A DORP do PCP reuniu hoje com o sindicato dos trabalhadores do sector ferroviário, para avaliar a situação do transporte ferroviário na região.
Da reunião resulta a evidência da falta de capacidade da CP em assegurar um serviço capaz de responder à situação actual, decorrente do surto epidémico. Por não ter material circulante (comboios) suficiente, não consegue assegurar o reforço de oferta que permita responder à procura evitando ajuntamentos.
Foi ainda confirmada a redução e degradação do serviço prestado aos utentes, designadamente pelo fecho ou redução de funcionamento da maioria das bilheteiras.
A integração da EMEF na CP, que o PCP considera positiva, precisa ser acompanhada de um plano de investimento e desenvolvimento desta empresa a longo prazo, que valorize as oficinas existentes na região e contrate mais trabalhadores de forma a criar condições para assegurar a capacidade de manutenção e produção de comboios no nosso país. Destacamos ainda a necessidade de também a REFER ser integrada na CP.
Olhando para a região e para a importância dos transportes públicos – e do transporte ferroviário em particular – a DORP do PCP destaca como necessário:
· O reforço do serviço, principalmente em hora de ponta, que permita garantir resposta à procura e evitar ajuntamentos;
· Abertura a passageiros da linha de Leixões;
· A conclusão da modernização da linha do Douro, reabertura de ramais (nomeadamente da linha do Tâmega) e ligação internacional;
· A conclusão do processo de modernização da Linha do Norte, designadamente no troço Ovar-Gaia;
· O estudo para a concretização da Linha do Vale do Sousa;
· O alargamento do canal ferroviário Ermesinde Contumil, vencendo um estrangulamento que condiciona o reforço da oferta.
Porto, 2 de Outubro de 2020
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP