A remodelação governamental é expressão de um profundo desgaste e descredibilização da política do Governo, cuja insustentabilidade se expressa na amplitude da luta e do protesto dos trabalhadores e das populações.
Com esta remodelação, o Governo pretende branquear as suas responsabilidades e as gravíssimas consequências da sua política, recorrendo ao mesmo truque de sempre para salvar o essencial dos seus objectivos e compromissos.
Para o PCP não é a mudança de caras, ou qualquer outra operação de cosmética, que dá resposta aos reais problemas do país, ou que disfarça o fracasso das opções do governo na sua resolução. Os verdadeiros problemas não se encontram neste ou naquele ministro mas numa política errada decorrente dos compromissos do Governo com os grandes interesses económicos e financeiros e que tem como consequências o brutal agravamento das condições de vida da esmagadora maioria da população.
Com esta remodelação não é este ou aquele ministro mas sim o Governo, a sua política e o Primeiro-ministro que sairão condenados e derrotados.

Em virtude desta remodelação, a Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP reafirma a necessidade de:
1.    se alterar a política para a Saúde do actual governo e se tomar medidas para a reabertura da Maternidade, das Urgências médico-cirurgicas durante as 24 horas do dia e se inverter o processo em curso que está a destruir a capacidade do Hospital de Santo Tirso dar resposta aos utentes num número considerável de especialidades.
2.    o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso colocar de parte os seus interesses partidários (enquanto dirigente nacional do PS) e assumir efectivamente a defesa de um verdadeiro Serviço Nacional de Saúde capaz de responder às necessidades da população do concelho.
3.    começarem a ser concretizadas as antigas promessas de construção de novos edifícios para o Hospital Público de Santo Tirso e para as extensões de Saúde de São Martinho do Campo e de Caldas da Saúde.
4.    Acabar com a precariedade de quem trabalha no Hospital e nos Centros de Saúde, nomeadamente assegurando que a cada posto de trabalho permanente corresponde um trabalhador com contrato de trabalho efectivo.

Santo Tirso, 30 de Janeiro de 2008
O Secretariado da Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP