Senhoras e senhores jornalistas,
Amigas e amigos,
Camaradas
A CDU parte para as eleições autárquicas que se aproximam com a mesma disposição de sempre:
Trabalho, Honestidade, Competência.
Trabalho, para prestar atenção permanente aos problemas das populações e para os resolver, ou
participar, na sua resolução.
Honestidade, para encarar os problemas com objetividade, sem demagogia, e para encarar a sua resolução
de forma transparente, colocando acima de tudo o interesse das populações e desprezando quaisquer
interesses particulares.
Competência, para conhecer a situação das autarquias na sua complexidade; para analisar as situações, e
executar as medidas adequadas à resolução dos problemas das populações.
Os eleitos da CDU têm provas dadas da sua filiação nesta disposição, seja pela sua disponibilidade para
servir as comunidades em que estão integrados, seja pela matriz metodológica da ideologia que perfilham
que lhes permite uma análise objetiva e global das situações.
O trabalho dos eleitos da junta CDU de S Pedro da Cova, para dar um exemplo local, é bem uma amostra
da actuação da CDU, quer considerado ao longo dos anos, quer considerado nos últimos tempos, na
oposição persistente, consequente e vitoriosa à deposição de resíduos perigosos; na a luta pelos transportes,
ou na oposição à extinção de freguesias.
Quiseram os meus camaradas da Comissão Concelhia de Gondomar do PCP, apoiados pelos nossos
companheiros da CDU que, desta vez, fosse eu a lembrar aos gondomarenses os princípios que norteiam os
eleitos da CDU nas autarquias e a defender esses princípios na Câmara Municipal.
É uma tarefa que aceito com a disponibilidade que sempre manifestei para defender os interesses da
população de Gondomar. Coloco na prossecução dessa tarefa todas as minhas capacidades com a confiança
que sempre tive nos princípios que defendo, e com a certeza de que, sendo eu a aparecer como candidato,
esta tarefa será uma tarefa coletiva que, coletivamente, irá ser cumprida; e com a certeza de que nesta
individualização não precisarei de olhar para o lado para saber que poderei contar com os meus camaradas.
É esse o significado que atribuo à palavra camarada: aquele ou aquela que sabemos estar ao nosso lado sem
ter necessidade de o verificar.
Os camaradas e amigos presentes nesta apresentação formal, e simbólica, da candidatura da CDU, estão
aqui para me mostrar que estamos juntos nesta campanha eleitoral até outubro e que, depois, me
acompanharão no trabalho, não menos exigente, na Câmara Municipal.
Aos trabalhadores da Comunicação Social aqui presentes, e que são testemunhas deste compromisso,
deixo um apelo: permitam que as nossas ideias e as nossas propostas cheguem aos gondomarenses.
Critiquem-nas, como deve ser próprio de uma imprensa independente, mas deixem que os gondomarenses as
conheçam também. Só assim poderão escolher em consciência, porque sem o conhecimento das diversas
opções, o direito ao voto não pode ser exercido livremente: não há liberdade sem conhecimento.
Permitam-me ainda, neste ponto, uma referência especial para o mandatário desta candidatura, o
Guilhermino Monteiro, a quem agradeço pessoalmente a sua disponibilidade. Nascemos em freguesias
vizinhas, a Lomba e Pedorido, embora em concelhos diferentes, partilhamos a mesma visão do mundo e,
entre outros, o gosto pela música e pela História; infelizmente para mim, não tenho a competência do
Guilhermino em nenhuma dessas áreas.
Residindo e trabalhando em Gondomar, o Dr. Guilhermino Monteiro está ainda ligado ao nosso concelho
pela sua participação, como instrumentista, na Banda de Melres, pela regência da Banda de Gondomar,
fundada pelo seu bisavô, e pelas muitas participações dos coros que dirige em iniciativas diversas. O seu
contributo para a nossa candidatura será, por tudo isso, valioso.
O chamado mundo desenvolvido atravessa a mais longa crise do capitalismo e, como é da natureza do
capitalismo, as consequências nefastas da crise acabam sempre por ser suportadas pelos mais explorados: os
trabalhadores e, por arrasto, pelos pequenos empresários, que se veem privados do poder de compra dos
trabalhadores ao mesmo tempo que sofrem a concorrência dos grandes grupos económicos e a dificuldade
em obter os créditos financeiros necessários ao desenvolvimento da sua atividade. Para os grandes grupos
financeiros as consequências nunca são nefastas, porque as eventuais perdas serão sempre cobertas pelo
Estado, que o mesmo é dizer pelos impostos e pela redução dos salários e das pensões dos trabalhadores.
Em nome da honestidade que defendemos, não afirmamos que a crise teve origem entre portas e que
entre portas pode ser resolvida; mas a verdade é que no nosso país a crise começou muito antes do início da
crise financeira internacional, por via das políticas de Direita dos partidos que nos têm governado: PS e PSD
aliados ou não ao CDS.
O que dizemos é que não foram tomadas as medidas adequadas para minorar os efeitos da crise
capitalista: nem no nosso país, nem no nosso concelho. Como já disse noutra ocasião, em vez de limparem
as valetas que evitariam as enxurradas, aqueles que receberam o voto do povo para gerir os destinos do país
ou do concelho, tudo fizeram para que a enxurrada da crise levasse tudo à frente.
Os dados estatísticos oficiais mostram como, por ausência de políticas corretas de desenvolvimento que
pudessem mitigar os efeitos da crise capitalista, se agravaram os problemas dos gondomarenses, mais do que
a média distrital ou nacional.
Só entre 2006 e 2010 perderam-se 757 empresas de comércio por grosso e a retalho, o que corresponde a
17,5% do total das empresas. No distrito a perda foi de 16,7%; no país foi de 16,1%.
No mesmo período perderam-se 594 empresas de indústrias transformadoras, 27,1%. No distrito o
enceramento foi de 23,8%; no país foi de 24,4%.
Entre Janeiro de 2010 e Janeiro de 2013 o número de inscritos no Centro de Emprego de Gondomar
aumentou 43,4%, de 11 698 para 16 780. O aumento distrital foi de 28,4%; no país foi de 13,6%.
O número de jovens com menos de 25 anos inscritos no Centro de Emprego aumentou ainda mais no
mesmo período: de 1379 para 2111, 53,1%. O aumento no distrito foi de 26,8%; no país foi de 26,2%.
O número de beneficiários do RSI (Rendimento Social de Inserção) vulgarmente conhecido como
Rendimento Mínimo, aumentou 488% entre 2005 e 2011, de 2271 para 13 367. O aumento no distrito do
Porto foi de 320% e no país, de 121%.
Nas últimas décadas, as políticas municipais não foram, de facto, capazes de resolver os problemas
estruturantes do município, desde o planeamento urbano às políticas do ambiente, passando pela habitação, a
mobilidade ou a educação.
A maioria política que governa o município não soube a tempo criar condições para preservar as
indústrias tradicionais com a da metalurgia ou a das madeiras, nem para desenvolver outras potencialidades
do concelho, como o aproveitamento do Douro e das suas margens, há muito reclamado pela CDU.
O rio Douro, navegável pelo menos desde os Fenícios para transportar o ouro das minas da Serra das
Banjas, ou do Portal, constitui, com as suas margens, um recurso natural impar. Associada a uma politica
consequente de proteção e ordenamento das florestas, a criação de condições para a instalação de pequenas
unidades hoteleiras e de lazer, apoiadas por um centro de formação profissional para esse setor, poderia criar
muitos postos de trabalho.
Do nosso programa eleitoral, que oportunamente será apresentado, constarão propostas concretas e
exequíveis para melhorar a vida dos gondomarenses, quer com ideias novas, quer com tentativas de correção
dos erros cometidos.
Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal têm tido um papel importante, quer na denúncia de políticas
nocivas para o município, quer apresentando propostas para a resolução de problemas do concelho, muitas
delas aprovadas: por exemplo, as relacionadas com a deposição de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova,
a reabilitação da antiga central de captação de água do Rio Sousa, o encerramento Serviço de Atendimento
de Situação Urgentes (SASU), as portagens na A41, a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR)
do Meiral, etc..
Mas apesar do extenso trabalho dos deputados municipais, a CDU fez falta na Câmara.
Fez falta para denunciar os erros de gestão e para participar na resolução dos problemas dos
gondomarenses;
Fez falta para impedir que o presidente fosse enganado deixando ficar a linha do Metro longe do termo
previsto e prometido;
Fez falta para que houvesse uma oposição consequente, com a mesma posição nas freguesias, na Câmara
e na Assembleia Municipal, nomeadamente na defesa dos serviços públicos, cuja privatização só tem trazido
prejuízos para os gondomarenses.
A CDU é a Esquerda que faz falta na Câmara de Gondomar.
Com confiança, a CDU voltará a estar representada no executivo municipal.
Gondomar, 1 de Março de 2013.
Joaquim Barbosa
A CDU é a Esquerda que faz falta na Câmara de Gondomar. Com confiança “a CDU voltará a estar representada no executivo municipal”.
Estas foram as principais ideias transmitidas na apresentação de Joaquim Barbosa, professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, membro da Comissão Concelhia do PCP, candidato à presidência da Câmara Municipal de Gondomar.
Uma apresentação pública acompanhada por dezenas de camaradas e amigos.
ver intervenção de Joaquim Barbosa
ver biografia de Joaquim Barbosa
ver biografia de Guilhermino Monteiro, mandatário da candidatura da CDU a Gondomar
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A DORP do PCP afirma a existência de alternativas a este rumo de desastre, exploração,
empobrecimento e agravamento das injustiças, das assimetrias e das desigualdades.
Está na mão do povo português, da sua vontade democrática, do seu brio patriótico, da sua
identificação com os valores de Abril, da sua determinação em construir uma outra política.
Uma política que dê uma oportunidade ao país de sobreviver como nação soberana, de
assegurar uma vida digna aos trabalhadores e ao povo num Portugal com futuro.
É necessário, possível e urgente a concretização de uma política patriótica e de esquerda que
coloque como tarefa prioritária o combate à profunda crise económica e social que atravessa o
País, promovendo o investimento público – aproveitando plenamente os fundos comunitários
e as potencialidades do país e da região - fomentando o desenvolvimento da produção e
riqueza nacionais com criação de emprego, a valorização do trabalho e dos trabalhadores e dos
seus direitos e a garantia de uma justa distribuição da riqueza criada.
Uma política que reclama um governo capaz de a executar, colocando como prioridade a
rejeição do Pacto de Agressão, com a imediata renegociação da dívida de acordo com os
interesses nacionais, que assegure a libertação do país das imposições supranacionais,
contrárias ao interesse do desenvolvimento do país.
Porto, 28 de Fevereiro de 2013
A DORP do PCP

A realidade nacional tem revelado que as proclamações propagandeadas pelo governo são uma falácia incapaz de iludir a realidade marcada pela continuada degradação da situação económica e social.
A manutenção deste rumo político, agravado pela concretização de um Pacto de Agressão que, subscrito por PS, PSD e CDS, tem servido de justificação para impor um programa de aumento da exploração dos trabalhadores, de retrocesso social e de declínio nacional, ao mesmo tempo que agrava as injustiças e desigualdades, comprometendo a vida de milhões de portugueses e o futuro do País e o seu desenvolvimento sustentado.
Temos afirmado que este é um rumo de desastre, que os problemas do país se fazem sentir mais profundamente no distrito do Porto. Os sucessivos dados oficiais continuam a confirmar esta triste tese – nos últimos 3 anos, os inscritos no IEFP no distrito aumentaram 28%, um crescimento mais de duas vezes superior ao verificado no país.
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A divulgação destes encabeçamentos é o culminar de uma primeira fase de discussão, que teve em conta não só o imenso capital de experiência e intervenção da CDU no nosso Concelho, a experiência de trabalho institucional, o projecto da CDU tanto em aspectos comuns e transversais, como nas especicificidades de Vila Nova de Gaia.
Depois deste anúncio continuaremos o trabalho de sempre, intervindo sobre os problemas específicos do concelho, no combate à política de direita de PSD e CDS, com a cumplicidade do PS, no fundo os mesmos protagonistas que conduziram Gaia à situação de marasmo, endividamento e profundas e marcadas injustiças sociais. É neste sentido e porque a luta continua, que anunciamos hoje que realizaremos no próximo dia 16 de Março uma Marcha/Desfile da CDU em Vila Nova de Gaia. Marcha essa que pretende ser mais um momento de protesto e denúncia dos impactos que, de forma muitas vezes particular, as opções políticas de compromisso com o capital e grandes grupos económicos e interesses estrangeiros, têm sobre Vila Nova de Gaia. Mas é também uma acção que projecta uma imensa confiança no futuro e na possibilidade de um concelho, de um distrito e de um país mais justo, fraterno e solidário.
Vivemos um tempo complexo e dificil, com profundas contradições, em que por um lado as condições de vida dos trabalhadores e do povo, das camadas exploradas, são agravadas de forma insustentável, mas por outro a luta de classes ganha nova e acrescida actualidade e força.
Este é um tempo em que mais e mais gente vai engrossando o caudal da luta, vai tendo consciência de que as injustiças têm responsáveis e que não existem inevitabilidades neste processo. Este é ainda um tempo em que os ideais de Abril renascem como um referencial de esperança, tanto para as gerações que viveram a Revolução dos Cravos, como para as gerações de agora que nela se revêem. As ideias, o projecto e os símbolos de Abril levantam-se, são cantados e afirmados de formas novas, criativas e com uma imensa força. Este é também um sinal de confiança que mais cedo do que tarde o Povo Português e o Povo de Vila Nova de Gaia encontrarão os caminhos para uma vida melhor.
Este movimento de luta e contestação de sempre e que hoje se reforça, pode e deve ter expressão eleitoral. A luta deve ser levada também até ao voto.
É também por isso que a batalha das Eleições Autarquicas deve, ao mesmo nível que identifica e propõe soluções para os problemas locais, ser também um momento de identificação e penalização dos responsáveis pela situação do País.
A verdade é que PSD e CDS, com a conivência do PS, no País e no Concelho, partem de opções políticas semelhantes e servem interesses semelhantes.
A CDU apresenta-se nestas eleições com o objectivo de crescer, recuperar vereação, eleger mais deputados municipais e reforçar a sua intervenção institucional nas freguesias.
Este crescimento da CDU seria mais um passo na longa escada da mudança, e por isso o apelo que fazemos é que as populações sejam agentes activos na mudança e na ruptura política.
A CDU tendo estes objectivos, não descarta outros. Está nas mãos da população e estaremos prontos para assumir todas as responsabilidades que nos queiram atribuir, com a garantia de que jamais utilizaremos a confiança do Povo para defender interesses contrários aos do Povo.
Resta-me então dar nome e rosto aos protagonistas deste projecto, com a consciência de que serão porta-vozes de um grande colectivo, que não se esgota nas listas que apresentaremos oportunamente.
Para a Câmara, Jorge Sarabando, e para a Assembleia, Paula Baptista. Pertencem ambos ao Partido Comunista Português e são actualmente eleitos na Assembleia Municipal, sendo o primeiro também membro da Assembleia Metropolitana do Porto.
João Pires - Membro do Comité Central do PCP, responsável pela Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A divulgação destes encabeçamentos é o culminar de uma primeira fase de discussão, que teve em conta não só o imenso capital de experiência e intervenção da CDU no nosso Concelho, a experiência de trabalho institucional, o projecto da CDU tanto em aspectos comuns e transversais, como nas especicificidades de Vila Nova de Gaia.
Depois deste anúncio continuaremos o trabalho de sempre, intervindo sobre os problemas específicos do concelho, no combate à política de direita de PSD e CDS, com a cumplicidade do PS, no fundo os mesmos protagonistas que conduziram Gaia à situação de marasmo, endividamento e profundas e marcadas injustiças sociais. É neste sentido e porque a luta continua, que anunciamos hoje que realizaremos no próximo dia 16 de Março uma Marcha/Desfile da CDU em Vila Nova de Gaia. Marcha essa que pretende ser mais um momento de protesto e denúncia dos impactos que, de forma muitas vezes particular, as opções políticas de compromisso com o capital e grandes grupos económicos e interesses estrangeiros, têm sobre Vila Nova de Gaia. Mas é também uma acção que projecta uma imensa confiança no futuro e na possibilidade de um concelho, de um distrito e de um país mais justo, fraterno e solidário.
ver intervenção de Jorge Sarabando, 1º candidato da CDU à Câmara Municipal de V.N.Gaia
ver biografia de Jorge Sarabando, 1º candidato da CDU à Câmara Municipal de V.N.Gaia
ver biografia de Paula Batista, 1ª candidata da CDU à Assembleia Municipal de V.N.Gaia
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Na passada segunda-feira, uma delegação da DORP do PCP composta por Jorge Sarabando, José Pedro Rodrigues e Cláudia Santos, acompanhada ainda por Joaquim Barbosa, membro da Comissão Concelhia de Gondomar, reuniu com a Administração da Metro do Porto.
Nessa reunião a Administração reafirmou a sua intenção de prosseguir com o Plano Estratégico de Transportes - documento da tutela do Governo que prevê a privatização, fusão e a subconcessão da empresa. Este plano já está em marcha, contemplando despedimentos, a fusão com a STCP e posterior concessão da rede aos operadores privados, sendo que em 2014 será realizado o concurso internacional. A delegação do PCP pode comprovar que tais medidas correspondem, na prática, a vender o activo da empresa, ficando para o Estado o passivo da mesma.
Quanto ao passivo da empresa foi dito à delegação do PCP que o financiamento previsto contemplava em parte financiamento estatal, parte da banca e por último fundos europeus, sendo que o que acabou por acontecer é que dada a ausência de financiamento pelo Estado, a empresa endividou-se através de financiamento bancário a que acresce uma elevada carga de juros.
Quanto ao alargamento da rede e seu funcionamento, a Administração informou que estava suspenso o seu alargamento (Trofa e Gondomar) apesar da rede ainda não ser eficiente e dos interfaces não serem os desejáveis.
Quanto ao elevado valor dos tarifários e o seu aumento, é utilizado o argumento da eficiência e racionalidade como justificação.
A DORP do PCP reafirmou a sua posição de defesa da expansão das linhas do Metro, rejeitando os objectivos de privatização declarados pelo governo, pugnando por um serviço público de transportes ao serviço do povo, que promova a qualidade de vida, salvaguarde as necessidades de desenvolvimento da região e os postos de trabalho dos seus trabalhadores.
Na passada segunda-feira, uma delegação da DORP do PCP composta por Jorge Sarabando, José Pedro Rodrigues e Cláudia Santos, acompanhada ainda por Joaquim Barbosa, membro da Comissão Concelhia de Gondomar, reuniu com a Administração da Metro do Porto.
Nessa reunião a Administração reafirmou a sua intenção de prosseguir com o Plano Estratégico de Transportes - documento da tutela do Governo que prevê a privatização, fusão e a subconcessão da empresa. Este plano já está em marcha, contemplando despedimentos, a fusão com a STCP e posterior concessão da rede aos operadores privados, sendo que em 2014 será realizado o concurso internacional. A delegação do PCP pode comprovar que tais medidas correspondem, na prática, a vender o activo da empresa, ficando para o Estado o passivo da mesma.
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Inseridas na sua Campanha “Por uma Política Alternativa, Patriótica e de Esquerda”, o PCP
organiza uma série de iniciativas demonstrando com exemplos que as alternativas existem e que
só uma política, patriótica, no sentido da defesa dos interesses nacionais e da preservação da
autonomia do país e dos portugueses, e de Esquerda, no sentido da garantia de uma justa
repartição da riqueza produzida no país, poderão tirar Portugal da grave situação económica,
financeira e social em que se encontra.
Realizámos hoje duas visitas no distrito do Porto à empresa RAR Açúcar e à Comissão de
Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.
A produção de açúcar é, em Portugal, dependente na quase totalidade de cana-de-açúcar. No
passado recente esteve instalado em Portugal uma capacidade de produção de beterraba que
permitia produzir parte da matéria-prima para produção de açúcar. Depois de décadas em que o
País não produziu beterraba para não se pôr em causa os interesses dos que exploravam a
produção colonial de cana, e após a conquista em 1995 do direito a produzir e transformar a
beterraba, a União Europeia, com a cumplicidade do Governo PS/Sócrates/Jaime Silva, impôs a
redução da quota de beterraba a Portugal. Em consequência, a única unidade em Portugal que a
transformava, a DAI em Coruche, teve se reconverter com recurso a fundos comunitários, para a
transformação de cana. É consequência também dessa reforma de 2006 da OCM do açúcar -
sob a pressão dos produtores de beterraba da Alemanha e França - a insuficiência de matériaprima
para as três refinadoras portuguesas, o que implica que estas estejam a produzir abaixo
da capacidade instalada (cerca de 50%), pondo assim em risco a sua própria viabilidade futura.
É um bom exemplo de como o interesse nacional sucumbe, recorrentemente, aos interesses dos
países mais ricos da Europa e de como os governantes, dos partidos que têm governado
Portugal, são incapazes de defender o interesse nacional.
O país nunca poderá ser autossuficiente em termos alimentares, uma vez que nunca poderá
produzir toda a gama de produtos alimentares consumidos, mas existe muito espaço para o
equilíbrio da balança agroalimentar, que mantém um défice que não baixa dos 3 500 milhões de
euros anuais.
O setor vitivinícola, com as vinhas a ocupar cerca de 240 mil hectares, tem tido grandes
progressos em qualidade de produto e na presença no mercado externo. Mas a situação do
mercado vinícola na União Europeia, agravado com a Reforma da Organização Comum do
Mercado dos Vinhos concretizado em 2007 (Presidência portuguesa da União Europeia sob o
Governo PS/Sócrates/Jaime Silva) não torna fácil a vida dos produtores nacionais. Acresce que
o conjunto de acordos de comércio que estão em cima da mesa, um concretizado (Marrocos)
outro em desenvolvimento (MERCOSUL), significa a entrada na União Europeia, de
concorrentes em condições desiguais de concorrência.
Mas o setor atravessa neste momento outra séria ameaça e esta com responsabilidade do
Estado português. A flavescência dourada expandiu-se a grande velocidade na Região
Demarcada dos Vinhos Verdes (e já chegou a outras regiões vitícolas, Bairrada e Douro) e pode
provocar danos de grande dimensão.
O governo português tem tido uma atuação negligente em matéria de sanidade no setor agrícola.
A sanidade animal está em causa por dívidas do Estado às Organizações de Produtores
Pecuários. Tal significa que o Ministério da Agricultura não entregou às Organizações de
Produtores cerca de 12 milhões de euros pela realização de tarefas que incumbiam ao Estado
em 2012.
Na sanidade vegetal, não é possível conhecer as verbas disponíveis em Orçamento de Estado
para o ano de 2013 e nem a pergunta direta à Ministra da Agricultura permitiu esclarecer esta
dúvida. A gravidade do problema, para além da vinha, estende-se ao kiwi (Pseudomona) e às
macieiras e pereiras (Fogo Bacteriano). Ao conjunto de problemas e à pouca clareza quanto aos
valores disponíveis para a sanidade vegetal, soma-se o desinvestimento nos laboratórios de
Estado o que coloca fortes entraves à capacidade de monotorização, acompanhamento e
investigação destes graves problemas.
Esta realidade verificada nos aspetos sanitários é neste momento muito atual, com todo o
escândalo europeu em torno da utilização de carne equina. Um processo onde os procedimentos
de fiscalização falharam por toda a Europa. A existência de uma fraude económica, onde
literalmente se vendeu “gato por lebre”, vendendo preço da carne bovina, outra de menor valor.
Esta substituição levanta legitimamente a dúvida quanto à relação entre a rotulagem e o
conteúdo efetivo dos produtos alimentares, numa demonstração clara de que a liberalização dos
mercados e a autorregulação não dão as garantias de qualidade nem promovem a salvaguarda
económica de produtores e consumidores. O PCP exigirá, na Assembleia da República, a
marcação urgente da audição com o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação
Agroalimentar, já aprovada sobre sanidade animal a requerimento do PCP. Mas o seu âmbito
tem de ser alargado ao problema da segurança alimentar e da presença da carne de cavalo em
diversos alimentos pré-preparados e congelados. É patente a contradição entre as afirmações do
MAMAOT ao Jornal de Notícias de 14 de Fevereiro “não foi detectada até ao momento em
Portugal nenhuma situação semelhante ao observado em outros países” e as declarações
públicas do ex-responsável máximo da ASAE no passado sábado, dia 23 de Fevereiro, de que
pelo menos um caso já tinha sido detectado pela ASAE no ano que findou. No mesmo
esclarecimento ao JN, o MAMAOT garantiu igualmente que entre 22 e 24 de Janeiro, a ASAE
fiscalizou 53 estabelecimentos e “não foram detectadas irregularidades” semelhantes às de
outros países. Na 4ª feira, 15 de Fevereiro, o Sistema Comunitário de Alerta Rápido para a
Alimentação, informava que lasanha de carne de vaca contendo carne de cavalo proveniente de
França (processada no Luxemburgo com carne da Roménia), sob suspeita de fraude e
problemas para a saúde pública, tinha sido distribuída em 9 países, um dos quais era Portugal! E
na quinta-feira, 21 de Fevereiro, finalmente, a ASAE emitia um comunicado sobre aquela
lasanha, anunciando a apreensão de mais de 12 mil embalagens, a que se seguiram outras
operações. Entretanto a “Nestlé já havia suspendido a distribuição em Portugal, de uma lasanha
à bolonhesa, depois de ter detectado carne de cavalo no produto, que era apenas vendido no
sector da hotelaria” (Expresso, 23 de Fevereiro), a a DECO, por sua vez, divulgou um estudo dia
21 de Fevereiro sobre 24 talhos de Lisboa e Porto, onde denuncia a existência de venda de
carne de vaca picada com a presença de aditivos conservantes (sulfitos) e contaminada com
agentes patogénicos.
Toda esta situação precisa do urgente esclarecimento do Governo!
Porto, 25 de fevereiro de 2013
Inseridas na sua Campanha “Por uma Política Alternativa, Patriótica e de Esquerda”, o PCP organiza uma série de iniciativas demonstrando com exemplos que as alternativas existem e que só uma política, patriótica, no sentido da defesa dos interesses nacionais e da preservação da autonomia do país e dos portugueses, e de Esquerda, no sentido da garantia de uma justa repartição da riqueza produzida no país, poderão tirar Portugal da grave situação económica, financeira e social em que se encontra.
Realizámos hoje duas visitas no distrito do Porto à empresa RAR Açúcar e à Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.
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Em conferência de imprensa, a CDU criticou a «ausência de uma estratégia politica de desenvolvimento económico em Matosinhos, que mesmo usufruindo de localização e infra-estruturas privilegiadas, como as vias rápidas de comunicação, o porto de Leixões ou o aeroporto do Porto, que se reflecte nos dramáticos números do desemprego e desindustrialização no concelho». «Do início deste mandato, em Janeiro de 2010, até Janeiro de 2013 o número de inscritos no centro de emprego, em Matosinhos, aumentou 43%, um valor muito superior ao nacional (28%)», denunciou José Pedro Rodrigues, membro da CDU na Assembleia Municipal, acrescentando que o problema se agrava no que respeita ao desemprego jovem, que em Matosinhos, entre 2010 e 2013 «aumentou 56%, enquanto no País o aumento foi de 26%».
A CDU acusou ainda o executivo do PS de «completo alinhamento com os sucessivos governos PS e PSD/CDS com o que de pior as suas políticas significaram para Matosinhos, como a introdução de portagens nas SCUT e a constituição dos «mega-agrupamentos escolares, que se estão a transformar em “unidades fabris” de educação a martelo, com vários milhares de alunos cada e com naturais dificuldades pedagógicas»
Por último, o eleito da CDU na Assembleia Municipal de Matosinhos criticou ainda a falta de poder reivindicativo da Câmara perante o poder central que se reflecte na eternização de problemas e de promessas por cumprir em Matosinhos: o Portinho de Angeiras que continua sem sair do papel; o segundo maior interface do Metro do Porto, na Senhora da Hora, que continua a funcionar em condições indignas, sem casas de banho ou coberturas suficientes para a frequência de utilização; a ligação dedicada da A28 ao Hospital Pedro Hispano para trânsito hospitalar que continua por construir.
Uma última nota para a ligação ferroviária entre Contumil e Leixões a passageiros. Foi inaugurada com grande pompa por Guilherme Pinto e Ana Paula Vitorino, precisamente no ano das anteriores eleições autárquicas e encerrada um ano depois com a desculpa que não tinha passageiros suficientes e sem que sequer se tivessem construído as estações que alimentariam a linha, ou sequer a ligação com o Metro do Porto.
Sobre todas estas questões a CDU interveio na Assembleia Municipal de Matosinhos, nas freguesias e apoiando as movimentações populares de resistência contra as portagens nas SCUT, pela defesa dos transportes públicos e, mais recentemente, contra a destruição das freguesias no concelho de Matosinhos.
O eleito da CDU afirmou ainda que «Matosinhos precisa urgentemente de um projecto de desenvolvimento coerente e para todo o seu espaço territorial que aproveite as suas reais potencialidades e vantagens pondo fim às decisões políticas casuísticas», concluindo que «muito tempo já foi desperdiçado em guerras e alianças que só prejudicaram o concelho e a sua população, com graves consequências na situação económica e social do concelho, e deixando a garantia que a CDU tudo continuará a fazer para que esta situação se inverta».
CDU/ Matosinhos
Em conferência de imprensa, a CDU criticou a «ausência de uma estratégia politica de desenvolvimento económico em Matosinhos, que mesmo usufruindo de localização e infra-estruturas privilegiadas, como as vias rápidas de comunicação, o porto de Leixões ou o aeroporto do Porto, que se reflecte nos dramáticos números do desemprego e desindustrialização no concelho».
«Do início deste mandato, em Janeiro de 2010, até Janeiro de 2013 o número de inscritos no centro de emprego, em Matosinhos, aumentou 43%, um valor muito superior ao nacional (28%)», denunciou José Pedro Rodrigues, membro da CDU na Assembleia Municipal, acrescentando que o problema se agrava no que respeita ao desemprego jovem, que em Matosinhos, entre 2010 e 2013 «aumentou 56%, enquanto no País o aumento foi de 26%».
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Os trabalhadores da SUCH estiveram hoje concentrados junto à delegação da empresa no Porto contra a retirada de direitos consagrados no contrato colectivo de trabalho.
Os trabalhadores exigiram, em forma de moção entregue à empresa: que o trabalho prestado em dia de feriado seja remunerado conforme consta dos contratos colectivos de trabalho e sejam repostos os valores retirados desde Agosto de 2012; que o valor do subsídio de refeição seja reposto para 5,46 euros diários e sejam pagos os valores retirados aos trabalhadores; que todos os trabalhadores sejam remunerados e classificados de acordo com as funções exercidas e pagos os retroactivos devidos; que sejam repostos os demais direitos retirados aos trabalhadores nos últimos tempos; que sejam respeitados os direitos consagrados nos contratos colectivos de trabalho; que sejam negociados aumentos salariais dignos que reponham o poder de compra perdido nos últimos anos.
Os trabalhadores das cantinas dos hospitais de São João, Pedro Hispano, Padre Américo, Valongo, Amarante, bem como o serviço de lavandaria de todos os hospitais cujas roupas são lavadas nas lavandarias dos hospitais Magalhães Lemos e de São João estiveram em greve.
Regista-se uma elevada adesão à greve, sendo que, nos hospitais de São João, Pedro Hispano, Valongo e Padre Américo apenas são garantidos os serviços mínimos. Também nas lavandarias dos hospitais Magalhães Lemos a adesão é muito elevada, estando garantidos apenas os serviços mínimos.
A Such, face à elevada adesão à greve, convocou ilegalmente trabalhadores de folga para substituir grevistas na cantina do hospital de São João.
Uma delegação do PCP esteve com os trabalhadores, apoiando a sua luta, as suas reivindicações, contra a retirada de direitos.
Os trabalhadores da SUCH estiveram hoje concentrados junto à delegação da empresa no Porto contra a retirada de direitos consagrados no contrato colectivo de trabalho.
Os trabalhadores exigiram, em forma de moção entregue à empresa: que o trabalho prestado em dia de feriado seja remunerado conforme consta dos contratos colectivos de trabalho e sejam repostos os valores retirados desde Agosto de 2012; que o valor do subsídio de refeição seja reposto para 5,46 euros diários e sejam pagos os valores retirados aos trabalhadores; que todos os trabalhadores sejam remunerados e classificados de acordo com as funções exercidas e pagos os retroactivos devidos; que sejam repostos os demais direitos retirados aos trabalhadores nos últimos tempos; que sejam respeitados os direitos consagrados nos contratos colectivos de trabalho; que sejam negociados aumentos salariais dignos que reponham o poder de compra perdido nos últimos anos.
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