Exmo. Sr. Director do
Jornal de Notícias
O Partido Comunista Português realizou no passado domingo, dia 11 de Março, um comício comemorativo do seu 91º aniversário, no teatro Rivoli, no Porto.
Um comício que, como previamente vos demos a conhecer, contou com a presença (e a intervenção) de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, teve cerca de um milhar de presenças, numa realização que nenhum outro Partido faz nesta região fora de períodos eleitorais, mas que não mereceu qualquer notícia no JN, facto que merece o nosso veemente protesto.
Para quem lê o JN o comício não existiu. Os leitores do JN desconhecem a realização deste comício, a sua dimensão e o seu conteúdo.
Os leitores do JN não conhecem a denúncia do PCP quanto à responsabilidade deste governo na morte antecipada de muitos idosos, fruto da política para a Saúde que exclui muitos desfavorecidos do acesso ao Serviço Nacional de Saúde.
Os leitores do JN não conhecem que o PCP apresentou propostas alternativas, que considerou que os 8 mil milhões de euros que, entre pagamentos e garantias, já estão empenhados pelo Estado no BPN chegariam para pagar durante 4 anos a comparticipação a 100% – isto é, a gratuitidade – de todos os medicamentos receitados em ambulatório em todos os hospitais e centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde; ou que os 450 milhões de euros já pagos no processo do BPP são aproximadamente a mesma verba retirada desde 2010, anualmente no abono de família e no rendimento social de inserção, em conjunto; ou ainda que o mesmo governo que corta nas verbas para o Serviço Nacional de Saúde, entrega 320 milhões de euros em 2012 às parcerias público-privadas na saúde, um valor quase 14 vezes superior a todo o investimento público do Ministério da Saúde em 2012, que é só de uns míseros 23 milhões de euros.
Os leitores do JN também não conhecem a posição do PCP sobre temas de âmbito regional aos quais têm dado grande relevo. Não conhecem que o Secretário-Geral do PCP considerou que “No sector dos transportes é o direito à mobilidade das populações que é posto em causa. É o direito ao transporte público que se ataca, como acontece aqui no Porto com a redução de carreiras da STCP e os aumentos incomportáveis no preço dos transportes, incluindo no Metro. São igualmente os cortes nos passes sociais para estudantes e idosos, enquanto se anuncia a intenção do governo fundir o Metro do Porto e a STCP. Trata-se de criar com esta política de aumento brutal dos preços e de fusão das empresas as condições para a sua privatização à custa das populações, mas também à custa dos trabalhadores.”
Os leitores do JN continuam sem conhecer a posição do PCP sobre o futuro do porto de Leixões e a acusação feita pelo secretário-geral do PCP no comício de que “os eleitos e dirigentes distritais do PS, PSD e CDS, procuram desviar atenções do real comprometimento dos seus partidos com o Pacto de Agressão, e propagandeiam posições alarmistas sobre a perda de autonomia do porto de Leixões. Uma campanha que os grandes interesses económicos aqui sediados ampliam. Argumentam com “defesa do Norte” e a expansão da influência do Porto de Leixões, mas disfarçando mal que são os seus próprios interesses que estão em causa e não a defesa do interesse geral. Escondem que o interesse do Porto e do Norte não é o interesse dos grupos económicos sedeados no Porto ou no Norte. Os interesses do norte são os de quem cá vive e trabalha, são os interesses do país e isso exige, como defendemos uma gestão pública e integrada do sistema portuário nacional, que tenha em conta especificidades e potencialidades desta região.”
Estranhos critérios jornalísticos os do JN que se apresenta como um órgão “pautando desde sempre pelo rigor da sua informação”, “um jornal popular de qualidade que pratica um jornalismo que coloca como protagonista o interesse dos leitores. É também uma referência nos temas locais”. Um jornal que, na apresentação do novo grafismo, afirma o objectivo de focar “naquilo que interessa de facto à gente da nossa terra.”
Onde está o rigor que deixa de fora a posição do PCP?
Onde está o protagonismo ao interesse do leitor que é privado de conhecer as iniciativas, as criticas e as propostas do PCP?
Onde está a atenção aos temas locais se exclui dessa abordagem a opinião do PCP, mesmo que ela se apresente muitas vezes contrária à opinião do bloco central de interesses e da esmagadora maioria dos que opinam no Vosso jornal?
Significa que assumem que a posição do PCP não interesse à gente da nossa terra?
Em 2008, o JN assumiu igual tratamento de uma iniciativa semelhante.
Perante o protesto da DORP do PCP, o seu director de então respondeu-nos que “infelizmente” não trataram o comício e que a tal se “somou o facto de não terem aproveitado o telegrama distribuído pela Lusa”. Completava ainda a argumentação sobre o tratamento do PCP e a não existência de qualquer discriminação ao PCP com o facto de terem entre os seus “colunistas habituais um deputado do PCP”.
Que razões sustentarão hoje a opção do JN pela não publicação de qualquer notícia sobre este comício do PCP?
Porto, 13 de Março de 2012
O Secretariado da DORP do PCP
Exmo. Sr. Director do Jornal de Notícias
O Partido Comunista Português realizou no passado domingo, dia 11 de Março, um comício comemorativo do seu 91º aniversário, no teatro Rivoli, no Porto.
Um comício que, como previamente vos demos a conhecer, contou com a presença (e a intervenção) de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, teve cerca de um milhar de presenças, numa realização que nenhum outro Partido faz nesta região fora de períodos eleitorais, mas que não mereceu qualquer notícia no JN, facto que merece o nosso veemente protesto.
Para quem lê o JN o comício não existiu. Os leitores do JN desconhecem a realização deste comício, a sua dimensão e o seu conteúdo.
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No Dia Internacional da Mulher, o PCP saúda as mulheres que se assumem como sujeitos activos na intensa luta que se trava no nosso país – nas empresas e locais de trabalho, nas cidades e nos campos – contra a exploração, o empobrecimento e o retrocesso social. Uma luta que mostra que as mulheres não calam, não consentem, nem se resignam perante o Pacto de Agressão e as alterações à legislação laboral, que representam um inaceitável «ajuste de contas» com os valores, direitos e conquistas das mulheres e com a sua luta emancipadora.
Neste dia 8 de Março, o PCP leva a cabo por todo o país um vasto conjunto de acções de distribuição do seu folheto às mulheres, e em especial às trabalhadoras, em que afirmará a confiança no papel da sua luta em defesa dos seus direitos. Uma acção que apelará a uma forte adesão das trabalhadoras, do sector público e privado, na Greve Geral de 22 de Março, convocada pela CGTP-IN. Porque é pela luta que as mulheres defendem os seus direitos.
Ver declaração de Fernanda Mateus, da Comissão Política do PCP
No Dia Internacional da Mulher, o PCP saúda as mulheres que se assumem como sujeitos activos na intensa luta que se trava no nosso país – nas empresas e locais de trabalho, nas cidades e nos campos – contra a exploração, o empobrecimento e o retrocesso social. Uma luta que mostra que as mulheres não calam, não consentem, nem se resignam perante o Pacto de Agressão e as alterações à legislação laboral, que representam um inaceitável «ajuste de contas» com os valores, direitos e conquistas das mulheres e com a sua luta emancipadora.
Neste dia 8 de Março, o PCP leva a cabo por todo o país um vasto conjunto de acções de distribuição do seu folheto às mulheres, e em especial às trabalhadoras, em que afirmará a confiança no papel da sua luta em defesa dos seus direitos. Uma acção que apelará a uma forte adesão das trabalhadoras, do sector público e privado, na Greve Geral de 22 de Março, convocada pela CGTP-IN. Porque é pela luta que as mulheres defendem os seus direitos.
Ver declaração de Fernanda Mateus, da Comissão Política do PCP