Transportes e Comunicações
PCP rejeita redução de serviços da STCP
· Estas propostas confirmam as intenções já denunciadas pelo PCP em degradar o serviço público prestado à população e, dessa forma, abrir caminho à privatização das empresas que ainda são públicas, ficando o Estado com os custos da enorme dívida que os sucessivos governos lhes impuseram por via da desorçamentação.
· As medidas de redução propostas pelo documento são verdadeiramente inaceitáveis, são lesivas do interesse público, inserem-se numa estratégia de ataque aos direitos dos trabalhadores da empresa e de redução dos postos de trabalho (a STCP que teve cerca de 5000 trabalhadores tem hoje 1500) e conduzem à exigência de custos cada vez maiores aos utentes em troca de cada vez menos serviços prestados.
· A região e a população que nela habita, trabalha ou estuda precisam de mais serviços e carreiras da STCP, capazes de responder às evoluções demográficas e com horários ajustados às necessidades da população, designadamente aos horários de trabalho.
· O que a Área Metropolitana do Porto precisa é de mais e melhores transportes públicos, de maior articulação entre eles, de assegurar eficácia na oferta e reduzir a necessidade de transbordos, de preços justos nos tarifários.
· O que se exige e impõe ao Governo é a satisfação destas necessidades e não a liquidação do sector empresarial do Estado e a entrega de empresas necessárias, estratégicas e rentáveis aos grupos económicos e financeiros.
A DORP do PCP torna público que irá realizar nos próximos dias, em articulação com os deputados comunistas da Assembleia da República eleitos pelo círculo do PCP, um mandato aberto para analisar as implicações deste estudo na região, para o qual solicitará reuniões com sindicatos e comissões de trabalhadores, bem como com as administrações da STCP, da Metro do Porto e da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto.
Porto, 21 de Janeiro de 2012
O Gabinete de Imprensa do PCP