A DORP do PCP saúda os trabalhadores portugueses pela construção e concretização da Greve Geral de ontem que, convocada pela CGTP-IN, assumiu uma elevada expressão no distrito do Porto e uniu diversos sectores e camadas no protesto, na luta e na exigência de uma ruptura com o rumo de “empobrecimento e exploração” assumido pelos executantes da política de direita e consagrado no pacto de agressão assinado pelo PS, o PSD e o CDS com a troika estrangeira.
A DORP do PCP saúda também a União de Sindicatos do Porto pelo papel que teve na divulgação e realização da greve, pela organização da grande e combativa concentração e desfile para a Praça dos Leões, que forçou o Primeiro-ministro a uma entrada envergonhada na Reitoria da Universidade do Porto, fugindo ao protesto e à indignação dos milhares de trabalhadores que se concentravam naquele local.
A DORP do PCP saúda e destaca o papel dos militantes comunistas e das organizações do Partido, pelo seu envolvimento e papel activo no êxito desta jornada de luta.
Foi uma Greve Geral de grandes dimensões, com grande impacto e adesões de muito significativas.
Esta jornada de luta, ao nível da indústria, teve expressões significativas em vários sectores e empresas, como são exemplos a Sakti, a Groz Bekert, a CaetanoBus, a Socometal, a Camo.
No sector dos transportes registou adesões em várias operadoras rodoviários privadas e uma grande adesão na STCP, com mais de 90% de adesão na Madrugada e uma adesão global de 80%. No Metro do Porto, com adesão superior a 90%, verificou-se o funcionamento muito condicionado e apenas em dois troços e a ausência de ligação aos concelhos de Gondomar, da Maia, da Póvoa de Varzim, de Vila do Conde, ao centro de Matosinhos e ao Aeroporto. Na CP atingiu-se uma greve total no período da noite e uma adesão global superior a 95%.
Os pescadores do cerco tiveram uma adesão total à greve, nos vários portos do distrito do Porto.
Na administração local, com dezenas de serviços fechados ou fortemente afectados em vários concelhos (Porto, Matosinhos, Gondomar, Gaia, Santo Tirso…) e muitas Juntas de Freguesia encerradas.
Também na administração central as implicações de uma importante adesão de trabalhadores fizeram-se sentir com o cancelamento de centenas de Consultas e no encerramento dos Blocos Operatórios dos principais Hospitais, no encerramento de escolas, creches e jardins de infância, bem como na afectação do funcionamento de repartições de Finanças e departamentos da Segurança Social e do Ministério da Justiça.
Ao nível da hotelaria, restauração, comércio e serviços, foram dezenas os locais de trabalho do distrito com adesões totais ou muito significativas, destacando-se as cantinas dos Hospitais de São João e Pedro Hispano, a cantina da RTP-Porto, as lojas Worten e Calzedonia do ViaCatarina, a logística do Continente e a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim.
O impacto da adesão à greve no sector da construção civil e do mobiliário foi notado em muitas empresas de pequena e grande dimensão, registando-se adesões superiores a 60% em mais de 50 empresas deste sector, no distrito do Porto.
O sector dos correios teve adesões significativas em vários pontos do distrito, nomeadamente nos concelhos do Porto, Gaia, Marco de Canavezes e Valongo.
Vários Balcões da Caixa Geral de Depósitos estiveram encerrados, registando-se uma adesão global de 50% dos trabalhadores no grande Porto.
A DORP do PCP destaca o facto desta greve se ter realizado num momento em que o desemprego e a precariedade atingem os seus maiores índices de sempre, de ter sido marcada por uma grande campanha de silenciamento e desvalorização nos órgãos de comunicação social e por deploráveis campanhas de intimidação, condicionamento, ameaça e repressão – tanto na fase preparatória como no próprio dia da Greve Geral.
Por tudo isto, a Greve Geral foi uma grande jornada de luta, onde trabalhadores efectivos e precários, do sector público e privado, lutaram contra o pacote legislativo do governo e pela rejeição do pacto de agressão. Uma jornada onde os jovens trabalhadores assumiram um papel destacado no esclarecimento, na mobilização e na sua construção, assumindo posturas de grande coragem e combatividade nos locais de trabalho e nos piquetes de greve, prestigiando-se e prestigiando o movimento sindical unitário.
No dia 22 de Março, os trabalhadores do distrito do Porto e do país recusaram o empobrecimento, a exploração e o desemprego. Disseram que não aceitavam este rumo de afundamento do país e exigiram a rejeição do pacto de agressão. Afirmaram a disponibilidade para prosseguir a luta contra a tentativa do governo de roubar salários e direitos, por os trabalhadores a trabalhar mais por menos dinheiro, facilitar e embaratecer os despedimentos.
A DORP do PCP reafirma a sua solidariedade para com os trabalhadores e a sua determinação em tudo fazer para que as intenções do governo não se concretizem, apelando à unidade e à luta dos trabalhadores, dos democratas e patriotas, pela democracia e o socialismo, por emprego, direitos e justiça social.
Porto, 23 de Março de 2012
A DORP do PCP
A DORP do PCP saúda os trabalhadores portugueses pela construção e concretização da Greve Geral de ontem que, convocada pela CGTP-IN, assumiu uma elevada expressão no distrito do Porto e uniu diversos sectores e camadas no protesto, na luta e na exigência de uma ruptura com o rumo de “empobrecimento e exploração” assumido pelos executantes da política de direita e consagrado no pacto de agressão assinado pelo PS, o PSD e o CDS com a troika estrangeira.A DORP do PCP saúda também a União de Sindicatos do Porto pelo papel que teve na divulgação e realização da greve, pela organização da grande e combativa concentração e desfile para a Praça dos Leões, que forçou o Primeiro-ministro a uma entrada envergonhada na Reitoria da Universidade do Porto, fugindo ao protesto e à indignação dos milhares de trabalhadores que se concentravam naquele local.


A DORP do PCP saúda a justa luta dos trabalhadores da Cerâmica Valadares que levou a que se firmasse hoje um acordo para a regularização dos salários em atraso.
O Secretário-geral do PCP esteve no sábado com os trabalhadores concentrados junto às instalações da Cerâmica de Valadares que lutam pelo pagamento de dois meses de salários em atraso. Os trabalhadores estão em vigília permanente à porta da fábrica há mais de uma semana não deixando que saiam ou entrem nas instalações quaisquer camiões com encomendas ou outros materiais. Primeiro, exigem que sejam pagos os salários em falta.


