Vila do Conde
Problemas de Vila do Conde esquecidos no PIDDAC 2008! Promessas continuam a não passar disso!
É sabido que o desemprego vai assumindo proporções trágicas, representando o valor real cerca de 17%.
É sabido que o poder de compra “per capita” é o segundo mais baixo do Grande Porto, claramente abaixo do índice base nacional.
É sabido que a população vem vivendo um crescente sentimento de insegurança, agravado pela falta e insuficiência de infra-estruturas.
É sabido que existem enormes carências, em termos de instalações de saúde, e que tal situação se irá agravar com o encerramento dos serviços de urgência do nosso hospital.
É sabido que a rede viária é manifestamente insuficiente, designadamente a que serve as freguesias do interior do Concelho, e que tal não se refere apenas ás de âmbito municipal.
É sabido que existem no Concelho graves problemas de poluição ambiental, bem como a necessidade de preservação de alguns espaços importantes em termos de equilíbrio do ecossistema.
É sabido que existem outras situações preocupantes, conquanto de responsabilidade municipal (privatização dos serviços de abastecimento de água e saneamento, instalações para o ensino, etc.).
Perante esta caracterização, não exaustiva, o PIDDAC, Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central, poderia constituir um instrumento privilegiado para a dinamização do investimento, a criação de emprego, a resolução de problemas que muito têm a ver com a qualidade de vida da população.
Mas para que tal acontecesse, era indispensável que aqueles que votam, na Assembleia da República, o PIDDAC se lembrassem das promessas que, repetidamente, fazem à população em alturas de campanhas eleitorais e tivessem consciência das consequências que as sucessivas políticas governamentais têm na vida da generalidade da população.
Ainda na discussão e votação do PIDDAC para 2008, aquando do Orçamento de Estado, foi patente a diferença entre quem está na política e nos órgãos de poder para respeitar os compromissos assumidos perante a população e aqueles que se limitam a fazer promessas que nunca procuram cumprir.
Os deputados do PCP pelo distrito do Porto apresentaram, em termos de PIDDAC para 2008, um conjunto de propostas que, se aprovadas, viriam resolver problemas há muito sentidos pela população e cuja resolução se vai arrastando de ano para ano, tais como:
Construção do Hospital Distrital da Póvoa de Varzim e Vila do Conde
Construção da Esquadra da PSP em Vila do Conde
Construção do Posto da GNR em Modivas
Despoluição, regularização e limpeza do leito do Rio Ave, no seu percurso
Recuperação da Reserva Ornitológica do Mindelo
Requalificação da zona urbana ribeirinha na Azurara e da frente marítima
Construção do Porto de Abrigo de Vila Chã
Apesar destas propostas terem já sido invocadas por várias forças políticas como indispensáveis para o desenvolvimento de Vila do Conde e para a melhoria da qualidade de vida da sua população, a verdade é que o PS, o PSD e o CDS-PP as inviabilizaram.
No concreto, começa a ser cada vez mais difícil diferenciá-los.
E cabe perguntar o que fizeram as estruturas locais desses Partidos para sensibilizar os seus deputados no distrito para a defesa dos interesses de Vila do Conde?
E, também, o que fez o deputado do PS, também Presidente da Assembleia Municipal de Vila do Conde, para que a nossa Terra não fosse desprezada da forma como foi?
Para todos eles, as promessas nunca passam disso, ou estão sujeitas aos calendários eleitorais e não aos “timings” da satisfação das necessidades das populações.
Para os deputados do PCP as promessas, seja qual for o período em que são feitas, são compromissos para respeitar, independentemente das maiorias que se formem no sentido da sua inviabilização.
Assim continuará a ser! Política e Ética não são incompatíveis!
Vila do Conde, 11 de Dezembro de 2007.
A Comissão Concelhia de Vila do Conde do PCP