Paulo Raimundo esteve hoje no distrito do Porto. O dia começou com um encontro com trabalhadores das Pedreiras em Penafiel, seguido de um almoço em Telões, Amarante, e de um comício no Parque de Lazer de Freamunde, no concelho de Paços de Ferreira.
Paulo Raimundo destacou que o PCP continua focado nos problemas reais que afectam os portugueses. "Gostariam que o PCP falasse da espuma dos dias, da agenda de outros, que alimentássemos as distracções; mas podem ficar sentados, o PCP falou, fala e vai falar da vida real, da vida difícil, dos problemas e das soluções para esses mesmos problemas," afirmou.
O Secretário-Geral reiterou: "Não calamos sobre um custo de vida que não pára de aumentar, desde logo nos alimentos, com uma grande distribuição que paga menos aos produtores, cobra mais aos consumidores, aperta salários e direitos dos seus trabalhadores e lucra à custa de todos. Não calamos sobre o drama da habitação e das taxas de juro, nem sobre os 12 milhões de euros de lucros por dia da banca. Não calamos sobre a desastrosa situação na saúde que esta região conhece e sente bem. Não calamos perante a situação irregular de 400 mil imigrantes, que vieram para Portugal à procura de uma vida melhor, tal como fazem milhares de portugueses que estão por esse mundo fora. Não calamos mesmo sobre os direitos das crianças, em especial das 380 mil em risco de pobreza".
"Meto a papelada para doenças profissionais, mandam-me uma carta a dizer que as minhas tendinites são doença natural, não têm nada a ver com a minha profissão", "tenho silicose nos pulmões, estou há três, quatro anos para ser chamado", "as empresas fugiram com os nossos descontos. Funcionários da Segurança Social dizem-nos: não sei como é que há patrões que só contratam trabalhadores dois ou três dias por mês". Estes foram alguns dos relatos de trabalhadores das pedreiras, alguns trabalhando desde os 14 anos e com mais de 30 anos de trabalho e que participaram hoje num encontro promovido pelo PCP, em Penafiel.
A organização do PCP na região do Tâmega e Sousa tem procurado acompanhar a situação das corporações de bombeiros, reconhecendo a importância dessas entidades e a de corresponder às suas necessidades.
Os contactos realizados indicam que está a ser imposta uma deliberada e progressiva asfixia financeira às associações de bombeiros – reconhecidamente a mais forte componente de proteção e socorro do País –, seja pela recusa de instituição de um regime de financiamento adequado, seja pelas consequências das restrições impostas ao direito ao transporte de doentes não urgentes.
Face às notícias que revelam atrasos e dificuldades de acesso dos doentes com Paramiloidose a medicamentos mais eficazes, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o governo sobre os atrasos e medidas em curso para os superar.
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Uma delegação do PCP esteve presente em solidariedade com a luta dos trabalhadores do Centro de Saúde de Paredes que reivindicam a reintegração no seu posto de trabalho.