Esta visita surge na sequência do imbróglio criado pelas afirmações contraditórias do Presidente da Câmara de Gaia e do Vereador do Pelouro do Ambiente às questões levantadas pela CDU, através da vereadora Ilda Figueiredo e do eleito municipal Jorge Sarabando.
Assim, foi possível constatar que eram depositados no aterro cerca de 30 mil toneladas de RIB que não causavam qualquer problema ao aterro preparado para os receber, deixando agora de haver qualquer alternativa próxima já que as pedreiras existentes em Gaia (serra de Canelas/Negrelos, Madalena, etc) não podem nem devem ser autorizadas a receber quaisquer outros resíduos que não sejam inertes. Registe-se que estão paradas as obras de construção do possível aterro para resíduos industriais banais em Lousada.
Entretanto, está em fase de apreciação pela Suldouro a construção de uma central de compostagem para a qual obtiveram uma possível comparticipação de fundos comunitários da ordem dos seis milhões de euros e que agora o Presidente da Câmara de Gaia afirma recusar, embora seja certo que o aterro continua com mais cerca de três anos de possibilidade de depósito de lixos domésticos e que não há ainda outras alternativas à vista que não passem pela adesão à Lipor, agora defendida pelo Dr. Luís Filipe Menezes.
Mas várias questões ficam sem resposta, designadamente:
·Quem vai suportar a diferença de custos entre a alternativa Suldouro e a alternativa Lipor, cujo custo é cerca de três vezes superior ao que actualmente é pago pela Câmara de Gaia à Suldouro? (quando paga, já que a dívida de curto prazo da CM Gaia à Suldouro ultrapassa os três milhões de euros)
·Como seria resolvido o problema do possível encerramento da Suldouro e dos seus mais de 70 trabalhadores? E dos investimentos ali realizados, designadamente em termos de aproveitamento de gás? E que futuro para os terrenos envolvidos?
·Quanto iria custar aos munícipes de Gaia, em aumento de tarifas de resíduos sólidos, a decisão de aderir à Lipor?
Estas são algumas das questões que ficam das afirmações insólitas dos responsáveis municipais e a que a CDU, de forma responsável, não pode deixar de exigir resposta.
Tal como exigimos ao Governo que esclareça qual a sua posição em todo este processo, designadamente na proibição do depósito de resíduos industriais banais no aterro de Sermonde sem qualquer alternativa.
Por isso, nas próximas reuniões da Câmara e da Assembleia Municipal iremos continuar a exigir uma clarificação de todo o processo.
Comissão Coordenadora da CDU/Gaia
Gabinete de Imprensa