Ambiente
Jorge Machado reúne com bombeiros: incêndios florestais – uma realidade que exige medidas urgentes
A CDU confirmou as preocupações quanto ao subfinanciamento das coorperações de bombeiros, assente no transporte de doentes, que não assegura as verbas necessárias para as missões de emergência e combate aos incêndios.
No desenvolvimento da reunião, o deputado da CDU teve oportunidade de manifestar preocupação com a política florestal do governo e a falta de medidas eficazes de prevenção aos fogos florestais. Jorge Machado sustentou esta preocupação com base nos números verificados este ano em que até 31 de Julho tinham ardido cerca de 29.000 ha. Comparando as ocorrências e a área ardida com o mesmo período de tempo de 2014 verifica-se que as ocorrências passaram de 4165 para 10340, os reacendimentos de 189 para 616 e a área ardida de 7575 ha para 28.780 ha
2. Face à realidade do país e à situação que encontrou nesta corporação, Jorge Machado criticou as opções do governo em relação aos fundos comunitários. Recorde-se que o governo decidiu entregar parte considerável dos fundos disponíveis no Portugal 2020 à Autoridade Nacional de Protecção Civil para a aquisição de aeronaves para combate a incêndios, cerca de 80 milhões de euros, entregando apenas às associações de bombeiros e as câmaras municipais, principais responsáveis pela protecção e socorro, escassos 30 milhões de euros para suprir enorme quantidade de necessidades.
Uma situação tão mais preocupante quanto é conhecida a situação da maioria da corporações que se debatem com uma frota cada vez mais envelhecida e a necessitar de renovação, e do insuficiente avanço tecnológico e das condições de segurança, face ao qual o Estado se tem desresponsabilizado nos apoios aos Corpos de Bombeiros para uma efectiva renovação dos meios operacionais e de equipamento de protecção individual.
3. Da parte da Coligação Democrática Unitária foi manifestado reconhecimento pelo heroico esforço que os bombeiros fazem no combate às chamas, mesmo que muitos corpos de bombeiros, como foi denunciado por associações do sector, continuem à espera há mais de um ano de prometidos Equipamentos de Protecção Individual (EPIS).
A CDU considera ser necessário e possível a definição de medidas de prevenção, destacando a urgência do Reordenamento Florestal e inverter a lógica actual e as prioridades que levam a existir mais orçamento para o combate do que para a prevenção.
Porto, 10 de Agosto de 2015
A CDU/Porto