Face à divulgação, pelo Ministério da Educação, do encerramento de 701 escolas do primeiro ciclo, das quais 384 na região norte, a DORP do PCP destaca que:
1.Esta decisão representa o encerramento de 25% do total das escolas públicas do primeiro ciclo do norte do país (segundo o site do ministério existem 1555 escolas públicas do 1º ciclo no Norte do país).
Os deputados do PCP – Honório Novo e Jorge Machado – acompanhados por outros elementos da Direcção Regional visitaram ontem, segunda-feira, quatro escolas do distrito que estão a ser intervencionadas pela empresa Parque Escolar.
Nas escolas visitadas – Escola Secundária João Gonçalves Zarco, Escola Secundária Filipa de Vilhena, Escola Secundária de Rio Tinto e Escola EB2+3 do Cerco – foi possível constatar os atrasos nas obras. Nenhuma das escolas da Fase 3 iniciou as obras, apesar de estar previsto que tal tivesse ocorrido no primeiro trimestre do ano.
Alvo de critica do PCP foi ainda a concessão de serviços da escola a empresas privadas. Um claro passo na privatização da Escola Pública que torna este serviço muito pior do que quando era a próprio escola a prestá-lo. Uma decisão que é imposta e à margem da própria autonomia das escolas.
No passado dia 16 de Janeiro de 2010, o Primeiro-Ministro Eng. José Sócrates participou na inauguração da “nova” Escola Secundária António Sérgio, em Vila Nova de Gaia, no Distrito do Porto.
A JCP vem denunciar esta inauguração como uma profunda fachada. Esta escola é uma das muitas que sofreu a intervenção da Empresa Parque Escolar (E.P.E.), empresa pública, criada pelo anterior governo PS, com o objectivo de realizar obras em algumas escolas seleccionadas por fases.
É com preocupação que verificamos que vários problemas se arrastam, sem resolução à vista, no nosso Distrito na área da Educação. A entrada no sistema educativo e o regresso às aulas para mais de um milhão e quatrocentas mil crianças e jovens, está indubitavelmente marcada por um conjunto de orientações e decisões deste Governo que foram e são causadoras de uma profunda instabilidade para os jovens e famílias, para os trabalhadores não docentes e os professores, resumindo para toda a comunidade educativa, que se reflectem negativamente no aproveitamento escolar.