A JCP vem denunciar esta inauguração como uma profunda fachada. Esta escola é uma das muitas que sofreu a intervenção da Empresa Parque Escolar (E.P.E.), empresa pública, criada pelo anterior governo PS, com o objectivo de realizar obras em algumas escolas seleccionadas por fases.
O que não se diz é que, uma vez feitas as obras, esta empresa passa a poder gerir e controlar os respectivos espaços e, em resultado do mesmo, o país e, em particular, o distrito do Porto, têm assistido a privatizações sucessivas de bares, cantinas, papelarias e reprografias escolares, entre outros serviços. Tem-se registado igualmente que, fruto das referidas privatizações, os custos dos serviços têm aumentado significativamente ao passo que a qualidade da prestação dos mesmos diminui.
Para além disto, entre outros exemplos escandalosos já conhecidos de má planificação das obras noutras escolas, também nesta se verificou um “pequeno acidente” com a canalização no 1º andar, o que fez com que houvesse uma fuga de água e consequente inundação do espaço; mais uma prova da incompetência desta empresa e do Governo.
A JCP defende um sério investimento nos recursos materiais e humanos das escolas, reivindicação das lutas estudantis de há já muitos anos, mas rejeita este tipo de intervenção. Exigimos o melhoramento das condições materiais das escolas, SIM, mas não à custa do sacrifício dos estudantes. A Educação é um direito e garantir o seu acesso e bom funcionamento a todos é competência do Estado, por isso, deve permanecer pública!
A Organização do Ensino Secundário do Porto da JCP