É ESTE O MODELO DE DESENVOLVIMENTO MODERNO QUE O GOVERNO PS/SÓCRATES TEM PARA O NOSSO PAÍS?
A Yazaki Saltano de Serzedo assume que pretende fazer um despedimento colectivo a 400 trabalhadores. Para trás fica uma região empobrecida, mais umas centenas de desempregados, o “saque” de cerca de 7 milhões de € de fundos comunitários, e um rol de ilusões e mentiras sobre o seu futuro em Gaia. Para a frente, fica a deslocalização, a sua instalação na Polónia, Eslováquia, República Checa e outros países, o objectivo de continuar a ir buscar os mesmos fundos comunitários.
Até quando vai o Governo Português continuar a pactuar com a União Europeia nas medidas oportunistas de deslocalização das multinacionais?
Como pode ser aceitável que a nossa economia continue a depender de decisões tomadas a milhares de quilómetros de Lisboa, e que, em fase de uma suposta “crise” apresentada pelas multinacionais, (após anos de exploração dos trabalhadores e apoios financeiros milionários), abandonem o País e deixem um rasto de desemprego?
Que medidas concretas tomou o Governo nestes anos – bem alertado pelo PCP, que por diversas vezes na Assembleia da República, Parlamento Europeu, Câmara e Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia chamou a atenção para este problema – para evitar a situação actual?
O PCP considera necessário e urgente que sejam tomadas medidas para que as empresas que receberam apoios comunitários para se instalarem em Portugal, sejam responsabilizadas pelos danos causados aos trabalhadores e suas famílias. Relembrar que esta empresa já empregou mais de 3000 trabalhadores.
É preciso um outro rumo, para Portugal, uma política que valorize e defenda quem trabalha e garanta o desenvolvimento do País, tal como o PCP demonstrou na sua Conferência para as questões Económicas e Sociais.
O que está a acontecer vem agravar ainda mais a queda acentuada do tecido produtivo, numa região com taxa de desemprego muito superior à média nacional. É necessário medidas de emergência que defendam o tecido produtivo.
Aos trabalhadores, reafirmamos nesta hora difícil uma palavra de confiança e a solidariedade de sempre do PCP, apelando à indignação e à resistência na defesa dos seus interesses presentes e futuros, dos seus filhos e da economia nacional.
O PCP esteve, está e estará sempre ao seu lado.
Porto, 7 de Abril de 2008
Cordiais cumprimentos,
A DORP do PCP