Intervenção de Nicole Santos, membro da JCP

Camaradas,
A JCP vem saudar, nesta data tão importante, o Partido Comunista Português, pela comemoração do seu 87º aniversário, partido da classe operária e de todos os trabalhadores, que sempre lutou e luta pelas causas de Abril, o único capaz de uma verdadeira e forte luta às ofensivas dos sucessivos governos de direita. Este é o partido da juventude porque defende os jovens, os seus direitos, interesses e aspirações, a vanguarda da juventude, com o seu projecto revolucionário para a sociedade, o socialismo rumo ao comunismo. Porque a juventude faz parte do partido e porque o partido faz parte da juventude – “Hoje e sempre, a juventude está presente!”, pois, como dizia Lenine, “o comunismo é a juventude do mundo”.
A JCP afirma o seu orgulho de pertencer a este grande Partido, com 87 anos de luta, por um país mais justo, por políticas educativas de qualidade, por um sistema de saúde eficaz, pelo trabalho como fonte de dignificação pessoal e contra a exploração do homem pelo homem.

Conquistas concretas, que deverão ter o seu valor para todos nós, enquanto comunistas, e para cada um, em particular, enquanto pessoas. São as lutas, camaradas, que nos dão mais força e que fazem criar a unidade. É com esta poderosa arma, a luta, que devemos continuar a “transformar o sonho em vida” e é através dela que nos fazemos cada vez mais e cada vez mais fortes.

Prova desta mesma força, foi Lisboa coberta de vermelho no passado dia 1 de Março. Mais de 50 mil comunistas e amigos de todo o país juntaram-se em protesto contra políticas de repressão e autoritarismo à velha senhora ditadura e provaram que “Somos muitos, muitos mil, para continuar Abril!”.
 
A juventude, como não poderia deixar de ser, marcou a sua presença nesta Marcha pela Liberdade e Democracia, mostrando mais uma vez ser “a chama mais acesa da revolução”. Foi uma grande jornada de luta que afirmou que só a luta é o caminho.
Mas também noutras lutas a juventude se fez ouvir. Nos ensinos secundário e superior, ou nos locais de trabalho, a juventude saiu à rua para se fazer ouvir, para lutar pela sua dignidade e pelos seus direitos enquanto estudantes ou trabalhadores.

No ensino secundário, realizaram-se duas grandes acções de luta. No dia 11 de Outubro de 2007, com cerca de 2000 estudantes do Porto, e a 31 de Janeiro do corrente ano, 15 mil estudantes de 40 cidades diferentes, saíram à rua em protesto, por uma educação pública, gratuita, de qualidade para todos e democrática. Entretanto, outras lutas mais pequenas, mas igualmente importantes, têm sido travadas, como a circulação do Abaixo-assinado pela democracia interna das escolas e autonomia das Associações de Estudantes lançado pela Escola Secundária de S. Pedro da Cova, que tem percorrido todo o país, as RGA’s, as concentrações nos pavilhões, entre outros exemplos.

Ainda no Ensino Secundário, que constitui a principal fonte de novos recrutamentos de jovens comunistas, foram lançadas no mês passado duas campanhas de recrutamento e afirmação da organização da JCP, a campanha “Só a luta é o caminho” que tem como objectivo reforçar a ideia de que a luta de massas é a arma mais poderosa e capaz de resolver os problemas que o secundário enfrenta todos os dias; e a campanha “Em cada escola, um colectivo para intervir e lutar!” que tem como finalidade o aprofundamento da consciencialização da importância do colectivo de escola e do seu bom funcionamento para a resolução de questões mais concretas e próximas à realidade estudantil.

No Ensino Superior os estudantes não cruzaram os braços. Têm sido feitos vários protestos contra propinas, Bolonha, as Fundações ou as fusões, que nada mais são do que a venda do ensino aos privados e a exclusão bem explícita dos filhos da classe operária dos mais elevados graus de ensino, para a entrada precoce no mundo do trabalho, o que significa, a formação de mão-de-obra barata. Uma destas acções de luta foi a do dia 28 de Novembro de 2007, que levou muitos jovens às ruas.
Também a Juventude Trabalhadora, que sofre duramente as consequências das políticas de desigualdade deste governo, não se vai calar, e está já agendada para o próximo dia 28 de Março, uma grande luta nacional contra a precariedade laboral, em Lisboa. Porque cerca de 35.5% dos jovens entre os 15 e os 34 anos são precários, porque há cada vez mais repressão, porque há um número crescente de jovens sem acesso à organização sindical e com rendimentos instáveis, é preciso responder com luta! Assim, mais uma vez, a juventude trabalhadora está presente na linha da frente das reivindicações, a lutar por uma sociedade mais justa, a ajudar a construir o sonho e o comunismo.

Camaradas, não é com pequenas alterações que se vai melhorar a vida da juventude e do povo português, é sim com o projecto revolucionário que o PCP propõe e pelo qual luta.

É por essa sociedade nova, livre de exploração do homem pelo homem, que os comunistas dão o melhor de si e é com este grande Partido e com a sua JCP, que ao lado da juventude, dos estudantes e dos trabalhadores que venceremos, com as armas que temos na mão.
Viva a Juventude Comunista Portuguesa!
Viva o Partido Comunista Português!
Viva o Comunismo!