DEPUTADO ALFREDO MAIA PEDE EXPLICAÇÕES AO GOVERNO
Na cerimónia de assinatura do Contrato de Concessão, realizada ontem, Governo e IP focaram-se nos aspetos processuais e na calendarização, omitindo deliberadamente questões fundamentais como as intervenções previstas quanto à travessia do Rio Douro e as soluções para as estações de Vila Nova de Gaia e Campanhã, sem evitar informações contraditórias de outros protagonistas.
Em nota de Imprensa a propósito da assinatura daquele contrato, a sociedade de participações sociais Mota-Engil, líder do consórcio referido, informava que o projeto inclui “uma nova estação em Vila Nova de Gaia” e da criação de duas “novas travessias sobre o Rio Douro (uma exclusivamente dedicada à nova linha de Alta Velocidade e uma outra dedicada ao trânsito rodoviário)”.
Por seu lado, uma nota conjunta do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e da empresa Infraestruturas de Portugal (IP) indicava que a nova estação em Vila Nova de Gaia vai situar-se em Santo Ovídio e referia-se a apenas uma “nova ponte sobre o Rio Douro”.


O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo, por intermédio do Ministro das Infraestruturas e Habitação, sobre ameaça de nova degradação das ligações transfronteiriças - Porto/Vigo.
A assinatura do contrato de concessão da primeira Parceria Público-Privada (PPP1) da Linha de Alta Velocidade (LAV) vem confirmar o que o PCP tem denunciado insistentemente: um projeto estratégico para o desenvolvimento do país está refém dos interesses do consórcio privado, com o Governo, a Infraestruturas de Portugal (IP) e as autarquias a assistirem passivamente - quando não coniventes - a este sequestro do interesse público.


