Multiplicam-se e agravam-se os problemas no distrito do Porto no acesso aos Cuidados de Saúde Primários.Segundo dados oficiais, no distrito do Porto, existem cerca de 200 mil inscritos nos centros de saúde sem médico de família. A estes somam-se muitos milhares que não estão inscritos em qualquer centro de saúde.
Esta grave realidade, tendo expressões diferentes de concelho para concelho, fica bem expressa nos 37.500 utentes inscritos sem médico de família no concelho do Porto, ou nos 22 mil de Gaia nesta mesma situação.


Tendo como base a preparação da audição parlamentar sobre questões da saúde, os deputados na Assembleia da República no Distrito do Porto – Honório Novo e Jorge Machado - realizaram na passada segunda-feira um Mandato Aberto envolvendo visitas a instituições de saúde, reuniões com comissões de utentes e com estruturas sindicais ligadas às diferentes componentes dos trabalhadores da saúde, nomeadamente, com os Sindicatos dos Médicos, dos Enfermeiros e da Função Pública.
A área da saúde mental é uma das mais sensíveis aos problemas sociais. No contexto actual de perda de direitos para amplas camadas da população, de cortes nos apoios sociais e de aumento do desemprego, as pessoas com doenças psiquiátricas têm menos perspectivas de integração social e de plena recuperação.
Após 30 anos de lamentáveis adiamentos na construção do Centro Materno Infantil do Norte (CMIN), a que recentemente se juntou a anunciada intenção da Câmara Municipal do Porto inviabilizar a concretização do projecto, a DORP do PCP considera totalmente inadmissível a continuação da guerrilha partidária entre a maioria PSD/CDS que gere a Câmara Municipal do Porto e o Governo PS, que mais uma vez prejudica os interesses da região e do país.


