No preâmbulo deste projecto de resolução pode ler-se que “há 14 anos a população da Trofa ficou sem o comboio e com a promessa (nunca cumprida) de, no seu lugar, ser garantida a mobilidade com o alargamento da linha do Metro do Porto”. Catorze anos depois, a ligação do Metro para a Trofa foi sofrendo sucessivos adiamentos, sendo recorrentemente utilizada pelos Partidos responsáveis por este inaceitável atraso (PS, PSD e CDS) como argumento eleitoral, prometendo o que meses depois negavam quando chegavam ao poder.
O PCP, depois de reunir com a comissão de trabalhadores da EMEF, ProMetro e o sindicato nacional dos trabalhadores do setor ferroviário, alerta para os graves problemas que se verificam na manutenção ferroviária nomeadamente das composições da Metro do Porto. Das reuniões, em que participaram o Deputado do PCP Jorge Machado e vários dirigentes da Direção Regional do Porto do PCP, resulta que os trabalhadores da EMEF não têm as condições necessárias para proceder à manutenção das composições da Metro do Porto o que já provoca constrangimentos e pode bloquear o acesso ao Metro por parte dos utentes.
Os mais recentes desenvolvimentos em torno da TAP, designadamente os que se referem à anunciada decisão de cancelamento de ligações entre o Porto e outras cidades europeias, são apenas mais um grave exemplo das consequências da decisão de privatizar a TAP que o governo PSD/CDS tomou de forma ilegal. O anúncio do cancelamento de voos confirma o rumo de destruição da TAP que já havia sido indiciado com o negócio de transferência de aviões Airbus da TAP para a Azul - propriedade de um dos elementos do consórcio - e com o empréstimo de 400 milhões de euros que a TAP contraiu para aquisição de aviões que a Azul tinha parados.
Poucos meses após a concretização da privatização da TAP, e do alerta então feito pelo PCP, já é possível confirmar que este foi mais um negócio profundamente lesivo do erário público e dos interesses das populações servidas pela companhia aérea nacional. As notícias vindas a público, que dão conta da supressão de quatro ligações no Aeroporto do Porto - tendo como consequência a perda de cerca de 190 mil passageiros na região do Porto - são prova disso mesmo.