Conclui-se hoje a primeira semana de exibição da exposição «Álvaro Cunhal - Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro», no Centro de Congressos da Alfandega do Porto, no âmbito das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal, que se prolonga até 15 de Dezembro (Domingo).
Foram milhares os que já visitaram a exposição, individualmente ou em grupos organizados, jovens e menos jovens, em grupos de diversas estruturas como escolas, sindicatos, comissões de trabalhadores, colectividades e Associações de Reformados, anónimos e personalidades conhecidas da vida política, desportiva e cultural do país. Destaca-se igualmente o espaço Auditório, com a projecção de filmes e documentários que percorrem as diversas dimensões de Álvaro Cunhal: o homem, o militante, o intelectual e o artista.
Amanhã, sábado, no espaço auditório realizar-se-á um debate sobre “Alegria de Viver – Tomar Partido”, com Jaime Toga (Comissão Política do CC), Joaquim Almeida (Comissão do Centenário) e André Martelo (Comissão Política da JCP), pelas 15h30.
No domingo, também no Auditório, no período da manhã, haverá uma peça de teatro de fantoches, em torno do conto infantil, da autoria de Álvaro Cunhal, “Os Barrigas e os Magriços”.
Conclui-se hoje a primeira semana de exibição da exposição «Álvaro Cunhal - Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro», no Centro de Congressos da Alfandega do Porto, no âmbito das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal, que se prolonga até 15 de Dezembro (Domingo). Foram milhares os que já visitaram a exposição, individualmente ou em grupos organizados, jovens e menos jovens, em grupos de diversas estruturas como escolas, sindicatos, comissões de trabalhadores, colectividades e Associações de Reformados, anónimos e personalidades conhecidas da vida política, desportiva e cultural do país.
Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Porto, Acto de abertura da Exposição «Álvaro Cunhal – Vida, Pensamento e Luta: Exemplo que se Projecta na Actualidade e no Futuro »
Em nome do Partido Comunista Português a todos saúdo e agradeço a vossa presença em mais este marcante acontecimento do intenso e diversificado calendário de iniciativas que estamos a levar a cabo no âmbito das comemorações do nascimento de Álvaro Cunhal.
A exposição que agora se abre e se dá a conhecer ao povo da cidade do Porto e de toda a Região Norte, para além da homenagem e do reconhecimento que encerra à figura ímpar de Álvaro Cunhal, à sua vida, à sua actividade política, à sua e nossa luta, ao seu pensamento e à sua obra é, pelo seu valor informativo, didáctico e estético, de grande utilidade para quem quiser conhecer não só o seu percurso de revolucionário corajoso e integro, comunista de toda a vida, de uma vida densa e multifacetada, mas também o desenrolar do próprio fio de história do último século, nos seus momentos mais expressivos e significativos, no plano nacional e internacional.
De uma história onde Álvaro Cunhal não foi apenas um mero espectador, mas desde muito jovem um activo protagonista, um construtor de novas realidades nos domínios da política, da arte e da cultura.
Um revolucionário de corpo inteiro cujo trajecto, como podereis verificar, está impresso de forma indelével na história da luta do movimento operário por um projecto de emancipação social e contra a exploração, e na história do nosso povo pela conquista da liberdade, da democracia, por um projecto de desenvolvimento ao serviço do país e do povo, por uma sociedade nova e pela independência nacional deste país quase milenar.
Esta exposição que ides ver, mostra o percurso de um revolucionário que transporta consigo uma história que conta outras histórias, pessoais e colectivas. Uma história de uma vida que está dentro de uma história maior, a História do seu Partido – o PCP – e que, por sua vez, se confunde com a História do nosso povo nestes quase cem anos que nos separam da sua criação.
Deste Partido que ajudou a construir de forma marcante a partir dos anos 40 e que, como nunca nos cansaremos de afirmar, não seria o que é, com as suas características e identidade, sem o contributo de Álvaro Cunhal, nem Álvaro Cunhal seria o que foi sem este Partido Comunista Português.
Uma história de vida e um percurso que inicia inspirado nos valores e realizações da Revolução de Outubro e selando um compromisso de honra de uma vida inteiramente dedicada à luta da emancipação dos trabalhadores e dos povos, ao movimento de libertação nacional, à paz, ao socialismo, ao projecto comunista.
Um compromisso tomado quando o nosso país enfrentava já a tragédia do fascismo e no horizonte se perfilavam as nuvens negras que transportavam a tragédia da guerra que, em breve, se iria abater sobre o mundo. Um compromisso de grande coragem, num tempo, como ele próprio descrevia então, ser um tempo de grandes opções e terríveis ameaças para a humanidade.
Um percurso de intervenção e de luta que Álvaro Cunhal percorrerá até ao dia em que nos deixou pela imperativa imposição das leis da vida, com uma indomável determinação e grande abnegação, resistindo às mais terríveis e duras provas em dezenas de anos de vida clandestina e prisão, sem capitulação e com a dignidade e nobreza dos combatentes convictos.
Um percurso feito de vitórias e derrotas, avanços e recuos, enfrentando inimigos terríveis e sem escrúpulos. Mas um percurso de alegrias e de confiança. De alegrias sentidas e partilhadas por quem está na luta e por quem luta. De confiança nos seus companheiros de jornada e de projecto. De confiança nos trabalhadores, na juventude, no nosso povo.
Personalidade fascinante, Álvaro Cunhal foi um dirigente político experimentado e perseverante, estudioso e conhecedor da realidade portuguesa e das relações internacionais. Álvaro Cunhal dedicou toda a sua vida à solução dos problemas da sociedade portuguesa e à concretização de um projecto de desenvolvimento ao serviço do país e do povo, por uma sociedade nova e pela independência nacional.
Isso vê-se em toda a sua extensa e diversificada obra e em toda a sua acção e intervenção política, partidária e institucional e na capacidade que Álvaro Cunhal revela de olhar ao mesmo tempo para o passado e para o futuro, tendo sempre em conta a realidade do presente e a ideia que o futuro se constrói com a luta de hoje.
Essa capacidade de olhar para o passado, para a profundidade da história, como Álvaro Cunhal o fez em «A luta de Classes em Portugal em finais da Idade Média» e onde encontra e mostra nesse combate decisivo para a nossa independência como povo, um combate que hoje novamente travamos quando o país está confrontado com a ingerência estrangeira.
A mesma capacidade para olhar e projectar o futuro como o fez em «Rumo à Vitória» essa obra notável onde se define o Programa para a «Revolução Democrática e Nacional» e das orientações e tarefas para a sua realização e que, inquestionavelmente, criou condições para a Revolução de Abril, a sua defesa e consolidação, e para as profundas transformações revolucionárias operadas na sociedade portuguesa.
Transformações que se traduziram em importantes conquistas dos trabalhadores e do povo português, em defesa das quais Álvaro Cunhal dedicou o melhor do seu saber, da sua experiência e da sua intervenção, como dirigente do PCP, como Deputado, como Ministro da República nos Governos Provisórios, como Conselheiro de Estado e que a exposição que agora se inaugura bem retrata.
Um percurso de uma vida que marca a diferença e que, estamos certos, não se dissolverá na memória dos homens, pelo seu exemplo de intrépido combatente pela liberdade, a democracia, o socialismo, porque o seu combate necessário e justo tem continuadores que encontram na sua vida, na sua luta, no seu pensamento uma referência e uma fonte de inspiração.
Intelectual, homem de conhecimento, possuidor de uma densa cultura e de uma grande dimensão humanista, deixou-nos um valioso legado teórico de estudos e análise política, mas igualmente uma importante produção artística, nomeadamente no campo da estética, da criação literária e nas artes plásticas, traduzida numa dezena de obras literárias, desenhos e pinturas, mas também importantes reflexões teóricas sobre as questões de arte e estética.
Uma obra diversificada e de grande riqueza e actualidade que é um património de todos os que aspiram construir um mundo melhor e mais justo.
Álvaro Cunhal deixou-nos um imenso legado que esta exposição dá testemunho.
Deixa-nos, desde logo, esse grande exemplo da entrega desinteressada ao serviço de uma causa justa que abraçou. Uma concepção e uma prática política de recusa de vantagens e privilégios sociais. Uma concepção do exercício da actividade política realizada para servir o povo e o país, e não os interesses pessoais ou de grupo, e que nos tempos que correm assume uma grande actualidade.
Deixa-nos o exemplo do homem, do comunista e do intelectual e criador que decidiu escolher e seguir o caminho do combate contra a exploração, a opressão e a guerra, um caminho percorrido do lado e ao lado dos oprimidos, o caminho da dignidade da vida, da honra, da justiça!
Um caminho de uma vida vivida de cabeça erguida, feita de verticalidade, inteireza de carácter, de coerência e coragem, de busca incessante dos caminhos da vitória sobre a injustiça e as desigualdades, e na procura da concretização desse sonho milenar da construção de uma sociedade liberta da exploração do homem pelo outro homem.
Esse sonho que deu sentido à vida de Álvaro Cunhal e que continua a dar hoje sentido às nossas vidas!
"Em nome do Partido Comunista Português a todos saúdo e agradeço a vossa presença em mais este marcante acontecimento do intenso e diversificado calendário de iniciativas que estamos a levar a cabo no âmbito das comemorações do nascimento de Álvaro Cunhal. ver vídeo da abertura da exposição
No próximo dia 30 de Novembro, será inaugurada a exposição «Álvaro Cunhal - Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro», no Centro de Congressos da Alfandega do Porto, estando patente até 15 de Dezembro, no âmbito das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal. Através de fotografia, audiovisuais, documentos, objectos, livros, desenhos, pinturas, reconstituições escultóricas, esta exposição, falará do seu percurso com uma vida inteiramente dedicada ao seu partido de sempre e à luta pela liberdade, pela democracia, pelo socialismo.
Álvaro Cunhal é, no século XX e na passagem para o século XXI em Portugal, a personalidade que mais se destacou na luta pelos valores da emancipação social e humana, com forte projecção no plano mundial. O seu legado integra um acervo de análises e acção a que a vida deu e dá razão e que tem uma crescente projecção na actualidade e no futuro. Cedo fez uma opção de classe pelos direitos dos trabalhadores, foi militante e dirigente comunista, Secretário-geral do Partido Comunista Português, revelou uma tenacidade, abnegação e coragem raras, recusou privilégios pessoais. Interligou a sua intervenção política com um apaixonado interesse por todas as esferas da vida, nomeadamente pela criação artística.
Esta exposição procura dar expressão a momentos significativos da sua vida, pensamento e luta. Daremos relevo a uma reflexão teórica nos planos político, ideológico e estético, traduzida em inúmeras obras, estudos, artigos, entrevistas, conferências, discursos políticos e debates, e ainda abordar a produção plástica reflectida em desenhos, pinturas e ilustrações e a criativa produção literária expressa nos seus romances, contos, traduções e prefácios.
Destaca-se um conjunto de reconstituições em forma de escultura onde são retratadas situações e momentos importantes da história do PCP e de Álvaro Cunhal: a tipografia clandestina; uma reunião do Partido durante o período da clandestinidade; a reconstituição, à escala real, da sua cela da Penitenciária de Lisboa, onde escreveu e desenhou uma parte da sua obra teórica e artística; a bicicleta, meio de transporte e suporte importantíssimo para a difusão da imprensa e a actividade do Partido até aos anos 60 do século passado.
O espaço Auditório terá uma programação diária, vasta e diversificada.
Durante a semana, pelas 17h00, diariamente haverá a projecção de entrevistas e conferencias proferidas por Álvaro Cunhal.
Ao fim de semana, de manhã será dado destaque ao conto infantil «Barrigas e Magriços», de Álvaro Cunhal, com uma peça de teatro de fantoches na manhã do dia 8 de Dezembro e a projecção do filme nos restantes dias.
No dia 7 de Dezembro, pelas 15h30, realizar-se-á um debate em torno do tema “A Alegria de viver e de lutar! Tomar Partido!” com a participação de Jaime Toga (da Comissão Política do Comité Central do PCP), Joaquim Almeida (da Comissão das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal) e André Martelo (da Comissão Política da JCP). No dia 14 de Dezembro, será projectado um vídeo do Comício comemorativo centenário de Álvaro Cunhal - Campo Pequeno, em Lisboa 10 Novembro 2013 – com apresentação João Frazão, da Comissão Política do Comité Central do PCP)
Correspondendo à prática do PCP, a montagem da exposição contará com o trabalho voluntário de dezenas de militantes comunistas nos dias que antecedem a sua abertura.
A sessão inaugural da exposição terá lugar pelas 16 horas do próximo dia 30 de Novembro (sábado) e contará com a presença de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.
A Comissão das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal
No próximo dia 30 de Novembro, será inaugurada a exposição «Álvaro Cunhal - Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro», no Centro de Congressos da Alfandega do Porto, estando patente até 15 de Dezembro, no âmbito das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal. Através de fotografia, audiovisuais, documentos, objectos, livros, desenhos, pinturas, reconstituições escultóricas, esta exposição, falará do seu percurso com uma vida inteiramente dedicada ao seu partido de sempre e à luta pela liberdade, pela democracia, pelo socialismo.