A quem interessa os trabalhadores da Maconde, calados, "domesticados", preparados par aceitar obedientemente o fim do que resta daquela que já foi uma grande empresa nacional, mas é, ainda, uma das maiores empresas do concelho?
Pouco a pouco, vai o que resta da Maconde definhando, a caminho de um fim que parece certo, ora de uma forma mais lesta, ora mais lenta, não vão os trabalhadores acordar e perceber, de uma vez por todas, que a chamada reestruturação e o acordo feito com a Banca não foi mais que uma jogada para que o impacto do encerramento não assumisse dimensão de escândalo, fazendo tremer a autarquia de Vila do Conde e o poder PS que a domina, enterrados até ao pescoço num negócio que fez com que a carne (leia-se, as instalações fabris) fossem entregues à Banca, os vendilhões recebessem, ainda, 7 milhões e aos trabalhadores coubesse, com sorte, um ou dois escassos anos de trabalho, muitas incertezas e nenhuma garantia de virem a ser indemnizados.