Num quadro onde as convulsões do regime capitalista se verificam à escala mundial com reflexos no País, os grandes Grupos Económicos no sector do retalho têm intensificado a exploração através de uma gestão criteriosa dirigida contra os trabalhadores.
Nos últimos anos a precariedade tem vindo a aumentar nas principais cadeias (Continente, Modelos, Feira Nova, Pingo Doce, Intermarché, Jumbo) atingindo, em alguns casos os 30% dos trabalhadores. A introdução dos horários flexíveis com mudanças diárias de hora de início e termo do período de trabalho, conjugado com os chamados horários “médios” evita que as empresas paguem trabalho extraordinário, antecipando a aplicação no Código de Trabalho.
Também muitos horários formais expostos nas lojas são para enganar, os horários praticados são feitos em cima do joelho não respeitando as regras e o Contrato Colectivo, impondo mudanças diárias, intervalos entre jornadas de trabalho que não respeitam os mínimos legais, trabalho em dia de descanso sem ser pago extraordinariamente, criando assim problemas na família e na saúde dos trabalhadores.
Citando o director do Mar Shopping “Queremos garantir às famílias tempo de qualidade” refere que prefere passar os tempos livres com a família mulher e filho. Para estes o tempo em família é sagrado mas o dos trabalhadores não interessa, mas sim o lucro rápido.
Exigem dos trabalhadores tudo: precariedade, baixos salários, disponibilidades imediata.
Também se assiste ao desrespeito em muitas lojas destes grupos, onde o direito de privacidade é muitas vezes violado por filmagens..., que têm servido para despedir trabalhadores dirigentes e delegados, ou seja afastar os mais reivindicativos.
O PCP tem vindo nos últimos meses a alertar a opinião pública para as graves condições em que muitos destes trabalhadores exercem a sua actividade, onde o medo instalado os tem impedido de reclamarem os seus direitos.
Perante toda esta situação o PCP reclama uma maior intervenção da Actividade para as Condições de Trabalho (ACT), de forma a fazer cumprir os direitos consagrados na legislação e no Contrato Colectivo e alerta os trabalhadores para lutarem pelo seus direitos, pois só assim podem travar toda esta ofensiva.
Importa confrontar os lucros dos maiores destes grupos e já agora os salários dos trabalhadores
Vê aqui a pirâmide da exploração
Operador Hiper Super | 1º ano | 426€ |
Operador Hiper Super | 2º ano | 439€ |
Operador Hiper Super | de 2ª |
521€ |
Operador Hiper Super | de 1ª |
552€ |
Operador Hiper Super | especializado | 605€ |
Operador Hiper Super | encarregado | 811€ |
É tempo de exigir melhores salários!
É tempo de exigir o direito a estar com a família!
É tempo de dizer Basta!
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