A proliferação dos encerramentos e despedimentos é uma questão da maior importância, não apenas pelas consequências directas que tem nos trabalhadores visados por tais despedimentos e suas famílias, com o consequente agravamento dos níveis de desemprego e pobreza; mas também pelos efeitos indirectos que repercutem através da comunidade até chegar à própria matriz da sociedade portuguesa, abalando os direitos fundamentais dos portugueses.É incontornável a realidade de profunda crise que assola o país e a região, uma crise que tem a sua origem não apenas em factores internacionais mas principalmente em causas de ordem nacional, fruto de anos de políticas desadequadas que levaram à fragilização do tecido produtivo.


O PCP, face ao anúncio de insolvência da Qimonda Portugal, expressa uma vez mais a sua solidariedade para com os trabalhadores, reclama da parte do Governo o rápido esclarecimento sobre as verbas investidas até hoje nesta mesma empresa e questiona quais as medidas que efectivamente estão a ser tomadas para salvar estes postos de trabalho
"Um contrasenso" foi a definição de Ilda Figueiredo, deputada do PCP no Parlamento Europeu, ao referir-se à possibilidade de nada ser feito para salvar a Qimonda, empresa de produção de semi condutores, que emprega cerca de 1700 trabalhadores em Portugal. A dirigente do PCP lembrou o recente investimento da União Europeia em investigação na área da nano tecnologia e afirmou que deixar desaparecer a Qimonda contraria o caminho até aqui seguido na Europa. A Eurodeputada comunista esteve presente na Sessão de Solidariedade com os Trabalhadores da Qimonda, realizada no passado domingo, 8 de Março, no Circulo Católico de Operários de Vila do Conde, iniciativa da Direcção Regional do Porto do PCP.



