Combater a crise: com mais emprego, mais produção nacional, mais justiça social e melhores salários
A actual crise internacional, com impacto também no nosso país, tem assumido as culpas pela perda de aparelho produtivo nacional, pelo aumento do desemprego e pela degradação das condições de vida. Os principais culpados pela actual situação são os 32 anos de política de direita que conduziram o país a este ponto.
São estes os responsáveis pela perda do aparelho produtivo, pelo
encerramento dos serviços públicos, pelo ataque aos direitos dos
trabalhadores com a imposição do Código de Trabalho e pela diminuição
da qualidade de vida do povo português.
Algum patronato encontra na crise o argumento que faltava para facilitar o despedimento colectivo, reduzir salários e suspender temporariamente a sua produção. Nos últimos anos, o distrito do Porto tem sido fustigado com o encerramento de centenas de empresas, contribuindo para uma enorme perda do aparelho produtivo. Esta perda tem particular incidência nos sectores têxtil, metalúrgico, pescas e construção civil.
O PCP alertou o Governo para a actual situação do distrito, apresentando um conjunto de medidas concretas, tais como: aumento do investimento público, o apoio à rede de micro, pequenas e médias empresas; implementação de uma rede de combate à exclusão social; combate à precariedade laboral; aumento na formação e qualificação de recursos humanos; criação de um Observatório da Pobreza e Exclusão Social no distrito do Porto.
Todas estas medidas foram chumbadas pelo Governo PS que relegou a resolução deste grave problema para segundo plano, acentuando inclusive a discriminação negativa do distrito como aconteceu com a diminuição do investimento público.
Com esta decisão do PS (para a qual contribuiu a abstenção conivente do PSD e do CDS-PP) fica claro o desinteresse destes Partidos na efectiva resolução dos problemas desta região particularmente afectada pelo desemprego.
De registar que o desemprego no distrito ultrapassa os 12%; havendo dois concelhos que superam os 16% (Santo Tirso e Trofa) e um (Baião) com 20%. Destaque ainda para o facto deste fenómeno atingir particularmente a população feminina (mais de 56% do total distrital).
É cada vez mais importante a luta dos trabalhadores pelos seus direitos, é urgente recuperar o tecido produtivo não apenas do distrito do Porto, mas também do país.
Para fazer face a esta situação dramática que o distrito do Porto vive e lançar uma palavra de confiança no combate à crise e suas consequências, o PCP vai dinamizar uma caravana regional de contacto com os trabalhadores de várias empresas de todos os concelhos do distrito do Porto, entre 26 de Março e 7 de Abril, sob o lema “Sim, é possível combater a crise! Mais força ao PCP por um distrito melhor”, onde se integrará um conjunto de sessões e debates dos quais destacamos o que se realiza no dia 31 de Março sobre acesso aos cuidados de Saúde, com a participação de Ilda Figueiredo e no dia 3 de Abril, sobre a Crise Económica, a sua verdadeira origem e consequências, com a participação de Jerónimo de Sousa.
A Caravana está hoje em Gondomar, nos concelhos do Vale do Sousa e do Baixo Tâmega nos dias 27, 28 e 29 de Março, no dia 30 de Março em Vila Nova de Gaia, no dia 31 de Março em Matosinhos, no dia 1 de Abril na Póvoa e Vila do Conde, no dia 2 de Abril no Porto, no dia 6 de Abril em Santo Tirso e na Trofa e no dia 7 de Abril na Maia e em Valongo.
Porto, 26 de Março de 2009
Participaram na Conferência de Imprensa:
Domingos Oliveira, membro da DORP do PCP
Jaime Toga, Responsável da DORP do PCP
Silvestrina Silva, membro da DORP do PCP