Vila Nova de Gaia
Estação dos CTT Afurada PCP apresenta requerimento na Assembleia da República
Tendo tomado conhecimento da intenção de encerramento da estação dos CTT, o PCP não pode deixar de demonstrar a sua preocupação com esta decisão, manifestando também a sua oposição à mesma, considerando que tal acontecimento representa um ataque ao serviço público e aos serviços de proximidade prestados à população da Afurada, além de ser também sinónimo muito provável de redução de postos de trabalho.
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Ainda há cerca de um mês os CTT negaram qualquer intenção de encerrar estações dos CTT no distrito do Porto, o que faz com que esta situação seja, no mínimo, inesperada.
A informação que nos foi disponibilizada, diz-nos que os CTT decidiram encerrar este posto dos CTT, passando muitos dos actuais serviços a serem prestados numa loja situada naquela freguesia.
Este encerramento vai obrigar a população da Afurada a descolar-se, de forma significativa, para poder utilizar alguns dos serviços postais que só é possível serem prestados noutros postos ou estações dos CTT, assim como vai passar a usar os préstimos que passarão a ser parcialmente desempenhados na referida loja por pessoas que, naturalmente, não são funcionárias dos CTT, o que poderá pôr em causa a eficácia do serviço, nomeadamente no que se refere ao pagamento de pensões e reformas a pensionistas.
O encerramento desta estação dos CTT não é um acto isolado e corresponde a uma estratégia de privatização do sector, diminuindo custos e encargos, promovendo o despedimento de ainda mais trabalhadores, e eliminando serviços públicos de proximidade essenciais para as populações, e de forma muito especial para milhares de reformados e pensionistas.
Uma estratégia que faz parte das orientações políticas incluídas no memorando de entendimento que a Troika do FMI, CE e BCE querem impor ao nosso País, que o anterior Governo do PS negociou e a que o novo Governo quer dar continuidade.
É neste quadro que o PCP apresentou o requerimento, que segue em anexo, procurando apurar o seguinte:
1.Como se pode justificar que os CTT tenham oficialmente negado, há cerca de um mês, que não iria fechar nenhuma estação na área do Porto e agora esteja publicamente anunciado o encerramento de, pelo menos, dez estações de correio, só no distrito do Porto? Como é que se pode aceitar que os CTT tenham enganado de forma tão explícita e clara a opinião pública? Pretendia-se com esta estratégia de omissão intencional e deliberada evitar que estas intenções fossem do conhecimento público em plena campanha eleitoral?
2.E que explicação tem em concreto o Governo para a decisão dos CTT de encerrar o posto de correios da Afurada, em Vila Nova de Gaia e de proceder à sua substituição parcial por serviços prestados num estabelecimento comercial local, retirando à população que reside e trabalha na Afurada o acesso ao pleno serviço público postal? Vai o Governo permitir que os CTT esqueçam que desempenham um serviço público essencial?
3.Quantos foram os postos de trabalho perdidos com o encerramento do posto dos CTT da Afurada?
4.Que serviços deixaram de ser oferecidos na Afurada e só podem agora ser utilizados com a deslocação da população a outras estações dos CTT de Gaia? E que serviços é que se mantém no estabelecimento comercial da Afurada a quem os CTT concessionaram os respectivos serviços? Com que grau de prontidão, eficiência e segurança?
5.Face à gravidade da situação e aos prejuízos evidentes para as populações, vai ou não o Governo determinar aos CTT uma alteração de estratégia e a manutenção da estação dos CTT na Afurada, Vila Nova de Gaia?
Defendendo os interesses da população da Afurada, o PCP manifesta a sua firma oposição e esta decisão, e lutará contra a sua implementação.
O PCP esclarecerá e informará a população de todas as consequências negativas que resultarão de mais uma medida que não em nada corresponde às necessidades dos trabalhadores e do povo..
Vila Nova de Gaia, 23 de Junho de 2011
a Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia do PCP