Educação
Governo soma crise à crise encerrando 10% das Escolas Básicas do distrito do Porto
Este processo tem sido conduzido pelo Governo de acordo com uma lógica estritamente economicista e em total desrespeito pelo futuro educativo de milhares de jovens e crianças.
Este processo tem sido conduzido pelo Governo de acordo com uma lógica estritamente economicista e em total desrespeito pelo futuro educativo de milhares de jovens e crianças.
O Governo decidiu o encerramento de 94 Escolas Básicas no distrito do Porto, 13% do total nacional das escolas a fechar. Acresce que segundo os dados disponibilizados pela DREN - Direcção Regional de Educação do Norte, este número corresponde a 10% do total de escolas básicas existentes na região.
Trata-se de uma situação particularmente grave nos 8 concelhos que compõem o Vale do Sousa e Baixo Tâmega (Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel) que perdem desta forma 20% do total de escolas básicas existentes (são 75 as escolas previstas encerrar).
Estes números evidenciam o forte impacto negativo que é de esperar junto de milhares de alunos que ficam assim com o seu percurso escolar comprometido, de inúmeras famílias que serão directamente afectadas. Também não deve ser ignorado o contributo que esta medida dará para o acentuar da desertificação das zonas mais rurais.
O Governo decidiu “cortar a direito”, sem atender às especificidades de cada escola e comunidade. Esta decisão decorre de uma estratégia profundamente errada, que relega para segundo plano o sucesso real das aprendizagens, privilegiando as preocupações estatísticas e financeiras. É revelador deste facto aliás, que o Governo decida encerrar escolas violando o que havia aprovado nas cartas educativas, que implicaram um período de discussão com a comunidade escolar, autarquias e DREN.
Com esta medida o Governo vem somar “crise à crise”. Numa das regiões do país mais afectadas pelo desemprego, pela precariedade, pelos baixos salários e pela pobreza, o PS decide encerrar mais serviços públicos fundamentais.
A DORP do PCP exige a suspensão imediata deste processo e apela à mobilização das populações, de pais e encarregados de educação e forças vivas dos concelhos afectados na defesa da Escola Pública.
20.08.2010
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP