Paula Baptista, deputada na Assembleia Municipal, e uma delegação de eleitos e activistas da CDU visitou no passado dia 11 a envolvente da Ribeira de Ateães, na Madalena, que se encontra ignorada e negligenciada.
Pretende assim a CDU novamente trazer a público o debate sobre o modo como estes importantes cursos de água se encontram deixados ao abandono. Na Assembleia de Freguesia da Madalena a CDU levantou várias vezes já estas questões, que sempre ficaram sem resposta.
Iniciou-se esta visita pela Rua do Passadouro, onde se elencaram os seguintes problemas:
- O mau estado da Ribeira, com deposições visíveis de lixo;
- Os muros e vedações confinantes que apresentam riscos de segurança dado o seu estado já periclitante;
- As lajes graníticas colocadas no piso da via que apresentam afastamentos entre si, podendo ocasionar quedas e/ou lesões potencialmente graves aos transeuntes. Tais fissuras e o deficiente escoamento de águas observado levam a que, no Inverno ou em alturas de maior pluviosidade, a corrente se escoe também pela rua, levando ao maior dano aos pisos e muros, com prejuízo adicional para os moradores e utentes da zona;
- O acesso ao Apeadeiro que não se encontra sinalizado e cujo piso está degradado. A sua configuração limita severamente o acesso a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Esta parte da Ribeira de Ateães contrasta vivamente com a que se localiza mais a jusante, e próxima da orla marítima, de modo gritante e visível: o abandono da zona inicialmente descrita é evidente.
O “corredor ecológico” (o qual teve como custo aproximadamente €4.000.000, com 90% de comparticipação do Quadro Comunitário Novo Norte e o remanescente a cargo do anterior Executivo Camarário), localiza-se próximo da Rua do Cerro e caracteriza-se pela configuração da própria ribeira como um arranjo paisagístico:
- O leito e margens são parcialmente construídos, embora haja uma secção na qual existem muros derrubados – contíguos a uma extensão de vegetação que cobre a ribeira durante cerca de um quilómetro, a qual impede o respectivo acesso;
- Existem muito menos deposições de lixo na secção do “corredor ecológico”, donde se conclui a insuficiente manutenção, embora existam receptáculos de resíduos regularmente posicionados nesta secção. Não temos informação do número de pontos de descarga directa para a própria ribeira, alguns dos quais pudemos, ainda assim, observar.
Esta secção, próxima da Rua do Rochio, está ainda num estado semi-natural. Planeia-se intervenção urbanística – com abertura de via pública -, mas as informações disponibilizadas são escassas.
Observaram-se ainda, na EB 2/3 da Pena, os seguintes problemas:
- A toponímia da rua e a localização da Escola apresentam deficiências, o que traz problemas a quem circule na zona;
- O trânsito nesta via apresenta graves riscos dada a velocidade a que nela circulam as viaturas apesar da proximidade de crianças e moradores; nunca aqui foram instalados dispositivos de limitação velocidade várias vezes reivindicados pela CDU (sob o pretexto de “não ser permitida” a sua utilização!);
- A operação de recolha dos resíduos e manuseamento dos respectivos receptáculos é feita durante o horário escolar, o que motiva manobras de pesados junto de crianças, transeuntes e forte trânsito de veículos ligeiros num espaço confinado.
A CDU vai novamente levar aos diversos órgãos estes problemas, persistindo no sentido da sua resolução.