Caros sindicalistas
Ao tomar conhecimento da vossa Tribuna, saúdo-vos e informo que, esta madrugada, terminou o processo de negociação sobre a directiva relativa à organização e tempo de trabalho, entre o Conselho e o Parlamento Europeu, no Comité de Conciliação, sem qualquer acordo.
Pergunta de Ilda FIgueiredo à Comissão Europeia Em Portugal, a Qimonda separou-se da empresa mãe na Alemanha e pediu a insolvência. Neste momento, há muitas questões em aberto, e grandes preocupações com o futuro dos trabalhadores, da produção e do conhecimento adquirido pela Qimonda. Assim, importa clarificar a situação actual da Qimonda após esta "separação" entre a empresa portuguesa e alemã, tendo em conta a necessidade de acautelar interesses dos trabalhadores.
A proliferação dos encerramentos e despedimentos é uma questão da maior importância, não apenas pelas consequências directas que tem nos trabalhadores visados por tais despedimentos e suas famílias, com o consequente agravamento dos níveis de desemprego e pobreza; mas também pelos efeitos indirectos que repercutem através da comunidade até chegar à própria matriz da sociedade portuguesa, abalando os direitos fundamentais dos portugueses.
É incontornável a realidade de profunda crise que assola o país e a região, uma crise que tem a sua origem não apenas em factores internacionais mas principalmente em causas de ordem nacional, fruto de anos de políticas desadequadas que levaram à fragilização do tecido produtivo.
O PCP, face ao anúncio de insolvência da Qimonda Portugal, expressa uma vez mais a sua solidariedade para com os trabalhadores, reclama da parte do Governo o rápido esclarecimento sobre as verbas investidas até hoje nesta mesma empresa e questiona quais as medidas que efectivamente estão a ser tomadas para salvar estes postos de trabalho