A exposição «Mais direitos, mais futuro. Não à precariedade!», patente na Cooperativa dos Pedreiros, no Porto, entre os dias 13 e 21 de Janeiro, foi um êxito.
O último dia da mostra, inserida na segunda fase da campanha nacional do PCP, ficou marcado por um debate, no mesmo espaço, que contou com as intervenções, entre outros, de Jorge Pires, da Comissão Política do Comité Central (CC), Diana Ferreira, da Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) e deputada na Assembleia da República (AR), e Tiago Oliveira, da DORP e do CC.
«Estamos muito perto dos 500 visitantes», revelou, perante mais de uma centena de pessoas, Maria João Antunes, do Executivo da DORP. A abrir os trabalhos, a comunista referiu que a exposição tem o objectivo da «denúncia da precariedade dos vínculos, dos salários, dos horários, das condições de trabalho e de vida», mas também do «reforço da luta, da intervenção do PCP e da possibilidade da alternativa», e que teve, além de outros elementos, casos de precariedade no distrito do Porto.
Diana Ferreira destacou as propostas do PCP na AR, como o plano nacional de combate à precariedade no sector público e privado, as alterações ao código do trabalho no sentido da erradicação da precariedade, no reforço de direitos ou na restituição do uso do trabalho temporário pelas empresas, a eliminação do banco de horas, a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador, ou as alterações à lei da contratação colectiva, estando estas propostas «ligadas ao sentimento e à luta dos trabalhadores».
Por seu lado, Tiago Oliveira falou da «luta dos trabalhadores, indispensável e insubstituível para fazer valer os seus direitos», denunciando que o objectivo do patronato «é enfraquecer a organização e a luta dos trabalhadores». Lembrando que há um milhão e 900 mil trabalhadores com vínculos precários, referiu que «foi e é possível organizar os trabalhadores, elevar a consciência e lutar por melhores condições de trabalho» e valorizou as vitórias de «centenas de trabalhadores que passaram de vínculos precários a vínculos efectivos em empresas» como a Bosch, a Continental Mabor, a Caetano Bus, a Fnac, entre muitas outras.
Jorge Pires, a encerrar o debate, lembrou os avanços conseguidos na nova fase da vida política nacional e com a posição conjunta de PS e PCP. Valorizando esses avanços, limitados pela própria posição do PS, acentuou que os trabalhadores são o motor da luta e que está nas mãos destes construir a alternativa. Frisou, por isso, o que há de mais importante no combate à precariedade: a consciência social, política, de classe, a organização, a intervenção, a sindicalização e a luta dos trabalhadores.