rendimentos e condições de vida, das medidas tomadas entre 2009 e Junho de 2011, período do governo PS. Situação que, previsivelmente, se mantém com o actual governo PSD/CDS e a execução do Pacto de Agressão que tem conduzido o país ao afundamento.
Bruxelas afirma que, entre a Grécia, Espanha, Irlanda, Reino Unido, Estónia e Portugal, ou seja, os estados da União Europeia que, naquele período, apresentavam o pior agravamento do déficite ou a maior queda do PIB, Portugal “é o único país com uma distribuição claramente recessiva”, ou seja, onde os pobres pagaram proporcionalmente mais que os ricos para o esforço de consolidação das contas públicas.
Entre os seis países mais afectados pela crise na União Europeia, Portugal é o único onde o esforço exigido pelas medidas de austeridade pesou mais sobre os mais pobres do que sobre os mais ricos. A conclusão é de um estudo, publicado pela Comissão Europeia, que analisa os efeitos, em termos de distribuição de rendimentos e condições de vida, das medidas tomadas entre 2009 e Junho de 2011, período do governo PS. Situação que, previsivelmente, se mantém com o actual governo PSD/CDS e a execução do Pacto de Agressão que tem conduzido o país ao afundamento.Bruxelas afirma que, entre a Grécia, Espanha, Irlanda, Reino Unido, Estónia e Portugal, ou seja, os estados da União Europeia que, naquele período, apresentavam o pior agravamento do déficite ou a maior queda do PIB, Portugal “é o único país com uma distribuição claramente recessiva”, ou seja, onde os pobres pagaram proporcionalmente mais que os ricos para o esforço de consolidação das contas públicas. ver Folha Informativa nº1/2012