Em 2018 perfazem 100 anos do nascimento de Armando de Castro.

Economista, advogado, investigador, professor, Armando Castro deixou uma vasta obra publicada, com centenas de trabalhos nos domínios da História, Economia Teórica e Aplicada e Teoria do Conhecimento. Um dos grandes vultos da ciência e do pensamento económico, em Portugal.

Grande lutador antifascista, corajoso e sempre solidário, era militante comunista desde 1935, destacando-se como um revolucionário coerente até à data do sua morte, em Junho de 1999, com 80 anos de idade.

Homem da ciência e da cultura e cidadão exemplar, foi perseguido e censurado pelo fascismo. Ainda assim, em 1965, foi-lhe atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores, o Grande Prémio Nacional de Ensaio.

Após a Revolução, viu reconhecido o seu trabalho no plano académico, mas também pelo reconhecimento institucional, tendo sido galardoado com várias distinções, entre as quais a Medalha de Ouro da Cidade do Porto.

Se é verdade que, com a sua morte, o país perdeu um português e homem de cultura com uma enorme grandeza intelectual e humana, o património da sua vida e da sua obra continuam a inspirar todos quantos se batem pelo progresso da ciência e da cultura e pela sua estreita vinculação com o progresso social e humano.

Por tudo isto, a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, onde Armando de Castro esteve organizado enquanto militante comunista, assinalará o centenário do seu nascimento, sob o lema “Pensamento e Obra – Um legado que perdura”. Do conjunto de iniciativas, destaca-se a realização de uma exposição evocativa em Julho.