PCP
Comunicado da DORP
1.
Orçamento do Estado acentua problemas do país e da Região
A aprovação do Orçamento do Estado, assente na negociata entre o PS e o PSD, apadrinhada por Cavaco Silva e aceite como necessário por Manuel Alegre, Fernando Nobre e Defensor Moura, é mais um gravoso passo no caminho de retrocesso que vem sendo trilhado no nosso país, com profundas consequências na nossa região, designadamente ao nível do desemprego, da destruição do aparelho produtivo, da quebra no investimento público e do alastrar da pobreza.
A sua discussão na especialidade comprovou a falta de vontade política dos partidos executantes da política de direita em resolver os problemas que realmente afectam o país e em permitir os investimentos fundamentais ao progresso e ao desenvolvimento económico.
Ao conjunto de propostas que o Grupo Parlamentar do PCP apresentou, os deputados do PS, PSD e CDS responderam com o chumbo. Inviabilizaram propostas que todos sentem como necessárias e urgentes, eles também mas, apenas, em campanha eleitoral, tais como a continuação da linha do Metro entre o ISMAI e a Trofa em via dupla e da linha ferroviária do Douro, troço Marco de Canaveses, a recuperação e requalificação da via férrea do Tâmega, o avanço e conclusão da “componente materno infantil” do Centro Hospitalar do Porto e a participação governamental na recuperação e reabilitação habitacional dos Centros Históricos do Porto e Vila Nova de Gaia.
Os deputados do PS, PSD e CDS agem assim de forma diferente do que haviam prometido à população do distrito do Porto durante a campanha eleitoral, desprezaram o Distrito que diziam defender, estiveram contra quem faz o que promete e, acima de tudo, estiveram contra o Distrito e a sua população.
Os deputados do PS, PSD e CDS-PP, com o seu voto, não quiseram corrigir, mesmo que não na totalidade, a escandalosa descriminação negativa que constitui o PIDDAC per capita do Distrito do Porto para o próximo ano ser de, apenas, 38 euros quando a nível nacional é de 213 euros.
Tal como aconteceu com a introdução de portagens nas A28, A29, A41 e A42, os deputados do PS, PSD e CDS-PP juntaram as suas vontades e votaram contra os interesses do Distrito e da sua população.
2.
Cresce o protesto e a luta contra esta política, exige-se a mudança
A DORP do PCP analisou a evolução da luta dos trabalhadores e das populações contra as políticas desastrosas do governo PS – apoiadas pelo PSD e por Cavaco Silva – destacando a grande participação na Greve Geral de 24 de Novembro, convocada pela CGTP-IN, com uma participação que envolveu trabalhadores precários e efectivos, do sector privado e do sector público que se uniram na contestação a estas políticas e na exigência de uma mudança de políticas.
Aos trabalhadores e ao povo do distrito do Porto, a DORP do PCP reafirma o seu empenho no combate às injustiças e na exigência de uma mudança de políticas que assegure o combate ao desemprego, a criação de emprego com direitos e a defesa e promoção da produção nacional, bem como a valorização dos salários e pensões que assegurem uma mais justa repartição da riqueza e o combate às injustiças. Apela ainda à continuação e intensificação da luta, destacando desde já a acção marcada pela União de Sindicatos do Porto da CGTP-IN para o próximo dia 16 de Dezembro, sob o lema “Contra as Injustiças, Contra a Pobreza, Pelos 500€ do Salário Mínimo em Janeiro 2011”
3.
Candidatura de Francisco Lopes: Uma Candidatura Patriótica e de Esquerda
A DORP do PCP discutiu e avaliou a evolução da campanha da candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República, destacando o crescente apoio de trabalhadores, intelectuais, estudantes e de vários outros sectores e camadas sociais.
Apesar do silenciamento da campanha, designadamente das acções realizadas no distrito com a participação do candidato, a DORP do PCP destaca o grande entusiasmo com que o candidato foi recebido nos vários concelhos por onde já passou (Paredes, Penafiel, Vila do Conde, Santo Tirso, Valongo, Porto e Gondomar).
O entusiasmo em torno da candidatura de Francisco Lopes, a par do facto desta ser a única candidatura que assume com clareza a defesa do cumprimento da Constituição e a necessidade de uma mudança e ruptura com o rumo de declínio que a política de direita impôs ao país, estão a tornar esta uma campanha de massas e em crescendo, razão que levou à decisão de realização do comício de abertura de campanha, no dia 9 de Janeiro, no Palácio de Cristal.
A DORP do PCP apela a todos os militantes e organizações do Partido para que, com todos aqueles que desejam e confiam na possibilidade de construção de um país melhor, ampliem a campanha de mobilização e esclarecimento que permita afirmar, sob forma de voto na Candidatura de Francisco Lopes no dia 23 de Janeiro, o justo protesto contra esta política e a exigência de uma mudança de rumo, capaz de impor uma ruptura patriótica e de esquerda com as opções políticas que têm sido protagonizadas por PS, PSD e CDS, com o beneplácito de Cavaco Silva.
Porto, 11 de Dezembro de 2010
A DORP do PCP