Na última sessão da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, e por ter sido recentemente anunciada a intenção de avançar com a extensão do Metro a Vila d’Este, reivindicação antiga das populações e que saudamos, a CDU apresentou uma proposta de Recomendação visando a criação de parques de estacionamento dissuasores gratuitos para os detentores de título de transporte válido.
Lamentavelmente, foi arguida a “não sustentabilidade” de tal solução para rejeitar a proposta, quando é por demais evidente que as vantagens de uma tal solução – diminuição do número de veículos em circulação, evitando-se poluição e engarrafamentos, e aumento da utilização de transportes colectivos em detrimento dos individuais – são manifestamente superiores aos custos marginais que daí poderiam advir, em particular num momento em que a linha vai ser prolongada para zona com grandes áreas livres que seriam adequadas à criação de tais interfaces.
Precariedade
A CDU apresentou ainda uma Declaração Política sobre os problemas de precariedade no Concelho, sendo de registar que a Câmara recusou o repto que lhe lançado de fornecer uma informação rigorosa sobre a real dimensão da precariedade na Câmara e nas entidades que com ela colaboram, nomeadamente Juntas de Freguesia, empresas municipais, e IPSSs que prestam serviços à Câmara no âmbito do programa “Gai@prende+”, para assim se poder clarificar a situação e perspectivar medidas concretas para a sua resolução.
Falta também saber dados claros no que respeita ao âmbito concelhio: quantos CEI existem no Concelho, não apenas na Câmara e nas Juntas, mas também nas IPSSs e em empresas privadas? E quantos contratos precários de outro tipo, como os estabelecidos com os trabalhadores que asseguram as AECs? E quantos “estágios”, remunerados ou não, são disponibilizados em empresas e instituições com apoio estatal? E quantos professores estão colocados de forma precária?
Recorda-se que no início deste mandato na reportagem "Estado Precário" da RTP foi dito que a Câmara tinha então ao seu serviço 140 trabalhadores com “contratos emprego-inserção”, situação que o actual Presidente classificou de lastimável, anunciando que no ano letivo 2014/15 iria “alterar radicalmente esta situação”; porém, a verdade é que o número de tais contratos mais que duplicou desde então, sendo agora 320, a que se juntam ainda os que trabalham nas IPSS que prestam serviços à Câmara e os que trabalham nas Juntas de Freguesia e outros serviços públicos.
É uma situação absolutamente inaceitável que a CDU continuará tenazmente a combater.
CDU/Gaia