Fracasso do Governo implicou prejuízos graves para as empresas públicas envolvidas, para os seus trabalhadores e utentes A anulação do processo de “subconcessão” - eufemismo para privatização – da STCP e Metro do Porto é, para já, uma derrota do Governo e do actual Conselho de Administração destas empresas, pois configura o fracasso de um dos seus grandes objectivos: entregar aos grupos económicos e financeiros a prestação de um serviço de transportes públicos que serve milhões de utentes.
Uma delegação composta pelos deputados do PCP eleitos pelo distrito do Porto - Jorge Machado e Diana Ferreira - e por dirigentes do PCP e do Partido Ecologista “Os Verdes”, reuniu na passada sexta-feira com o presidente do Conselho de Administração da STCP – Dr. João Velez de Carvalho - tendo apurado um conjunto de informações que permitiu, mais uma vez, confirmar as consequências desastrosas da política de transportes que visa desmantelar a STCP através da sua privatização.
1. O percurso que conduziu a empresa à falência técnica O Metro do Porto é um projecto de grande importância para a Área Metropolitana, assumindo hoje um papel indiscutível na facilitação da mobilidade e melhoria da qualidade de vida das populações, assumindo-se igualmente como um factor dinamizador do desenvolvimento económico da região.
Os números do exercício de 2014 e perspectivas para 2015 confirmam o afundamento da Metro do Porto, abandonada à sua sorte (mais uma vez). Depois dos governos PS, é agora a vez do Governo PSD/CDS que está à espera da conclusão do processo de concessão para lavar definitivamente as mãos deste “problema” pondo o OE a suportar os custos da privatização: 1. O Relatório e Contas Consolidado de 2014 revela que os valores de financiamentos obtidos e acumulados como passivos não correntes ascendem aos 2800 milhões, a que se soma mais de 400 milhões de financiamentos obtidos para operações correntes. O resultado líquido do exercício é negativo: 400 milhões de euros.