A notícia da demissão da Administração e dirigentes do Hospital de S. João só pode surpreender quem não esteja atento à degradação das relações do Ministério da Saúde com os profissionais das diferentes classes e à destruição progressiva do Serviço Nacional de Saúde. A reorganização hospitalar prevista em Portaria recentemente publicada, feita contra os pareceres dos interessados, sem suporte técnico sustentável e contra os interesses das populações, é uma imagem de marca de um ministério e de um governo que só se preocupam com os números, a cortar naqueles que mais têm sofrido, e não levam em consideração os prejuízos que causam, mesmo em termos do direito à Saúde consignado na Constituição da República tão ofendida e vilipendiada por sucessivos governos do PS, PSD e CDS-PP.
O Grupo Parlamentar do PCP questionou hoje o Ministério da Saúde sobre o adiamento dos tratamentos de infertilidade – anteriormente realizados na Maternidade Júlio Dinís - devido ao facto do Centro Materno Infantil do Norte não ter instalações ou espaço para prestar esse serviço. ver pergunta na Assembleia da República
O PCP questionou hoje o Ministério da Saúde sobre a avaria das câmaras de exposição à radiação ultravioleta do Hospital de Santo António, que levou a suspensão do tratamento de - pelo menos - um doente oncológico desde Dezembro do ano passado.
Este caso concreto comprova as consequências desastrosas que o corte no financiamento do SNS acarreta para o povo português, pelo que o Grupo Parlamentar do PCP dirigiu as seguintes perguntas ao Ministério da Saúde:
"1.ºComo justifica este Ministério a situação acima descrita?
2.º Quantos utentes do SNS com cancro viram os seus tratamentos adiados/comprometidos pelo facto destas duas câmaras estarem avariadas?
3.º Não entende este Ministério que a situação acima descrita pode comprometer a saúde e a vida de vários utentes do SNS?
4.º Que medidas, com carácter de urgência, vai este Ministério tomar para resolver o problema acima identificado?
5.º Para quando prevê este Ministério a reparação das duas câmaras de fotoquimioterapia?"
Em anexo a pergunta mencionada.
10.01.2014
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
O PCP questionou hoje o Ministério da Saúde sobre a avaria das câmaras de exposição à radiação ultravioleta do Hospital de Santo António, que levou a suspensão do tratamento de - pelo menos - um doente oncológico desde Dezembro do ano passado.
Este caso concreto comprova as consequências desastrosas que o corte no financiamento do SNS acarreta para o povo português, pelo que o Grupo Parlamentar do PCP dirigiu as seguintes perguntas ao Ministério da Saúde:
Os deputados do PCP estão hoje a realizar um conjunto de visitas a serviços públicos por todo o país, com o objectivo de colher informações relativas ao seu presente funcionamento e às perspectivas futuras de eventuais encerramentos motivados pela política do Governo.
No distrito do Porto coube ao deputado Jorge Machado visitar a Repartição de Finanças nº 2 de Matosinhos (São Mamede), sobre a qual paira a ameaça de encerramento.
Na reunião com o chefe de repartição não foi avançada qualquer novidade relativa ao futuro daquele serviço, apenas se conhecendo a intenção do Governo em encerrar 50% das repartições de finanças.
No entanto, foi possível constatar a insustentabilidade de tal medida e da consequente concentração do atendimento na Repartição nº 1 de Matosinhos, uma vez que anualmente são atendidas cerca de 110 mil pessoas por cada uma das duas Repartições.
O deputado Jorge Machado reuniu também com a Direcção do Centro Hospital Póvoa de Varzim – Vila do Conde, onde pode constatar que se mantêm as preocupações relacionadas com a eventual retirada de valências daquele Centro Hospitalar e à possível entrega das instalações à Santa Casa da Misericórdia.
O Grupo Parlamentar do PCP irá questionar o Governo sobre estas matérias, afirmando que tais medidas, a serem concretizadas, lesariam gravemente os interesses das populações abrangidas.
Porto, 9 de Dezembro de 2013
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
Os deputados do PCP estão hoje a realizar um conjunto de visitas a serviços públicos por todo o país, com o objectivo de colher informações relativas ao seu presente funcionamento e às perspectivas futuras de eventuais encerramentos motivados pela política do Governo. No distrito do Porto coube ao deputado Jorge Machado visitar a Repartição de Finanças nº 2 de Matosinhos (São Mamede), sobre a qual paira a ameaça de encerramento. Na reunião com o chefe de repartição não foi avançada qualquer novidade relativa ao futuro daquele serviço, apenas se conhecendo a intenção do Governo em encerrar 50% das repartições de finanças.