Intervenção de Jaime Toga, membro da Comissão Política do PCP
Encerramos com esta sessão a exposição evocativa da “Revolução Republicana de 1910 na História da Luta do Povo Português”, aqui no Centro Unesco.
Uma exposição completamente silenciada pela comunicação social dominante e concebida num contexto em que se sabia à partida que as celebrações oficiais do Centenário da República estariam envoltas numa grande operação ideológica ao serviço das classes dominantes e dos partidos que as sustentam. Aliás, o Militante de Janeiro alertava que “as comemorações vão servir de pretexto e suporte para projectar dos dirigentes republicanos e da República uma imagem idealizada sem correspondência com a realidade concreta da intensa luta de classes que marcou os dezasseis anos da sua existência. Ou mesmo para procurar reescrever os últimos cem anos da nossa história apagando o papel da classe operária e das massas populares e a contribuição decisiva do PCP para os avanços libertadores do povo português, banalizando o fascismo, diminuindo o alcance da Revolução de Abril, promovendo forças e personalidades burguesas, a começar pela Maçonaria e área do Partido Socialista.”
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