PCP denuncia alterações unilaterais ao projeto e exige garantias de defesa do interesse público.
A forma pouco transparente com que o processo da Alta Velocidade está a ser conduzido tem um único resultado: a cada nova notícia, surgem avanços, recuos e alterações imprevistas. A conclusão é clara e confirma o que o PCP tem vindo a denunciar: o projeto navega ao sabor dos interesses do consórcio privado que, mesmo em conflito com o interesse público, não tem encontrado uma oposição firme por parte do Governo, da Infraestruturas de Portugal ou dos autarcas.
Os últimos meses demonstraram com clareza a natureza deste processo. Não se trata de um debate transparente e democrático, mas de um jogo de pressões, chantagens e manobras por parte do consórcio LusoLAV, que constituiu a empresa AVAN Norte. Já depois de vencer o concurso público, o consórcio procura redefinir o projeto à sua medida, alterando traçados e localização de estações à margem das populações e do necessário debate público.


O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo, por intermédio do Ministro das Infraestruturas e Habitação, sobre ameaça de nova degradação das ligações transfronteiriças - Porto/Vigo.
DEPUTADO ALFREDO MAIA PEDE EXPLICAÇÕES AO GOVERNO
A assinatura do contrato de concessão da primeira Parceria Público-Privada (PPP1) da Linha de Alta Velocidade (LAV) vem confirmar o que o PCP tem denunciado insistentemente: um projeto estratégico para o desenvolvimento do país está refém dos interesses do consórcio privado, com o Governo, a Infraestruturas de Portugal (IP) e as autarquias a assistirem passivamente - quando não coniventes - a este sequestro do interesse público.


