Nos últimos tempos têm-se registado, no gabinete de atendimento da CDU na Câmara Municipal do Porto, um acréscimo de relatos de situações de despejo nos bairros municipais cuja fundamentação se prende com o incumprimento no pagamento das rendas.Sendo certo que a CDU considera fundamental o cumprimento da obrigação do pagamento das rendas das habitações municipais, não pode deixar de lamentar que, na situação de enorme crise social que se vive no País e que tem particulares reflexos no Porto, a coligação PSD/CDS continue a actuar com completa insensibilidade social, escamoteando que, efectivamente, hoje há famílias que, com as medidas de “austeridade” que estão a ser tomadas pelo governo dos mesmos partidos, estão numa situação de insolvência não declarada, sem efectiva capacidade para pagarem as rendas e, simultaneamente, honrarem o pagamento de outras necessidades básicas (energia, água, educação, saúde e transportes – tudo áreas cujos preços têm tido aumentos significativos nos últimos tempos).


Foi hoje a votação na Assembleia da República o Projecto de Resolução do PCP que defendia "Recomenda uma profunda alteração no financiamento da empresa Metro do Porto, SA que permita o relançamento faseado da 2.ª fase da rede do Sist. de Metro Ligeiro da Área Metrop. do Porto, incluindo a extensão da Linha Verde, entre o ISMAI (Maia) e a Trofa".
Os dados provisórios dos Censos 2011, que o INE divulgou recentemente, realçam uma situação que era clara mas que os números vieram a dar visibilidade: o aumento que se verificou a nível nacional e, em particular no distrito do Porto, no número de alojamentos e edifícios é, na generalidade, superior ao crescimento da população. 


