A assinatura do contrato de concessão da primeira Parceria Público-Privada (PPP1) da Linha de Alta Velocidade (LAV) vem confirmar o que o PCP tem denunciado insistentemente: um projeto estratégico para o desenvolvimento do país está refém dos interesses do consórcio privado, com o Governo, a Infraestruturas de Portugal (IP) e as autarquias a assistirem passivamente - quando não coniventes - a este sequestro do interesse público.
Os últimos meses demonstraram com clareza a natureza deste processo: não se trata de um debate transparente e democrático sobre opções de desenvolvimento, mas sim de um jogo de pressões, chantagens e manobras por parte do consórcio LusoLav, actual AVAN-Norte. Este, depois de vencer o concurso público, procura redefinir o projeto conforme os seus interesses, alterando traçados e localizações de estações à margem das populações e do necessário debate transparente.


O Grupo Parlamentar do PCP apresentou hoje 4 iniciativas na Assembleia da República para solucionar problemas de mobilidade que afectam significativamente as populações do distrito do Porto, tanto as que vivem na Área Metropolitana como as que vivem nos concelhos do interior do distrito.
A região do Tâmega e Sousa, situada no interior do distrito do Porto, é das regiões mais pobres da União Europeia.
Alta Velocidade nas mãos dos privados? Decisões à porta fechada? 


