Apesar de todas as chantagens, profundas ilegalidades, pressões e outras irregularidades que desrespeitam a Constituição da República, o direito à greve e a dignidade dos trabalhadores, a dimensão desta greve evidência uma disposição de luta que não pode ser ignorada. Foram muitos e muitos os milhares de trabalhadores dos sectores público e privado, de centenas de empresas e de outros estabelecimentos, que estiveram na luta, que não produziram, não funcionaram ou funcionaram com grandes perturbações. Esta realidade não é apagável!
O desemprego é, de facto, o maior flagelo social da região do Porto, atingindo mais de 120 mil pessoas. A precariedade laboral é um fenómeno cada vez mais preocupante que se instala como medida central nos vínculos de trabalho. As intenções de avançar com despedimentos sem justa causa foram catalizadoras do descontentamento e do protesto.
Este não é o rumo que o país precisa, estas não são as políticas que garantem a qualificação e o desenvolvimento do país. O apoio dos trabalhadores e de amplas camadas da população a estes objectivos é inequívoco.
Aos trabalhadores do sector do comércio e da distribuição, aos trabalhadores do sector da saúde (com destaque para a enfermagem) e da educação, da administração pública central e local, do sector metalúrgico, das indústrias eléctricas e químicas, aos trabalhadores da EMEF e da CP, da Construção Civil, do sector rodoviário, aos piquetes de greve e a todos os que, individual e colectivamente, contribuíram para a mobilização e para o exito desta grande Greve Geral: um caloroso reconhecimento e a nossa manifestação de confiança plena nesta luta por um futuro melhor para o nosso país.
Porto, 30 de Maio de 2007
A DORP do PCP