O sector da Cultura tem uma realidade profundamente marcada pela precariedade laboral, que se vem arrastando e alastrando nos últimos anos. No Porto os exemplos mais flagrantes e recentemente denunciados serão os dos trabalhadores da Casa da Música e da Fundação de Serralves, mas a precariedade não estacionou aí.
Mas também no Teatro Nacional de S. João o recurso à precariedade se verifica, nomeadamente nos assistentes de sala, subcontratados como prestadores de serviços a uma empresa de trabalho temporário/outsourcing.
Não sendo uma realidade nova no Teatro Nacional São João, o actual contexto aprofundou problemas sentidos, agravou incertezas junto destes trabalhadores, cujo vínculo precário significa instabilidade do posto de trabalho e precariedade da protecção social, no caso da redução/perda de remuneração.
A verdade é que estes trabalhadores não são prestadores de serviços - os assistentes de sala são fundamentais no funcionamento do Teatro Nacional de São João, não só aquando das peças teatrais, mas também enquanto guias do Teatro e em outras funções que desempenham.
São uma necessidade permanente do Teatro e o seu vínculo deveria ser efectivo.
O PCP tem intervindo e lutado para que a todas as necessidades permanentes correspondam vínculos efectivos. Continuaremos a bater-nos por isso também relativamente ao Teatro Nacional São João.