Foram distribuídos documentos aos trabalhadores à porta da fábrica, onde os activistas da JCP ouviram agradecimentos pelo apoio. "Vocês são os únicos que se interessam por nós", afirmou um operário.
No fim da acção de contacto, teve lugar um encontro os trabalhadores, onde transmitiram as suas preocupações aos deputados comunistas e receberam manifestações de solidariedade.
Os trabalhadores estão a ser pressionados pela administração através de inquéritos assinados onde tem de "optar" entre as 8 horas actuais ou as 12 horas diárias. Para a JCP, a intenção da administração é clara: "passar para as 12 horas e passar por cima da dignidade no trabalho para o fazer".
A JCP considera que mais quatro horas de trabalho diminui a qualidade do próprio trabalho, aumenta o risco de doenças profissionais e acidentes de trabalho. "Ao fim de um dia normal de 8 horas o cansaço já se faz sentir", lembra.
"Tem sido apresentada aos trabalhadores a tese da lógica da batata, de que com as doze horas vão ter "vantagens" como menos deslocações à empresa (passam lá a vida...), contribuir para a produtividade e lucros, férias em tempo mais flexível", comenta a JCP.
"A questão de principio está em trabalhar 12 horas, quando os trabalhados tem direito a um horário de trabalho normal, compatível com a sua vida familiar", sustentam os jovens comunistas, que sublinham que a maioria dos trabalhadores não querem trabalhar mais quatro horas por semana.
Está previsto para dia 1 de Abril o início da laboração de 12 horas por equipa.
A Infineon Technologies é uma das maiores empresas do distrito do Porto e emprega cerca de 1500 trabalhadores com uma média etária de 25 anos. A JCP tem actualmente um colectivo na empresa com seis militantes.
Avante!
09/02/2006