Os comportamentos criminosos da Administração da Cerâmica de Valadares continuam impunes, mesmo sendo do conhecimento público a utilização (ilegal) do dinheiro da Lay-Off para outros fins. A Administração insiste em mentir deliberadamente aos trabalhadores, tendo afirmado que a empresa não estava falida e que existiam potenciais investidores. No entanto, na passada semana apresentou um pedido de insolvência, que deu já entrada em tribunal. Deixam, pelo menos, 117 milhões de euros em dívidas, sendo os seus maiores credores a Segurança Social e a Autoridade Tributária (Finanças). Encontra-se penhorado um imóvel no qual estão armazenadas louças cerâmicas e outros materiais (contíguo ao terreno no qual está instalada a fábrica), com eminente venda pela Autoridade Tributária, por 285.908,00€, em Novembro.
A passividade e o silêncio do Executivo Camarário de Vila Nova de Gaia falam por si, e são demonstrativos do seu comprometimento nesta situação, bem como da falta de vontade política em resolvê-la.
A inércia e a indiferença do Governo PSD/CDS quando confrontados pelo PCP e pelos próprios trabalhadores (que várias vezes pediram intervenção governativa) reflectem claramente os interesses que defendem, já que escolheram manter a angústia de centenas de trabalhadores e das suas famílias. Nem as declarações do Secretário de Estado da Segurança Social sobre (supostas) punições aos desfalques efectuados convenceram – não passaram de palavras vãs, até hoje com acções por concretizar.
O relatório da inspecção realizada pela ACT à empresa ainda não foi divulgado. A suspensão do Lay-Off está concretizada e os pagamentos que estavam em atraso continuam por regularizar.
Na passada terça-feira, 110 trabalhadores deslocaram-se ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social, mas sem obterem qualquer resposta concreta. Actualmente os contratos de trabalho estão suspensos e os trabalhadores da Cerâmica vão-se dirigindo ao IEFP, engrossando os já preocupantes números do desemprego em Vila Nova de Gaia.
A situação da Valadares e o fim para o qual parece caminhar tem responsáveis bem identificados que contribuíram largamente para afundar uma fábrica com mais de 90 anos de história em Gaia. Sucessivos governos PS, PSD e CDS, que tudo exigem aos trabalhadores e ao povo, sendo complacentes com o patronato. Uma Administração com prácticas recorrentes de má gestão e até fraude; um Executivo Camarário que entrou e sustentou um jogo especulativo de valorização dos terrenos (servindo de propaganda do Sr. Presidente da Câmara, que assim foi fazendo anúncios de novas instalações para a Cerâmica) e que fugiu sempre de cumprir atempadamente as promessas feitas aos trabalhadores.
São estes os culpados de aniquilarem mais de 300 postos de trabalho, ao mesmo tempo que continuam a atropelar direitos laborais e sociais, a colocar em causa a qualidade de vida dos trabalhadores e do povo e o direito a uma vida digna.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP está solidária com a luta desenvolvida por todos os trabalhadores da Cerâmica, pela sua coragem, firmeza, combatividade e determinação na defesa dos seus salários, postos de trabalho, dos seus direitos.
Uma luta que continua já no próximo dia 29 de Setembro, no Terreiro do Paço, em Lisboa, na grande Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN, para a qual o PCP de Gaia apela à participação de todos, para o combate a estas políticas, que retiram direitos e atentam à dignidade do povo, que violam a Constituição da República, que ameaçam os valores de Abril, que roubam aos pobres para dar aos ricos.
Sem outro assunto,
Vila Nova de Gaia, 21 de Setembro de 2012
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP
Os comportamentos criminosos da Administração da Cerâmica de Valadares continuam impunes, mesmo sendo do conhecimento público a utilização (ilegal) do dinheiro da Lay-Off para outros fins. A Administração insiste em mentir deliberadamente aos trabalhadores, tendo afirmado que a empresa não estava falida e que existiam potenciais investidores. No entanto, na passada semana apresentou um pedido de insolvência, que deu já entrada em tribunal. Deixam, pelo menos, 117 milhões de euros em dívidas, sendo os seus maiores credores a Segurança Social e a Autoridade Tributária (Finanças). Encontra-se penhorado um imóvel no qual estão armazenadas louças cerâmicas e outros materiais (contíguo ao terreno no qual está instalada a fábrica), com eminente venda pela Autoridade Tributária, por 285.908,00€, em Novembro.
A passividade e o silêncio do Executivo Camarário de Vila Nova de Gaia falam por si, e são demonstrativos do seu comprometimento nesta situação, bem como da falta de vontade política em resolvê-la.
A inércia e a indiferença do Governo PSD/CDS quando confrontados pelo PCP e pelos próprios trabalhadores (que várias vezes pediram intervenção governativa) reflectem claramente os interesses que defendem, já que escolheram manter a angústia de centenas de trabalhadores e das suas famílias. Nem as declarações do Secretário de Estado da Segurança Social sobre (supostas) punições aos desfalques efectuados convenceram – não passaram de palavras vãs, até hoje com acções por concretizar.
O relatório da inspecção realizada pela ACT à empresa ainda não foi divulgado. A suspensão do Lay-Off está concretizada e os pagamentos que estavam em atraso continuam por regularizar.Na passada terça-feira, 110 trabalhadores deslocaram-se ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social, mas sem obterem qualquer resposta concreta. Actualmente os contratos de trabalho estão suspensos e os trabalhadores da Cerâmica vão-se dirigindo ao IEFP, engrossando os já preocupantes números do desemprego em Vila Nova de Gaia.
A situação da Valadares e o fim para o qual parece caminhar tem responsáveis bem identificados que contribuíram largamente para afundar uma fábrica com mais de 90 anos de história em Gaia. Sucessivos governos PS, PSD e CDS, que tudo exigem aos trabalhadores e ao povo, sendo complacentes com o patronato. Uma Administração com prácticas recorrentes de má gestão e até fraude; um Executivo Camarário que entrou e sustentou um jogo especulativo de valorização dos terrenos (servindo de propaganda do Sr. Presidente da Câmara, que assim foi fazendo anúncios de novas instalações para a Cerâmica) e que fugiu sempre de cumprir atempadamente as promessas feitas aos trabalhadores.
São estes os culpados de aniquilarem mais de 300 postos de trabalho, ao mesmo tempo que continuam a atropelar direitos laborais e sociais, a colocar em causa a qualidade de vida dos trabalhadores e do povo e o direito a uma vida digna.
A Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP está solidária com a luta desenvolvida por todos os trabalhadores da Cerâmica, pela sua coragem, firmeza, combatividade e determinação na defesa dos seus salários, postos de trabalho, dos seus direitos.
Uma luta que continua já no próximo dia 29 de Setembro, no Terreiro do Paço, em Lisboa, na grande Manifestação Nacional convocada pela CGTP-IN, para a qual o PCP de Gaia apela à participação de todos, para o combate a estas políticas, que retiram direitos e atentam à dignidade do povo, que violam a Constituição da República, que ameaçam os valores de Abril, que roubam aos pobres para dar aos ricos.
Sem outro assunto,Vila Nova de Gaia, 21 de Setembro de 2012a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP