A Comissão Concelhia de Vila Cova de Gaia do PCP, face às noticias vindas a público que envolvem o ex-Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, e a investigação em curso pela PJ sobre actos alegadamente praticados por Luís Filipe Menezes enquanto Presidente da Câmara, entende tornar público o seguinte:1- A situação agora tornada pública vem de encontro a múltiplos alertas que o PCP e a CDU fizeram durante a gestão municipal do PSD/CDS, quer sobre a máquina de propaganda montada em torno da sua gestão, apoiada em inúmeras empresas de imagem, comunicação, etc, quer quanto à concessão a privados de serviços que deveriam estar na esfera pública (como é o caso da recolha de lixo), quer para o ruinoso negócio para a autarquia que representaram a criação e manutenção de empresas municipais diversas que, não só retiraram mais uma vez da esfera pública o que deveria ser público, como foram os alvos de colocação de muitos boys e girls dos Partidos do Executivo. Sobre esta matéria a CDU fez, na Assembleia Municipal, requerimentos e diferentes intervenções, e conferências de imprensa.


Num momento em que a ofensiva do Governo e da política de direita coloca ameaças cada vez mais graves ao futuro dos trabalhadores e utentes dos transportes, à mobilidade como um direito e ao próprio desenvolvimento local e regional, em que é anunciada a entrega da gestão aos grupos económicos privados, numa PPP apresentada como subconcessão STCP/Metro do Porto, o Grupo Parlamentar do PCP considera de particular importância a reflexão e a intervenção das entidades representativas dos trabalhadores, dos utentes e das populações.
A DORP do PCP promoveu um conjunto de contactos e reuniões para avaliar a situação da Justiça no distrito do Porto. Mais de duas semanas depois da abertura do ano judiciário e após reunir com o Conselho Distrital da Ordem dos Advogados, a Delegação Regional do Sindicato dos Funcionários Judiciais e ter contactado diversos trabalhadores das várias áreas do sector, a conclusão é muito diferente do que ontem a Ministra, mais uma vez, anunciou: há uma evidente negação de acesso à Justiça a milhares de pessoas; há uma carência gritante de funcionários judiciais; evidencia-se o afastamento da Justiça das populações e confirma-se que as secções de proximidade são uma falácia; empresas privadas com acesso a processos e a informações confidenciais e que já alteraram processos e dados processuais. O mais preocupante é que estes problemas tendem a agravar-se ao longo do tempo e terão um reflexo mais significativo a médio prazo.



