A situação que se vive desde há alguns tempos na PINHEIRO DA ROCHA e em muitas outras empresas na região do Vale do Ave é consequência das opções políticas dos governos do PS e do PSD/CDS que não têm defendido a indústria têxtil e tudo fizeram para atacar os direitos de quem trabalha.
Ao contrário do que nos tentam fazer acreditar, a falência não é o único caminho para o sector têxtil. Há alternativas e há futuro para o Vale do Ave e para o Têxtil!
É preciso outro rumo e nova política para o sector. Não é possível continuar a suportar um sector baseado nos baixos salários e sujeito à vontade das empresas multinacionais. É preciso que o governo assuma outra politica que assegure o futuro do sector têxtil promovendo o aumento dos salários e a elevação da qualificação e da formação dos trabalhadores.
No passado, foi o PCP que esteve ao lado dos trabalhadores na luta pelas 40 hora e em muitos outros momentos difíceis.
Hoje, o PCP mantém-se ao lado dos trabalhadores da PINHEIRO DA ROCHA exigindo que o governo tome medidas para salvaguardar os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores.
Os direitos não se vendem, defendem-se lutando!
Os trabalhadores podem continuar a contar com o PCP!
Santo Tirso, 4 de Dezembro de 2007
O Organismo para o Sector Têxtil da
Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP
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Pergunta (04-12-2007)
Assunto: Situação Laboral na empresa Pinheiro da Rocha (Santo Tirso)
Apresentado por: Deputado Jorge Machado (PCP)
Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República,
A empresa Pinheiro da Rocha, sita em S. Martinho do Campo, emprega cerca de 150 trabalhadores.
Esta empresa do sector têxtil, que não soube ou não conseguiu modernizar a sua produção, vive actualmente um momento difícil.
Na verdade, os trabalhadores ainda não receberam o meses de Outubro e Novembro, e o 13º mês não passa de uma miragem para estes trabalhadores.
Se tivermos em conta que estes trabalhadores têm salários que correspondem praticamente ao valor do salário mínimo nacional, facilmente percebemos o drama social que estes trabalhadores enfrentam.
Destes 150 trabalhadores, cerca de 15, são contratados a prazo, e foi-lhes comunicado que os contratos não iriam ser renovados.
A estes trabalhadores não lhes foram pagos os salários de Outubro e Novembro, nem tão pouco os direitos por caducidade do contrato.
Importa referir que esta freguesia de S. Martinho do Campo, bem como todo o Concelho de Santo Tirso, tem elevadíssimos níveis de desemprego e a perspectiva de encerramento desta empresa vem agravar a crise social que se vive actualmente.
Assim ao abrigo da alínea d) do artigo 156º da Constituição e nos termos e para os efeitos do 229º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social o seguinte:
1.º Que conhecimento tem este Ministério sobre esta situação?
2.º Que medidas vai o Ministério tomar para salvaguardar os postos de trabalho e os direitos destes trabalhadores?
O Deputado do PCP
Jorge Machado