Economia
PCP afirma necessidade de outro rumo para a região e para o país
O Presidente da República portuguesa, Cavaco Silva, o Rei de Espanha e o Presidente da República italiana apadrinham esta sessão que é promovida pela COTEC.
Como sempre, estes senhores falaram da necessidade de maior competitividade, da necessidade de sacrifícios para ultrapassarmos as dificuldades da crise. No interior da Casa da Música falou-se de uma realidade muito diferente daquela que vivem os trabalhadores, os reformados, os comerciantes, os jovens estudantes e os jovens licenciados.
Por isso, o PCP esteve no exterior a denunciar que:
-há mais de 700 mil desempregados, dos quais 300 mil sem qualquer subsídio.
-no distrito do Porto a taxa de desemprego é de 13,9%, metade dos quais estão nesta situação há mais de um ano e a grande maioria são mulheres.
-O país tem cerca de 300 mil trabalhadores desempregados que não recebem qualquer subsídio ou pensão.
-É também neste distrito que têm encerrado mais empresas, como consequência das opções políticas dos vários governos por onde têm passado o PS, o PSD e o CDS.
-o país tem mais de 50 mil licenciados no desemprego e muitas dezenas de milhares de licenciados que não conseguem colocação de acordo com as suas competências, a maioria em situação de precariedade.
Como resposta à situação do país e da região, a DORP do PCP reivindica a necessidade de medidas urgentes para superar a grave situação actual, que passam no imediato por:
- Criação de Emprego, combate ao desemprego e apoio aos desempregados tendo como objectivo uma política de pleno emprego, combatendo os despedimentos e a precariedade, nomeadamente com legislação dissuasora;- Aumento geral dos salários e pensões visando uma mais justa repartição da riqueza e a dinamização económica do país;
- Defesa do aparelho produtivo e apoio às micro, pequenas e médias empresas, privilegiando o mercado interno;
- Apoio à industrialização do distrito e aproveitamento integral dos seus recursos;
- Alargamento do investimento público, nomeadamente através da concretização dos investimentos há muito prometidos (alargamento da rede do Metro, construção do Centro Materno Infantil, Construção do IC35);
- Requalificação profissional e diversificação da indústria;
- Reforço das medidas de apoio social, dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, cancelando os cortes nos apoios sociais anunciados e pondo fim à política de destruição e encerramentos em curso;
- Cancelamento do objectivo de colocação de portagens nas SCUT e das privatizações.