Ao longo destes 2 anos temos assistido a várias declarações de intenções para a Refinaria de Matosinhos, nenhuma se concretizou e tudo se mantém inalterado, ou pior, indefinido. O futuro de muitos trabalhadores também continua por definir. Prometeu-se a formação profissional, a reintegração em outras atividades, e que “ninguém ficaria para trás”.
Dois anos passados e 137 trabalhadores despedidos que continuam sem respostas, é bom que se clarifique que a solução para estes trabalhadores, não é integrarem a CP, uma vez que o Governo prometeu o pagamento do curso de Maquinista, contudo, o que se verificou são 20 vagas, um conjunto largo de testes psicotécnicos, nenhuma garantia de integração na CP e devido à idade destes trabalhadores sem progressão na carreira.
A proposta de reintegração de trabalhadores na Refinaria de Sines, também não é a solução, uma vez que começam do início da carreira (segundo a Petrogal) e envolve uma deslocação de mais de 500 km que pressupõe elevados custos, incluindo, para muitos trabalhadores, deixarem as suas famílias.
Assistimos esta semana a mais um anúncio de propaganda do governo, a assinatura de um protocolo para a “possível instalação de um centro internacional de biotecnologia azul” e como denuncia a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal é “ uma hipótese para sabe-se lá quando, produzir sabe-se lá o quê, financiado por sabe-se lá quem nos terrenos da Refinaria do Porto. Mantendo a discrição sobre um tema tão quente como a manutenção dos trabalhadores no desemprego. “