Esta recusa surge uma semana após o mesmo Conselho de Administração ter recebido com toda a disponibilidade, como foi noticiado por vários órgãos de comunicação social, uma delegação de deputados do PS.
Esta discriminação política é inaceitável e revela, da parte do Conselho de Administração da RTP uma completa falta de compreensão sobre as suas própriasresponsabilidades enquanto entidade gestora da estação pública de televisão.
Esta reunião surge na sequência de um conjunto de iniciativas do PCP em defesa da RTP/Porto, nomeadamente uma nota pública Contra o Esvaziamento da RTP/Portode 12 de Julho e uma iniciativa parlamentar de esclarecimento das razões de dispensa de funções de dezenas de trabalhadores da RTP/Porto, e visava compreender o ponto de vista da Sub-Comissão de Trabalhadores da RTP/Porto sobre o sentido das transformações em curso na estrutura geral da Televisão Pública.
Este encontro sublinhou as preocupações já publicamente manifestadas pela DORP do PCP quanto ao futuro do Centro de Produção do Porto da RTP, tanto no querespeita à dispensa e transferência de trabalhadores, como ao progressivo subaproveitamento de meios humanos e técnicos. Esta situação, que claramenteconfigura um esvaziamento de responsabilidades do Centro de Produção do Porto, corresponde a uma incompreensível centralização de meios humanos e técnicos quenão serve uma televisão próxima das comunidades – com consequências particularmente graves ao nível da informação – e que contraria o próprio conceito de serviço público a que a RTP está vinculada.
Esta desvalorização do trabalho e dos profissionais da RTP/Porto é injusta e deve terminar, tomando o Conselho de Administração da RTP as medidas necessárias paragarantir os investimentos necessários à modernização das infraestruturas da RTP/Porto e atribuir responsabilidades de programação compatíveis com a importância deste Centro de Produção, indiscutível no plano regional e nacional.
DORP do PCP
