Face à sucessão de anúncios, de pontes, ligações rodoviárias e ferroviárias, alterações a linhas de metro, medidas e investimentos sem qualquer fio condutor, num processo errático e fechado, no qual se desconhece o papel da CCDR-N, e em que o Governo e as Câmaras se contradizem, a DORP do PCP realizou ontem uma sessão sobre as travessias do Rio Douro, num momento em que se procura reduzir a participação das populações à escolha de um nome para uma ponte.
Milhares de pessoas saíram à rua no Porto em defesa do direito à Habitação. O PCP esteve presente defendendo: - Pôr os lucros da banca a pagar a subida das taxas de juro; - Revogar a lei do Arrendamento; - Alargar a oferta pública de Habitação
Com depoimentos de pessoas que são despejadas juntamente com a sua família por incomportáveis aumentos de renda, de quem se vê obrigado a partilhar casa com várias pessoas porque os salários não chegam e, ainda assim, são despejados de uma casa que não é vendida longos meses depois, de quem vê o rendimento familiar ser absorvido pelo aumento brutal das taxas de juro, são estes alguns dos exemplos que vieram à tribuna pública "Direito à Habitação" que a Comissão Concelhia da Póvoa de Varzim do PCP realizou este sábado. Na tribuna participou Alfredo Maia, deputado do PCP na Assembleia da República, que denunciou as intenções do Governo do PS. Num momento em que é urgente travar a subida das prestações do crédito à habitação, proteger os inquilinos dos despejos e das subidas de rendas, bem como aumentar a oferta pública de habitação para garantir o acesso à habitação a quem não encontra uma casa que possa pagar, as medidas apresentadas pelo Governo desconsideram no fundamental os problemas das famílias ou, pior que isso, são decisões de atribuição de novos privilégios aos grupos económicos e aos especuladores imobiliários.