Orçamento de Estado
Discriminação negativa do Distrito do Porto! PS, PSD e CDS-PP são os responsáveis!
Documento essencial que consubstancia as políticas que vão ser desenvolvidas no próximo ano e marcarão o futuro próximo do nosso País, ele é da responsabilidade do PS e do PSD, teve o apadrinhamento de Cavaco Silva e foi aceite como necessário por Manuel Alegre, Fernando Nobre e Defensor Moura.
Constitui um manancial de medidas que vão aprofundar a crise económica que o País vive, agravar as desigualdades sociais, aumentar o desemprego e a pobreza e acentuar as assimetrias regionais.
O Distrito do Porto é, uma vez mais, vítima de discriminação negativa em termos de Orçamento de Estado, designadamente no que se refere ao PIDDAC, Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central.
Tal acontece, como tem acontecido ano após ano, porque o PS, PSD e CDS-PP assim o quiseram.
Os deputados do PCP eleitos pelo Distrito do Porto apresentaram cerca de cem propostas que visavam dar resposta a carências há muito sentidas ao mesmo tempo que, através do investimento público, se criariam condições para a dinamização do investimento privado, tudo isto contribuindo para a criação de riqueza e diminuição do desemprego e da pobreza, flagelos que, como é sabido, atingem esta região com maior intensidade do que a média do País.
Nenhuma das propostas apresentadas pelo PCP mereceu o voto favorável dos deputados do PS, PSD e CDS-PP, incluindo os que foram eleitos pela população do Distrito.
Esqueceram-se, como sempre se têm esquecido, das promessas que fizeram, das ilusões que criaram. Mais uma vez traíram quem neles confiou.
Não lhes interessou que áreas tão carentes como a saúde, a educação, a acção social, o ambiente, a segurança interna, a protecção civil, a agricultura e pescas, a habitação, o transporte ferroviário, as linhas de metro, o sistema judiciário, entre outras, fossem maltratadas no PIDDAC para o próximo ano e que as propostas apresentadas pelo PCP procuravam minorar.
Inviabilizaram propostas que todos sentem como necessárias e urgentes, eles também mas, apenas, em campanha eleitoral, tais como a continuação da linha do Metro entre o ISMAI e a Trofa em via dupla e da linha ferroviária do Douro, troço Marco de Canaveses, a recuperação e requalificação da via férrea do Tâmega, o avanço e conclusão da “componente materno infantil” do Centro Hospitalar do Porto e a participação governamental na recuperação e reabilitação habitacional dos Centros Históricos do Porto e Vila Nova de Gaia.
Não trabalharam, desprezaram o Distrito que diziam defender, estiveram contra quem faz o que promete e, acima de tudo, estiveram contra o Distrito e a sua população.
Os deputados do PS, PSD e CDS-PP, com o seu voto, não quiseram corrigir, mesmo que não na totalidade, a escandalosa descriminação negativa que constitui o PIDDAC per capita do Distrito do Porto para o próximo ano ser de, apenas, 38 euros quando a nível nacional é de 213 euros.
Tal como aconteceu com a introdução de portagens nas A28, A29, A41 e A42, os deputados do PS, PSD e CDS-PP juntaram as suas vontades e votaram contra os interesses do Distrito e da sua população.
Das propostas apresentadas que cobriam todo o Distrito nem uma, só uma, lhes mereceu o seu apoio. Será que não conhecem o Distrito ou se esqueceram do que prometeram?
A DORP do PCP protesta contra a continuação da discriminação negativa do Distrito, alerta para as consequências que se verificarão em termos de agravamento da situação económica e social da região e denuncia os comportamentos, mais uma vez repetidos, daqueles que consideram os cidadãos desta região apenas meros eleitores.
A DORP do PCP assegura a continuidade do seu empenhamento na luta contra a discriminação negativa que, há muito, o Distrito do Porto e a sua população vêm sofrendo não desistindo de exigir os investimentos que tão necessários se mostram.
A DORP do PCP exorta a população do Distrito a continuar a luta por melhores condições de vida, contra as crescentes desigualdades sociais e assimetrias regionais, com confiança e determinação tal como o fez na Grande Greve Geral do passado dia 24 de Novembro.
29.11.2010
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP