A Organização Regional do Porto do PCP participa e apela à participação na
Manifestação de 30 de Setembro, na Batalha, 15h, para exigir Casa para Viver
O acesso à habitação está cada vez mais difícil. Na região do Porto, em particular nos concelhos centrais do distrito, as rendas são incomportáveis, os juros para quem comprou não param de crescer.
O aumento nos preço das casas para venda subiu mais de 15,5% desde o início do ano e no arrendamento o aumento foi de mais 35% nos últimos 4 anos, com a cidade do Porto a registar o aumento mais acentuado das rendas nos apartamentos da Europa, situando-se na ordem dos 22,5%.
Esta é uma realidade inaceitável e que precisa de ser combatida, uma situação que não começou agora mas que está a agravar-se a olhos vistos com a subida constante das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE) e com a espiral especulativa. Uma realidade à qual o Governo do PS, como os sucessivos governos anteriores, opta por não dar resposta.


Face à sucessão de anúncios, de pontes, ligações rodoviárias e ferroviárias, alterações a linhas de metro, medidas e investimentos sem qualquer fio condutor, num processo errático e fechado, no qual se desconhece o papel da CCDR-N, e em que o Governo e as Câmaras se contradizem, a DORP do PCP realizou ontem uma sessão sobre as travessias do Rio Douro, num momento em que se procura reduzir a participação das populações à escolha de um nome para uma ponte.
Milhares de pessoas saíram à rua no Porto em defesa do direito à Habitação.
Com depoimentos de pessoas que são despejadas juntamente com a sua família por incomportáveis aumentos de renda, de quem se vê obrigado a partilhar casa com várias pessoas porque os salários não chegam e, ainda assim, são despejados de uma casa que não é vendida longos meses depois, de quem vê o rendimento familiar ser absorvido pelo aumento brutal das taxas de juro, são estes alguns dos exemplos que vieram à tribuna pública "Direito à Habitação" que a Comissão Concelhia da Póvoa de Varzim do PCP realizou este sábado.


