A Panrico colocou em marcha um despedimento colectivo a 47
trabalhadores, cujos contornos evidentes de injustiça levam o PCP a
colocar a seguinte pergunta à Comissão Europeia:
Recentemente, a empresa Panrico – Produtos Alimentares, S.A., a
funcionar na região de Lisboa e em Vila Nova de Gaia, a qual foi
recentemente adquirida pela empresa gerente de investimentos Oaktree,
comunicou aos trabalhadores a realização de um despedimento colectivo,
envolvendo 47 trabalhadores.
Esta empresa que emprega quase 7000 trabalhadores, alega que a
diminuição de vendas e o aumento dos custos das matérias-primas são os
factores determinantes para este despedimento colectivo. No entanto este
despedimento incide especialmente sobre os trabalhadores que aderiram à
Greve Geral de 24 de Novembro de 2011 e que não aceitaram ter apenas 20
minutos de pausa para o almoço. Este despedimento colectivo abrange uma
dirigente sindical, uma ex-dirigente sindical e trabalhadores com tempo
de trabalho na empresa entre 10 a 20 anos, ignorando, assim, os aspectos
legais da pirâmide de antiguidade e de categorias na empresa e
discriminando de forma inaceitável membros das organizações
representativas dos trabalhadores.
Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:
1 – A referida empresa recebeu quaisquer fundos comunitários em Portugal
ou Espanha?
2 – Tem a Comissão conhecimento desta prática de discriminação em
relação a representantes dos trabalhadores e qual a avaliação que faz?
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 22 de Janeiro de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A Panrico colocou em marcha um despedimento colectivo a 47 trabalhadores, cujos contornos evidentes de injustiça levam o PCP a colocar a seguinte pergunta à Comissão Europeia: Recentemente, a empresa Panrico – Produtos Alimentares, S.A., a funcionar na região de Lisboa e em Vila Nova de Gaia, a qual foi recentemente adquirida pela empresa gerente de investimentos Oaktree, comunicou aos trabalhadores a realização de um despedimento colectivo, envolvendo 47 trabalhadores.
A Panrico - Produtos Alimentares, S.A comunicou aos trabalhadores a realização de um despedimento colectivo, envolvendo 47 trabalhadores, 7 dos quais trabalhadores da fábrica desta empresa em Gulpilhares, Vila Nova de Gaia.
Alegando diminuição de vendas, e aumento dos custos das matérias primas, esta empresa faz um despedimento selectivo que incide especialmente sobre os trabalhadores que aderiram a Greve Geral de 24 de Novembro de 2011 e que não aceitaram a escravatura de ter apenas 20 minutos de pausa para o almoço.
Este despedimento colectivo (que abrange uma dirigente sindical, uma ex-dirigente sindical tendo estes trabalhadores 10, 20, 21 anos de casa), não é mais que um ajuste de contas para com os trabalhadores mais consequentes, mais combativos dentro desta empresa e demonstra claramente uma intenção política inadmissível.
As dificuldades que a empresa agora alega, contrastam com a sucessão de donos por onde passou esta empresa. Em 2005 foi comprada pela APAX (grupo de capital de risco) que se desmantelou em 2007 sendo substituída pela APAX EUROPE VII. Este grupo, em 2008, adquire a Kraft Foods, empresa que segundo a Panrico estava nas 20 mais importantes do mercado de bolachas em Espanha. Em 2009 é a vez da italiana Barilla. Em 2010 a APAX cede o controlo da Panrico a mais de cem entidades credoras, entre as quais figuram o banco ING, Caja Madrid entre outros. Já em Dezembro de 2011 a Comissão Europeia aprova a aquisição da Panrico pela OAKTREE (grupo internacional que tem investimentos em áreas que vão desde a alimentação, indústria, cuidados de saúde, vestuário, agências de viagem, imobiliário, exploração mineira, publicações de media e entretenimento).
Este despedimento colectivo contrasta ainda com a imagem que a própria empresa pretende transmitir, que não é mais do que imagem, como os trabalhadores da Panrico bem sabem.
“Questão de compromisso. Inovar cada dia. Marcar a diferença. Oferecer a máxima qualidade sempre. Nada disso seria possível sem uma equipa de gente por detrás com a capacidade suficiente para superar os desafios propostos. No Grupo Panrico® somos quase 7000 profissionais unidos pelo nosso compromisso com o trabalho. Este é o ADN da nossa companhia”
Este pequeno excerto está no “site” de Internet da Panrico. Importa questionar, como são dispensáveis a parte do ADN mais experiente, mais consequente desta empresa, descartando aspectos legais como ignorar a pirâmide de antiguidade e de categorias na empresa.
Ninguém acredita que este despedimento de 47 trabalhadores em 7000 atenue as dificuldades ou decréscimos de vendas desta empresa.
O Administrador da Panrico em Portugal, em entrevista ao Diário Económico em Setembro de 2011, afirmava:
“A empresa, presente em Portugal há 25 anos, conta com um volume de vendas no País acima de 100 milhões de euros por ano, enquanto a nível ibérico situa-se em mais de 800 milhões.”
Mas os números agora revelados são diferentes: com efeito a Panrico alega nunca ter tido volumes de vendas nos últimos 3 anos em Portugal superiores a 71 milhões de euros, sendo que em 2011 alega que se cifraram em 62.602 milhões de euros.
Acresce que os gastos em pessoal desceram nestes últimos 3 anos, cifrando-se apenas em cerca de 11 milhões e oitocentos mil euros em 2011.
Não são os trabalhadores, os responsáveis pelas dificuldades da empresa, não devem ser os trabalhadores a pagar. Acresce que este despedimento colectivo, e a tentativa de eliminar do quadro da empresa os trabalhadores mais informados, consequentes e lutadores, indiciam potenciais abusos no futuro próximo. De notar que entre os despedidos não consta nenhum Administrador, os que ganham milhares de euros e têm cartão de crédito “dourado” para todos os gastos particulares e familiares, carro da empresa, etc…, o que contrasta com os salários de miséria de 520, 560 ou mesmo 600 euros. Outro exemplo é a política de gestão da Panrico no nosso país, que após investimentos de dezenas de milhares de euros em equipamentos, deslocalizou essa mesma produção para a Galiza. Produtos que agora são importados!
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP, manifesta a solidariedade para com os trabalhadores da Panrico, em particular aos alvos de despedimento, exortando e apelando à unidade dos trabalhadores para fazer parar esta arbitrariedade e este abuso.
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 18 de Janeiro de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A Panrico - Produtos Alimentares, S.A comunicou aos trabalhadores a realização de um despedimento colectivo, envolvendo 47 trabalhadores, 7 dos quais trabalhadores da fábrica desta empresa em Gulpilhares, Vila Nova de Gaia. Alegando diminuição de vendas, e aumento dos custos das matérias primas, esta empresa faz um despedimento selectivo que incide especialmente sobre os trabalhadores que aderiram a Greve Geral de 24 de Novembro de 2011 e que não aceitaram a escravatura de ter apenas 20 minutos de pausa para o almoço.Este despedimento colectivo (que abrange uma dirigente sindical, uma ex-dirigente sindical tendo estes trabalhadores 10, 20, 21 anos de casa), não é mais que um ajuste de contas para com os trabalhadores mais consequentes, mais combativos dentro desta empresa e demonstra claramente uma intenção política inadmissível.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP, reunida a 6 de Janeiro de 2012, analisou os principais traços da evolução política e social e apontou as linhas prioritárias de intervenção dos comunistas de Gaia para os primeiros meses do ano.
I
O ano que se inicia agora fica marcado pelo aprofundar do caminho das desigualdades sociais, pela imposição de sacrifícios aos trabalhadores e ao Povo, mantendo o grosso das grandes fortunas e dos grandes lucros intocáveis e a salvo.
Conforme o PCP sempre alertou, o ano principia marcado pela recessão, pelo definhamento do tecido produtivo e das micro, pequenas e médias empresas, pelo alastramento do desemprego, pela quebra de rendimentos de quem trabalha, bem como dos reformados e pensionistas ou dos apoios sociais.
A par da diminuição de rendimentos e do aumento do desemprego, o ano inicia-se também com agravamento do custo de vida de forma insustentável para a esmagadora maioria das famílias, quer por via do aumento de impostos sobre o consumo, quer por aumentos directos sobre os produtos e bens essenciais, como alimentação, transportes, taxas moderadoras (com aumentos superiores a 100%), energia, etc; o ano inicia-se com as ameaças de alteração das leis laborais, flexibilizando-as ainda mais e tornando-as mais favoráveis ao patronato, num caminho que sucessivamente vem sendo seguido a cada alteração à legislação laboral – sempre com a justificação da criação de emprego, mas que feitas as contas, mais não gerou do que mais desemprego, facilitação de despedimentos, aumento da exploração de quem trabalha.
Portugal está envolvido numa enorme campanha de culpabilização dos trabalhadores e do Povo pela crise do capitalismo, de forma a justificar e procurar consensualizar os ataques aos rendimentos e aos direitos dos cidadãos.
Uma campanha desenvolvida e sustentada a partir dos meios de comunicação social, que ao serviço do grande capital, não se inibem de promover, com contornos lamentáveis e não raras as vezes ridículos, ideias de poupança e contenção. Uma campanha da miserabilidade, da subnutrição, do não direito ao lazer e à cultura. Uma campanha mesquinha, que recupera valores de felicidade e realização do regime fascista, que coloca como luxo questões essenciais à dignidade humana, como a habitação, o trabalho, a educação, a alimentação, a cultura, o lazer.
Uma campanha que pretende esconder quem ganha (e de que maneira!) com a crise, que procura esconder alternativas, que procura esconder o efeito bola de neve para a economia deste país que a contenção do consumo a este nível terá.
Milhares de falências, miséria, disparar do desemprego, recessão e mais crise para os mesmos de sempre, ao mesmo tempo que crescem as grandes fortunas que a banca continua a especular com a crise, ao mesmo tempo que os grandes grupos económicos quer do capital financeiro, quer da produção ou da distribuição não pagam impostos e vão tomando conta e monopolizando os mercados, secando em volta tudo o que é mais pequeno.
II
Crescem as dificuldades também para os gaienses
Num estudo elaborado pela própria Câmara Municipal sinaliza-se que 9 das 24 freguesias de Vila Nova de Gaia, possuem indicadores muito altos ou elevados de vulnerabilidade económica e social e mais 5 com níveis tendencialmente oscilantes ou seja, com risco elevado de evoluírem negativamente.
Um concelho marcado por uma política de crescimento desastroso, em que poder central e local dividem responsabilidades. Uma política de construção típica de regime e de marca histórica, que não tem em conta as prioridades, as necessidades, as carências e dificuldades das populações, mas antes procura a sua própria imortalização através de obras que pouco mais servem do que o ego, a vaidade e os interesses de alguns.
Opções políticas fantasiosas e de promessas vagas e para o futuro, de obras de milhões, mas sem concretização e sem qualquer utilidade face à realidade.
Contrastam com este estudo as soluções ou falta delas, generalidades, intenções ocas, equívocas, de um desligamento e afastamento da realidade inacreditáveis, por parte dos responsáveis locais.
A realidade política de PSD e CDS é a do embuste do auto-elogio, do faz de conta e da cosmética.
Em finais de 2006 apresentava Luís Filipe Menezes, com pompa e circunstância o programa Gaia Amiga, dizendo então no portal do cidadão da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia:
O Autarca de Gaia falava durante uma cerimónia pública de apresentação do mais recente serviço de apoio social gratuito, lançado pela Autarquia, "Gaia Amiga", que visa prestar auxílio de retaguarda a cidadãos com mais de sessenta e cinco anos de idade ou reduzida capacidade de mobilidade.
O serviço de apoio gratuito "Gaia Amiga" funciona através de uma linha telefónica (707 100 800), a partir da qual os cidadãos poderão solicitar apoio para a reparação de canalizações, electrodomésticos, mobiliário e demais anomalias, bem como uma simples aquisição de medicamentos em farmácias, ou expedir/levantar uma carta nos correios, quando tais tarefas se revelem complexas.
Este é um serviço totalmente gratuito e que Luís Filipe Menezes pretende, dentro em breve, alargar a todo o Concelho. De acordo com o Autarca, Gaia como Concelho aberto e inclusivo deverá procurar as pessoas indo directamente de encontro às mesmas, independentemente das suas crenças, posses, ou ideologias.
Num conveniente silêncio, e sem a pompa e circunstância que marcou o seu arranque, o programa terminou, não porque existam menos carências, mas porque o programa cumpriu a sua função de auto-promoção e eleitoralista; não foi um programa pensado para as carências e necessidades, mas sim estruturado como meio de promoção política deste Executivo Camarário.
Como sem pompa nem circunstância são eliminadas actividades extra-curriculares em escolas do concelho; sem pompa nem circunstância não se revela a falsidade do tarifário social de água e saneamento, cuja cobertura é quase zero, depois dos milhares gastos em propaganda na divulgação do mesmo; sem pompa nem circunstância se aumentam todas as taxas municipais, se cria o imposto de protecção civil, se privatiza o estacionamento, em mais tentativas de assaltar os bolsos dos gaienses com mais uns tostões.
Este Executivo, esta maioria e os seus responsáveis manifestam a inequívoco apoio e compreensão pelo rumo político do país, e não hesitam em impor mais sacrifícios aos gaienses através dos instrumentos que a autarquia tem ao seu dispor.
III
Combater o pacto de agressão, por um Portugal com futuro!
É neste quadro complexo e difícil, que os comunistas de Gaia assumirão o seu papel de esclarecer e mobilizar os trabalhadores e o Povo para a luta necessária e que se impõe neste momento.
Nenhum direito foi conquistado sem luta. Mantê-los exige luta e resistência. Reconquistá-los exige luta organizada dos trabalhadores e do Povo. Lutar e resistir, hoje, é a garantia de um Portugal com futuro e da não condenação à miséria das actuais e futuras gerações.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP saúda desde já a Jornada Nacional de Luta que a CGTP anunciou para 11 de Fevereiro, afirmando o seu compromisso activo na mobilização para esse dia.
Saúda os trabalhadores em luta nas empresas de Gaia, em particular os da Cerâmica de Valadares e alerta para a demagogia dos responsáveis da autarquia sobre a situação, nomeadamente no que se refere ao futuro desta empresa e dos postos de trabalho.
A Comissão Concelhia do PCP irá lançar, neste mês de Janeiro, uma campanha de esclarecimento junto do Povo de Vila Nova de Gaia sobre as implicações do processo de Reforma Administrativa das autarquias locais, e de denúncia do papel dos responsáveis políticos aos diferentes níveis neste mesmo processo, assim como uma campanha contra o aumento do custo de vida.
Há outro caminho que importa afirmar e construir.
Este País e este concelho não estão condenados à miséria.
A solução e a modernidade não passam pelo regresso à fome, nem a valores miserabilistas do antes do 25 de Abril.
A solução passa pela justa repartição da riqueza, pelo apoio efectivo à produção nacional, pelo aumento dos rendimentos dos trabalhadores, pelo fim do processo de privatizações e venda ao desbarato das empresas e sectores estratégicos públicos, pela inversão desse caminho, pondo a banca, os seguros, os sectores estratégicos ao serviço do Povo e da economia nacional, pela renegociação da dívida, pela negação do pacto de ingerência e ataque à soberania nacional que PS, PSD e CDS negociaram com os agiotas Internacionais e que arruína o País.
Podem Contar com o PCP na construção desta alternativa!
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 10 de Janeiro de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP, reunida a 6 de Janeiro de 2012, analisou os principais traços da evolução política e social e apontou as linhas prioritárias de intervenção dos comunistas de Gaia para os primeiros meses do ano.
I
O ano que se inicia agora fica marcado pelo aprofundar do caminho das desigualdades sociais, pela imposição de sacrifícios aos trabalhadores e ao Povo, mantendo o grosso das grandes fortunas e dos grandes lucros intocáveis e a salvo.Conforme o PCP sempre alertou, o ano principia marcado pela recessão, pelo definhamento do tecido produtivo e das micro, pequenas e médias empresas, pelo alastramento do desemprego, pela quebra de rendimentos de quem trabalha, bem como dos reformados e pensionistas ou dos apoios sociais.A par da diminuição de rendimentos e do aumento do desemprego, o ano inicia-se também com agravamento do custo de vida de forma insustentável para a esmagadora maioria das famílias, quer por via do aumento de impostos sobre o consumo, quer por aumentos directos sobre os produtos e bens essenciais, como alimentação, transportes, taxas moderadoras (com aumentos superiores a 100%), energia, etc; o ano inicia-se com as ameaças de alteração das leis laborais, flexibilizando-as ainda mais e tornando-as mais favoráveis ao patronato, num caminho que sucessivamente vem sendo seguido a cada alteração à legislação laboral – sempre com a justificação da criação de emprego, mas que feitas as contas, mais não gerou do que mais desemprego, facilitação de despedimentos, aumento da exploração de quem trabalha. Portugal está envolvido numa enorme campanha de culpabilização dos trabalhadores e do Povo pela crise do capitalismo, de forma a justificar e procurar consensualizar os ataques aos rendimentos e aos direitos dos cidadãos.Uma campanha desenvolvida e sustentada a partir dos meios de comunicação social, que ao serviço do grande capital, não se inibem de promover, com contornos lamentáveis e não raras as vezes ridículos, ideias de poupança e contenção. Uma campanha da miserabilidade, da subnutrição, do não direito ao lazer e à cultura. Uma campanha mesquinha, que recupera valores de felicidade e realização do regime fascista, que coloca como luxo questões essenciais à dignidade humana, como a habitação, o trabalho, a educação, a alimentação, a cultura, o lazer. Uma campanha que pretende esconder quem ganha (e de que maneira!) com a crise, que procura esconder alternativas, que procura esconder o efeito bola de neve para a economia deste país que a contenção do consumo a este nível terá.Milhares de falências, miséria, disparar do desemprego, recessão e mais crise para os mesmos de sempre, ao mesmo tempo que crescem as grandes fortunas que a banca continua a especular com a crise, ao mesmo tempo que os grandes grupos económicos quer do capital financeiro, quer da produção ou da distribuição não pagam impostos e vão tomando conta e monopolizando os mercados, secando em volta tudo o que é mais pequeno.
II
Crescem as dificuldades também para os gaiensesNum estudo elaborado pela própria Câmara Municipal sinaliza-se que 9 das 24 freguesias de Vila Nova de Gaia, possuem indicadores muito altos ou elevados de vulnerabilidade económica e social e mais 5 com níveis tendencialmente oscilantes ou seja, com risco elevado de evoluírem negativamente.Um concelho marcado por uma política de crescimento desastroso, em que poder central e local dividem responsabilidades. Uma política de construção típica de regime e de marca histórica, que não tem em conta as prioridades, as necessidades, as carências e dificuldades das populações, mas antes procura a sua própria imortalização através de obras que pouco mais servem do que o ego, a vaidade e os interesses de alguns.Opções políticas fantasiosas e de promessas vagas e para o futuro, de obras de milhões, mas sem concretização e sem qualquer utilidade face à realidade.Contrastam com este estudo as soluções ou falta delas, generalidades, intenções ocas, equívocas, de um desligamento e afastamento da realidade inacreditáveis, por parte dos responsáveis locais.A realidade política de PSD e CDS é a do embuste do auto-elogio, do faz de conta e da cosmética. Em finais de 2006 apresentava Luís Filipe Menezes, com pompa e circunstância o programa Gaia Amiga, dizendo então no portal do cidadão da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia:O Autarca de Gaia falava durante uma cerimónia pública de apresentação do mais recente serviço de apoio social gratuito, lançado pela Autarquia, "Gaia Amiga", que visa prestar auxílio de retaguarda a cidadãos com mais de sessenta e cinco anos de idade ou reduzida capacidade de mobilidade.O serviço de apoio gratuito "Gaia Amiga" funciona através de uma linha telefónica (707 100 800), a partir da qual os cidadãos poderão solicitar apoio para a reparação de canalizações, electrodomésticos, mobiliário e demais anomalias, bem como uma simples aquisição de medicamentos em farmácias, ou expedir/levantar uma carta nos correios, quando tais tarefas se revelem complexas.Este é um serviço totalmente gratuito e que Luís Filipe Menezes pretende, dentro em breve, alargar a todo o Concelho. De acordo com o Autarca, Gaia como Concelho aberto e inclusivo deverá procurar as pessoas indo directamente de encontro às mesmas, independentemente das suas crenças, posses, ou ideologias.Num conveniente silêncio, e sem a pompa e circunstância que marcou o seu arranque, o programa terminou, não porque existam menos carências, mas porque o programa cumpriu a sua função de auto-promoção e eleitoralista; não foi um programa pensado para as carências e necessidades, mas sim estruturado como meio de promoção política deste Executivo Camarário.Como sem pompa nem circunstância são eliminadas actividades extra-curriculares em escolas do concelho; sem pompa nem circunstância não se revela a falsidade do tarifário social de água e saneamento, cuja cobertura é quase zero, depois dos milhares gastos em propaganda na divulgação do mesmo; sem pompa nem circunstância se aumentam todas as taxas municipais, se cria o imposto de protecção civil, se privatiza o estacionamento, em mais tentativas de assaltar os bolsos dos gaienses com mais uns tostões.Este Executivo, esta maioria e os seus responsáveis manifestam a inequívoco apoio e compreensão pelo rumo político do país, e não hesitam em impor mais sacrifícios aos gaienses através dos instrumentos que a autarquia tem ao seu dispor.
III
Combater o pacto de agressão, por um Portugal com futuro!
É neste quadro complexo e difícil, que os comunistas de Gaia assumirão o seu papel de esclarecer e mobilizar os trabalhadores e o Povo para a luta necessária e que se impõe neste momento.Nenhum direito foi conquistado sem luta. Mantê-los exige luta e resistência. Reconquistá-los exige luta organizada dos trabalhadores e do Povo. Lutar e resistir, hoje, é a garantia de um Portugal com futuro e da não condenação à miséria das actuais e futuras gerações.A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP saúda desde já a Jornada Nacional de Luta que a CGTP anunciou para 11 de Fevereiro, afirmando o seu compromisso activo na mobilização para esse dia.Saúda os trabalhadores em luta nas empresas de Gaia, em particular os da Cerâmica de Valadares e alerta para a demagogia dos responsáveis da autarquia sobre a situação, nomeadamente no que se refere ao futuro desta empresa e dos postos de trabalho.A Comissão Concelhia do PCP irá lançar, neste mês de Janeiro, uma campanha de esclarecimento junto do Povo de Vila Nova de Gaia sobre as implicações do processo de Reforma Administrativa das autarquias locais, e de denúncia do papel dos responsáveis políticos aos diferentes níveis neste mesmo processo, assim como uma campanha contra o aumento do custo de vida.Há outro caminho que importa afirmar e construir.Este País e este concelho não estão condenados à miséria.A solução e a modernidade não passam pelo regresso à fome, nem a valores miserabilistas do antes do 25 de Abril.A solução passa pela justa repartição da riqueza, pelo apoio efectivo à produção nacional, pelo aumento dos rendimentos dos trabalhadores, pelo fim do processo de privatizações e venda ao desbarato das empresas e sectores estratégicos públicos, pela inversão desse caminho, pondo a banca, os seguros, os sectores estratégicos ao serviço do Povo e da economia nacional, pela renegociação da dívida, pela negação do pacto de ingerência e ataque à soberania nacional que PS, PSD e CDS negociaram com os agiotas Internacionais e que arruína o País.Podem Contar com o PCP na construção desta alternativa!
Vila Nova de Gaia, 10 de Janeiro de 2012 a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP reafirma a sua solidariedade activa para com os trabalhadores em luta da Cerâmica de Valadares.
O PCP recorda que não é com palavras vãs e de circunstância que se resolvem os problemas dos trabalhadores desta empresa.
O papel do Executivo da Câmara Municipal neste processo é lamentável e denota a postura demagógica que caracteriza a postura deste Executivo.
Se por um lado defendem o conjunto de medidas contidas no acordo de ingerência externa, vão reafirmando em múltiplas circunstâncias a necessidade dos “sacrifícios”, por outro são capazes num exercício de dupla personalidade impressionante na presença dos trabalhadores, são capazes de considerar infame o corte dos subsídios de natal.
Mas as afirmações do Presidente da Câmara de Gaia vão mais longe e assume maior gravidade. A Câmara teve conhecimento que o Ministério da Economia acompanha o caso desde há 3 meses - Que medidas foram tomadas? (além de tentar convencer a fornecedora de gás e electricidade a facilitar o pagamento das facturas - recorda-se aqui quem quer liberalizar o acesso a estes principais custos de produção,
PSD/CDS-PP). Afirmou que manipulou o PDM de acordo com os interesses da fábrica - "valorizou" os terrenos da Cerâmica ao permitir a construção e “desvalorizou” os terrenos para onde a fábrica se irá deslocalizar - e que está disponível para permitir a construção de "torres" para os valorizar ainda mais!
O PCP fez-se representar nesta jornada de luta por Jorge Sarabando (deputado Municipal) e António Gonçalves (membro da DORP do PCP). Esta delegação informou os trabalhadores da pergunta escrita, que o Grupo Parlamentar do PCP dirigiu ao Governo, questionando-o sobre esta situação e exigindo medidas que permitam a laboração da empresa e a manutenção dos postos de trabalho.
Vila Nova de Gaia, 6 de Janeiro de 2012
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP reafirma a sua solidariedade activa para com os trabalhadores em luta da Cerâmica de Valadares.O PCP recorda que não é com palavras vãs e de circunstância que se resolvem os problemas dos trabalhadores desta empresa. O papel do Executivo da Câmara Municipal neste processo é lamentável e denota a postura demagógica que caracteriza a postura deste Executivo.Se por um lado defendem o conjunto de medidas contidas no acordo de ingerência externa, vão reafirmando em múltiplas circunstâncias a necessidade dos “sacrifícios”, por outro são capazes num exercício de dupla personalidade impressionante na presença dos trabalhadores, são capazes de considerar infame o corte dos subsídios de natal.