Economia
DORP do PCP apresenta propostas de emergência para o distrito
Os dados do desemprego no final do primeiro trimestre de 2010, agora divulgados pelo IEFP confirmam as denuncias mais preocupantes que a DORP do PCP tem vindo a fazer: a situação económica e social do distrito agrava-se a um ritmo muito superior ao do país e tem particular incidência no interior do distrito (concelhos do Vale do Ave, do Vale do Sousa e do Baixo Tâmega).
Da análise aos dados do IEFP (ver tabela anexa), destacamos:
Permanecem no distrito concelhos com taxas de desemprego dramáticas, perante a passividade do governo (Baião 23,8%, Santo Tirso 18,4%, Trofa 17%, Gaia e Marco de Canavezes 16,2%, Vila do Conde 15%);
Todos os concelhos do distrito do Porto continuam com valores de desemprego superiores à média nacional;
Há concelhos que praticamente duplicaram o numero de desempregados em dois anos (Lousada, Paços de Ferreira e Paredes);
Há concelhos que em apenas um ano aumentaram em mais de 30% os seus desempregados (Lousada, Paços de Ferreira, Penafiel e Vila do Conde);
Apesar destes números por si só serem demasiado expressivos, de facto estão ainda longe de mostrar em toda a sua extensão o número real de desempregados, na medida em que os critérios utilizados pelo IEFP não consideram, por exemplo, pessoas desempregadas não inscritas nos centros de emprego.
PROPOSTAS PARA MUDAR DE RUMO
Combater o retrocesso económico e social no país e na região
A DORP do PCP denúncia o silêncio dos dirigentes políticos do bloco central de interesses – PS, PSD e CDS – e dos autarcas da região que assistem coniventes e passivamente ao agravamento da crise e das condições de vida do povo do Porto. Mas, simultaneamente, afirma que um outro rumo e uma outra política são não só necessários como possíveis.
O PEC que o PS apresentou (e que corresponde também aos anseios do grande capital e às opções políticas do PSD e do CDS) não resolve os problemas do país nem da região, antes agravam-nos.
A DORP do PCP defende uma política alternativa a esta, que adopte um caminho de ruptura com a política de direita e de mudança que, ao nível da região, assuma como medidas de emergência:
A defesa do aparelho produtivo, alargando o investimento público, apoiando as micro, pequenas e médias empresas, privilegiando o mercado interno.
A adopção de um programa de industrialização do distrito e do aproveitamento integral dos seus recursos;
A criação de um programa de intervenção nas sub-regiões interiores (zona do vale do Ave, do vale do Sousa e do Baixo Tâmega), de apoio social, requalificação profissional e diversificação da indústria;
Aumento geral dos salários e pensões visando uma mais justa repartição da riqueza e a dinamização do Mercado Interno;
Criação de Emprego, combate ao desemprego e apoio aos desempregados tendo como objectivo uma política de pleno emprego, combatendo os despedimentos com legislação dissuasora, combatendo a precariedade;
Reforço dos serviços públicos e das funções do Estado, pondo fim à política de destruição e encerramentos em curso. Valorizando o Serviço Nacional de Saúde e a escola pública, o seu carácter público, gratuito e universal, afirmando um programa de intervenção que recuse a visão mercantilista do direito à saúde e à educação;
O cancelamento do objectivo de colocação de portagens nas SCUT`s A28, A29, A41 e A42 e dos processos de privatização da ANA e das linhas suburbanas da CP.
Porto, 22 de Abril de 2010
A DORP do PCP
MAPA COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DO DESEMPREGO NO FINAL DO 1º TRIMESTRE